segunda-feira, 30 de outubro de 2006

A lesão de Andersson

A lesão de Anderson é uma má notícia para o futebol, mas não passa disso mesmo, um percalço natural e (ainda que infelizmente) comum nos campos de futebol, sendo uma aberração colocar-se Katsouranis na linha de fogo, só porque um FC Porto-Benfica é muito mais que um jogo.

O médio grego do emblema da Luz jogou a bola e tocou na perna do seu adversário, num lance considerado normal por Lucílio Baptista (o juiz do encontro nada assinalou), tão normal, aliás, que o próprio Anderson – já com a fractura – regressou ao campo e esteve ainda mais um par de minutos a correr pelo relvado – será que não agravou a mazela?

Anderson é a principal (e única) vítima de um lance que o colocará ausente da competição por alguns meses, mas este é um caso que não tem culpados. Ou será que o contacto no futebol já é proibido?

Tal como o comportamento de Veiga após o segundo golo dos encarnados, as declarações dos dirigentes do Porto sobre este tema são simplesmente ridiculas.

É caso para dizer...nunca mais aprendem.

domingo, 29 de outubro de 2006

...E Este Ano Foi Assim

...E Este Ano Acabou Assim

Porque o céu é azul (Porto-Benfica por um benfiquista)

Três pontos prévios:

1- Parabéns ao FC Porto e aos portistas. Em 2 anos é a primeira vitória no Dragão sobre o Benfica, por isso estão de parabéns.
2- Parabéns ao árbitro. Já não via um Porto-Benfica sem casos e com tanto fair-play há muito tempo. Se Lucílio Baptista tivesse apitado o Benfica-Amadora, de certeza que o Micolli tinha jogado esta noite.
3- O Benfica teve azar, porra!

O Benfica começou o jogo um pouco apático, e o FC Porto galvanizado pelo estádio cheio, entrou com uma disponibilidade física impressionante.

Era muito importante o Benfica segurar as investidas do Porto neste período. Mal comparado e sem querer ferir susceptibilidades (longe de mim), o Porto parecia o touro quando entra na arena. Só pára quando está cansado.

Quando o Benfica estava quase a passar este período fulcral para o desenrolar do próprio jogo....pimba... remate de Postiga do meio da rua, bola ressalta em Lisandro e trai o incrédulo Quim. Um a zero.

O Porto galvanizou-se ainda mais. Era importante o Benfica marcar um golo o mais rapidamente possível, e por 1,5cm a bola não entra, após remate cruzado de Leo. O Benfica começa a dar mostras de poder reagir...mas, qual golpe de mágica... o Harry Potter do dragão marca um daqueles golos de antologia, que diga-se em abono da verdade, já não espanta ninguém.

Iamos com 20m. O jogo estava a correr mal. Até ao intervalo o Porto foi dominando um Benfica que tentava reagir a dois golos de rajada, sem perceber muito bem como. Quando Kikin Fonseca a 2 metros da baliza remata à queima roupa, para a intervenção por instinto de Helton...temi o pior.

Percebi que o Benfica estava com azar, e o Porto embora o merecesse, estava com a estrelinha da partida. Se até ao intervalo os azuis e brancos têm marcado o terceiro golo, o Benfica poderia ver-se vergado a uma derrota daquelas que daqui a 10 anos ainda são lembradas nas discussões de café.

Ainda assim, antes do intervalo Paulo Jorge tem mais uma oportunidade flagrante nos pés, mas permite mais uma grande defesa de Helton. Decididamente não era a noite dos encarnados.

Na segunda parte tudo foi diferente. O Benfica dominou por completo a partida, e acabou por chegar ao empate com alguma naturalidade. Após o segundo golo, o Benfica esteve até mais perto de ganhar a partida do que o próprio FC Porto.

Mas, quando todos já se resignavam com o empate, e porque o céu é azul, o Porto acabou por ganhar com um golo caido das nuvens.

2 notas a reter
- o campeonato, tudo indica vai ser equilibrado até ao fim. Daquilo que vi, as equipas equivalem-se. O Porto parece ter mais “ganas” própria da sua juventude, mas o Benfica parece-me mais maduro. E faltavam Rui Costa, Micolli e Karagounis.
- Fernando Santos não tem tido sorte. Já em Paços a equipa (depois de excelente exibição) cede o empate nos descontos. Como a sorte e azar fazem parte da teoria das probabilidades, deixa-me com alguma confiança para o futuro, o facto de o FC Porto esta época ainda não ter sido bafejado pelo azar (vide jogo com o Sporting no Alvalade XXI).

Conclusão: não sei se o resultado é justo ou injusto. O que sei é que o Porto colocou 3 batatas lá dentro contra duas do Benfica...por isso o pragmatismo dos golos é que fazem a justiça no futebol.

Uma vez mais parabéns ao FCP.... mas daqui a uns mesinhos, cá vos esperamos com Robert ou sem Robert, com perú do Baía ou sem perú do Baía.

sábado, 28 de outubro de 2006

FCP: 3 - SLB: 2

Jesus, este jogo foi impróprio para cardíacos. Hoje tive a prova que não o serei , pois se o fosse não estaria, com toda a certeza, a colocar este post. Jogo com duas partes distintas. Uma para o Porto e outra para o Benfica. Felizmente que o resultado não refletiu aquilo que escrevi anteriormente.

Na primeira parte vi um Porto mandão e vi um Porto a jogar bem e bonito. Momentos houve em que o seu futebol mais parecia bilhar. O Benfica nunca conseguiu reagir à rapidez do futebol portista e ia defendendo como podia. Não foi de estranhar o primeiro golo portista que, embora feliz, não deixou de ser justo. Depois, bem depois apareceu Quaresma que marcou um golo de fazer levantar os 50 mil adeptos portistas e um golo que vai constar com toda a certeza no top 3 do campeonato deste ano. Mesmo sendo uma primeira parte completamente controlada pelo FCP, o Benfica conseguiu dois lances arrepiantes. Helton justificou o porquê de ser internacional da canarinha. Nesta primeira parte, o Benfica padeceu do exagerado jogo reservado que fez. O 4-2-3-1 tinha como principal objectivo controlar o meio campo, não deixando que o Porto construísse o seu jogo ofensivo. Quando o Fernando Santos diz que veio ao Dragão jogar com dois pontas de lança, discordo totalmente. Jogou apenas com o Fonseca entre os centrais, sendo o Nuno Gomes uns dos três jogadores (os outros eram Simão e Paulo Jorge) que o apoiavam nas jogadas atacantes.

Se na primeira parte o Benfica foi reservado, na segunda coube ao Porto esse papel. Por isso, este jogo serve para eu atirar a primeira crítica ao Jesualdo. O Porto não pode estar a ganhar por dois a zero em casa e encolher-se como se encolheu. O Benfica entrou com vontade de alterar o rumo dos acontecimentos. E aqui sim, aqui o Benfica passou a jogar em 4-1-3-2. Nuno Gomes adiantou-se no terreno, Nuno Assis veio reforçar o meio campo, Katsouranis juntou-se a Simão e Nuno Assis e Petit ficava para ajudar os centrais. Mesmo com a boa entrada do Benfica, o Porto conseguiu equilibrar o jogo até ao golo Benfiquista. E aí, foi ver os jogadores portistas completamente perdidos e descontrolados. Por esta altura o Porto acusava a sua juventude e por outro lado, o Benfica favorecia da sua maior maturidade. Do 2-1 ao 2-2 foi um passo. Nessa altura, confesso, desejei que o jogo terminasse rapidamente, pois temia por um novo Artmédia. E é esta a minha crítica ao Jesualdo. O Porto não pode em nenhumas condições permitir uma igualdade, depois de estar a ganhar por 2-0.

Em suma, apesar do Porto ter tido a estrela do jogo, a vitória acaba por ser justa porque conseguiu ser mais mandão no seu reino (1ª parte) do que o Benfica no seu (2ª parte).

Notas fnais para o golo decisivo do Bruno Moraes (que mais uma vez deu excelentes indicações), mau jogo defensivo de Fucile, lesão do Anderson, mais um golo do Postiga e a má arbitragem sob o ponto de vista disciplinar. Que tremenda dualidade de critério!

Porque Hoje é Sábado !


Bandeira Humana (em dia de Porto - Benfica)

sexta-feira, 27 de outubro de 2006

...e o ano passado foi assim

As primeiras do FCP - SLB

Depois do Sporting, o Porto recebe o Benfica e por isso os comentários a este escaldante jogo surgem mais cedo. As primeiras a este jogo serão dadas abordando três pontos:

1 – Os Bilhetes:

É incrível o amadorismo do Mário Dias (acho que não é o mesmo que visita o blog). Como é que um profissional comete semelhante erro de cálculo? Segundo li, o senhor esqueceu–se que o jogo tinha sido antecipado num dia, e por consequência a data limite para solicitação dos bilhetes também. Resultado: O jogo vai ser assistido por 50.000 adeptos portistas. Há coisas fantásticas não há?

2 – Benfica –Estrela da Amadora:

É verdade. Recorro à jornada passada para dar as primeiras da seguinte. Não falando do que disseram Veiga e LFV porque acho que nenhum deles merece o meu tempo, vou comentar o que afirmou Fernando Santos sobre o jogo. Embora ache que que o homem não é grande espingarda como treinador, sempre o considerei uma pessoa correcta. No passado fim de semana, o treinador disse que ao intervalo pressentiu que algum dos seus jogadores seria expulso. Quando ouvi isto surgiram-me algumas dúvidas:

a) Se temeu que a indisciplina dos seus jogadores se manteria. Afinal o Benfica é das equipas mais indisciplinadas do presente campeonato.

b) Se estava a insinuar que o FCP poderia ter tido alguma influência na exibição dos cartões aos seus jogadores. Afinal ele já treinou o FCP, até pode saber se este procedimento é práctica corrente para os lados do Dragão.

c) A ser verdade o ponto anterior, será que foi por isso que ele conseguiu ser campeão no Porto? Será também por isso que nas outras duas épocas em que esteve nas Antas, não conseguiu o mesmo feito?

3 –Anderson:

É verdade, um puto de apenas 18 anos consegue ser determinante ao ponto de constar nas primeiras do clássico de Sábado. Anderson parece estar pronto para o jogo com o Benfica e pode ser determinante no desequilíbrio favorável ao FCP. Pelo menos é isso que espero. Poderá ser aquilo que faltou ao Porto em Alvalade, ou seja, poder de explosão.

quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Os Melhores Guarda Redes de 2005/2006

Fonte: Sindicato dos Jogadores

1 - Vítor Baía (FCP)

2 - Paulo Santos (SCP)

3 - Moretto (VSC/SLB)

4 - Ricardo (SCP)

5 - William (Boavista)

6 - B. Vale (Amadora)

7 - Diego (Nacional)

8 - Marcos (Marítimo)

9 - Jorge Baptista (Gil)

10 - Nilson (Guimarães)

Colunista Convidado, por JMMA

Um-dó-li-tá… BENFICA!

Há quem diga que o Benfica ainda não começou a jogar esta época e que no próximo jogo é que é. Eu cá também estou em que sim, no próximo jogo é que vai ser.

Porquê? Ora, boa pergunta.

Levanto-me e vou até à janela. Da janela vejo o céu. Céu que não tem fim. Pode-se desvendar as mais variadas cores. Do azulinho risonho cá para sul ao cinzento muito escuro lá para norte. Tudo depende da alma que nele se reflecte. Aqui o dia é claro, o horizonte é nítido. Benfica é Luz. Por isso as lembranças afluem em laivos de azul-dragão-desmaiado, com tons secos (aliás, 2 secos) fashion Outono-Inverno 2005.

Já se viu que este Benfica é como a dieta e como o deixar de fumar, começa sempre amanhã. E quando começa é de apetite: 4 ao Aves, 4 ao Leiria, 3 (um penálti roubado, atenção) contra o Estrela. Portanto, com ou sem Anderson, quanto à equipa do Porto só temos uma coisa a recear: é o árbitro. Não vou à bola com Xistras!

Nem sequer vêm ao caso solavancos passados, com o Boavista e com o Paços de Ferreira. Foram meros incidentes de percurso, qualquer deles com a sua explicação. No Bessa, a derrota imprevista foi por motivo de uma «órrivel» desigualdade de condições competitivas. Petrovich (a primeira «chicotada» da época) era já o terceiro treinador da temporada no Bessa. Ora no futebol como na matemática: 3 é superior a 1. Logo, fatal desvantagem para o Benfica, que só podia dar no que deu.

Contra o Paços foi o azar dos Távoras. Vitória a fugir-nos ao cair do pano, quando os nossos jogadores (e até o árbitro) já iam, uns mentalmente outros pelo próprio pé, a caminho dos balneários. Não devia valer.

Os comentarista-detractores, para quem «Benfica = Bayern ou +» (obrigado, senhores detractores) comprazem-se em apontar perfidamente fragilidades à equipa; em realçar o descolorido das exibições em Copenhaga e em Glasgow. Problema de automatismos, dizem eles. Não sei ao certo o que quererá dizer «automatismos». Mas se, como parece, tem a ver com «tomates», pergunto: como é que eles sabem? Será que o Mantorras…

Diz-se também que é uma questão de concentração. Tretas: se «concentração» ganhasse jogos, os presos seriam sempre campeões.

Enfim, há quem diga que sim, há quem diga que não. Todos têm razão e no final todos perdem, quanto mais não seja tempo. É como a modernização do Estado. Fala-se, fala-se, é agora, é amanhã, já devia ter sido, nunca mais é… Afinal, não se sabe se, nem como será. Mas isto agora não importa. O que interessa é o Benfica.

Tenho para mim que vai ser.

segunda-feira, 23 de outubro de 2006

O Dia seguinte da SIC

Nada como chegar a casa, depois de um dia de trabalho e ver o dia seguinte da SIC notícias. Os homens são uns verdadeiros marretas. Eles discutem, debitam frases que vendo bem as coisas não levam a lugar nenhum, chateiam-se uns com os outros, picam-se, escarnecem que nem malucos como se não houvesse amanhã, etc, etc...

Deste programa tiro uma lição sociológica: As discussões futebolísticas são iguais em todo o lado e não atendem a nenhum de estrato social. Não importa se as pessoas são ricas ou pobres, velhas ou novas, licenciadas ou com a quarta classe, criminosos ou padres, portistas, benfiquistas ou sportinguistas. É tudo igual. Quando toca ao nosso clube, é ver quais os melhores argumentos que podemos usar para dizer que somos os maiores.

Neste programa é incrível ver como é que uns conhecidos advogados regateiam como um qualquer Português. Por isso, chego à conclusão que este blog é feito e é comentado por pessoas tão iguais como os restantes Portugueses.

Provavelmente há uma coisa que nos une a todos: A paixão pelo futebol e pelo nosso clube.
Logo, continuemos a mandar bitaites como até aqui, pois afinal somos uns meros mortais futebolísticos e porque é esse o objectivo deste espaço:

COMENTE O FUTEBOL CONNOSCO. DIVIRTA-SE COMO NÓS!
Bem haja a todos!

À procura de explicações

Hoje, passadas 24 horas ainda não estou totalmente restabelecido da peça de teatro ocorrida ontem na luz.

Por isso, como quem vai à procura de explicações, dei comigo a vêr os 3 batanetes (Fernando Seara, Dias Ferreira e Guilherme Aguiar) que semanalmente na SIC Notícias emitem as suas opiniões clubísticas.

Simpatizo com o Srº Guilherme Aguiar (sinceramente). É uma pessoa calma, serena, educada, ponderada e até inteligente.

Hoje, surpeendentemente estava fora dele. Parecia que estava possuído. Gesticulava, gritava, insurgia-se contra tudo e todos, e conseguiu até (pasme-se) ser mal educado. Parecia o Dias Ferreira depois do Sporting ser prejudicado em 10 penaltis só na 2ª parte.

Qual Dom Quixote a lutar contra os moinhos de vento imaginários, Guilherme Aguiar deixou-me pensativo. Mas qual a justificação para este pobre homem ter este tipo de comportamento? Conhecendo-o como penso conhecer, só uma pessoa perturbada pode reagir assim!

Está claro na minha cabeça. Algo de muito grave aconteceu que não deveria ter acontecido, ou pelo menos de forma tão ostensiva. O árbitro Carlos Xistra, nem categoria teve para fazer bem o cozinhado, e destapou a careca a quem queria que tudo se passasse dentro do razoavelmente aceitável.

E meus amigos. Depois do que tem vindo para a praça pública relativamente ao processo Apito Dourado, alguém tem coragem de poder afirmar inequívocamente que estou a sonhar?

Já estou como o adepto do Sporting entrevistado pela TVI momentos antes de entrar no estádio para a assistir ao Sporting-Porto, que à pergunta "o que é que mais teme na equipa do Porto?" , respondeu de forma pesarosa: "o árbitro".

7ª Jornada - Erros de Arbitragem


Sporting:1 FC Porto:1


38’ Paulo Assunção devia ter sido sancionado com o cartão amarelo - seria o segundo - por falta sobre Yannick Djaló

49' Nani interrompe um contra-ataque, justificando-se por isso um cartão amarelo que seria o segundo.

Sporting - 1 erro grosseiro a favor + 1 erro grosseiro contra
FC Porto - 1 erro grosseiro a favor + 1 erro grosseiro contra


Benfica:3 Estrela Amadora:1

68m – Fora de jogo mal assinalado a Miccoli, que por isolar 3 jogadores do Benfica (só com o GR do Estrela pela frente), é considerado erro grosseiro.

73m – Fonte agarra Miccoli dentro da grande área. Penalty que ficou por assinalar.

82m – Expulsão de Miccoli. Se o segundo amarelo poderá ser compreensível, no primeiro (após um fora de jogo mal tirado que isolaria 3 jogadores encarnados) ninguém percebe o critério disciplinar do árbitro. Este lance acabou por ser o expoente máximo do critério descabido de um árbitro sem noção do que é disciplina e bom senso no futebol.

3 erros grosseiros contra


(vêr pontuação acumulada ao lado)


SCP: 1 - FCP: 1

Resultado jeitoso, exibição morna. Esta é a minha interpretação do jogo grande deste fim de semana. O resultado acabou por ser melhor do que a exibição, uma vez que o Porto apenas conseguiu jogar bem a espaços.

O Sporting entrou bem, conseguindo exercer uma grande pressão, obrigando por isso, o Porto a recuar. Nesta primeira parte a equipa da invicta só conseguiu ter algum domínio durante 10 a 15 minutos. O restante pertenceu ao Sporting, que acabaria por marcar já muito perto do intervalo por Djaló e depois de uma falha de marcação do Paulo Assunção.

Ao intervalo Jesualdo trocou Paulo Assunção por Jorginho, dando um sinal à equipa que as coisas tinham que mudar. E Quaresma fez-lhe a vontade depois da meia oferta do Ricardo. Depois, o Sporting foi sempre a equipa que mais tentou chegar ao golo, cabendo ao Porto espreitar por uma falha da equipa leonina. O jogo acabaria por terminar com um empate, embora reconheça que para os adeptos Sportinguistas, este empate saiba a pouco.

Nos primeiros 5 minutos disse para a família que estava a ver o jogo em minha casa: O Porto não perde. Foi uma afirmação arriscada, mas estava seguro que dificilmente o Porto perderia este jogo. Embora o Sporting jogue muito bem à bola, o Porto acaba por ter uma equipa mais pesada, ou seja, uma equipa mais madura. Consegue perceber quando é que deve defender com unhas e dentes e quando é que deve atacar. E é curioso como é que uma equipa mais nova consegue ser mais madura. Sim, porque embora muita gente não se aperceba, a média de idades do FCP foi inferior aos dos putos maravilha do Sporting. E não tivemos o Anderson, pois se isso tivesse acontecido, a diferença ainda era mais notória. Para os curiosos, eis as médias de idades:

- 11 do FCP: 23,9 anos;
- 11 do SCP: 25,3 anos;

- 14 do FCP: 24 anos;
- 14 do SCP: 25 anos.

Na minha modesta opinião, a equipa portista consegue ser mais madura, pois os seus jogadores tem mais jogos nas pernas, quer nacionais, quer internacionais. O Porto tem tido uma presença habitual na Champions, o que confere aos seus jovens jogadores uma maturidade superior. Mas isto é a minha opinião.

Bom, em suma o resultado foi melhor do que a exibição, sendo que o empate foi muito importante para o próximo jogo dos Dragões. Por isso, venha de lá o Benfica!

Benfica:3 Estrela Amadora:1

Meus amigos, hoje nem me apetece comentar o jogo, tal o sentimento de revolta que me assola.

Já não tenho idade para ser inocente e acreditar em coincidências ou no mero acaso probabílistico para justificar certos acontecimentos no futebol.

Já vou tendo alguns anos disto, e infelizmente para mim já passei esta fase há algum tempo.

Por isso vou dizê-lo com todas as letras e de forma clara: o árbitro que apitou o jogo entre o Benfica e o Estrela da Amadora tinha o objectivo claro e intencional de prejudicar o Benfica. E esse desiderato passava por expulsar o maior número de jogadores encarnados para não jogarem no próximo Sábado no Dragão.

É a primeira vez que faço uma acusação tão grave aqui no Blog. Mas é que foi tão evidente e ridículo, que nos últimos momentos do jogo já me dava vontade rir. Que merda de futebol o nosso.

Quanto ao resto... se interessava deixou de interessar.

domingo, 22 de outubro de 2006

Presidente do FCP auto inclui-se nos implicados do Apito Dourado

Tinha feito um compromisso comigo mesmo, de não trazer a este espaço, mais opiniões relativas a declarações estéreis e meramente pessoais de alguns dirigentes desportivos.

Mas confesso que é difícil. Quem pode ficar indiferente à deselegância (para não chamar má educação) do Sr. Presidente do FC Porto, e que em abono da verdade já não surpreende ninguém.

Instado a comentar as declarações de Luís Filipe Vieira, em que este reafirmava que o processo "Apito Dourado" tem de avançar (mas quem é que não concorda?), Pinto da Costa reagiu em Setúbal com duras críticas ao presidente do Benfica. "Ouça lá, ele vai falar de quê? Da equipa maravilha? Do Benfica europeu que vai ao Celtic e leva 3-0, que empata em Copenhaga, perde em casa e faz um ponto em três jogos?".

Obviamente o adepto comum do FC Porto rejubila com este tipo de ataque. A rivalidade entre clubes assim o obriga (basta vêr os comentários dos adeptos do FCP que se seguirão a este post). O Zé Povinho gosta disto. Mas deixando rivalidades à parte, e atentando única e exclusivamente nas declarações pergunto.

- LFV atacou o FCP/Sr. Presidente do FCP?
- Alguém não estará de acordo, que o processo apito dourado tem de avançar?
- O que tem o Sr. Presidente do FCP a vêr com o êxito/fracasso do Benfica na Europa? Será que o FCP está a ter um desempenho ora assim tão diferente?

Recordo que o FCP empatou com o campeão da Rússia em casa, perdeu com o Arsenal e ganhou ao penúltimo classificado alemão que ainda não conseguiu ganhar esta época.

O Presidente do FCP, "enfiou a carapuça" e sentiu-se implicado na exigência dos corruptos serem julgados. Se dúvidas houvessem, Pinto da Costa auto incluiu-se neste grupo.

Em semana de clássico Porto-Sporting, o Presidente do FC Porto aponta baterias ao..... Benfica. Será que está com a mira desalinhada, ou o Benfica mete-lhe assim tanto medo?

Já era tempo do FCP ter um presidente à altura da sua grandeza como clube.

Espero que a resposta de LFV, seja não responder.

sábado, 21 de outubro de 2006

As primeiras do SCP-FCP

Joga-se amanhã o primeiro grande clássico da época. Será com toda a certeza um jogo repleto de emoções, já que as duas equipas dividem neste momento a liderança do campeonato.

Na minha opinião, o Sporting parte como favorito porque joga em casa e porque é neste momento uma equipa mais estável do que a do Porto. A juntar a isto, temos as lesões. O Porto tem provavelmente 2 jogadores que eram títulares indiscutíveis (Pedro Emanuel e Anderson), enquanto que o Sporting tem o plantel a 100%.

Mas felizmente que uma coisa é ser favorita, outra é o jogo jogado. Temos como exemplo ainda bem fresquinho, o jogo do ano passado. Não havia ninguém que esperasse uma vitória do FCP no clássico do ano passado. Mas o que é certo é que ela aconteceu e sem espinhas. Obviamente que nesta altura os portistas tentam arranjar pontos de intercepção com a partida transacta, uma vez que o resultado foi favorável. E uma delas é o Jorginho. Se é uma pena a ausência do Anderson, Jorginho abrirá uma janela de oportunidade para que a estrelinha que ele tem nos jogos com o Sporting se repita. Como diz o outro, eu não acredito em bruxas. Mas que as há, há.

Por isso, espero que a alegria da foto se repita!

Porque Hoje é Sábado !

Masters Madrid 2006

sexta-feira, 20 de outubro de 2006

Quaresma na mira do Atlético de Madrid

Segundo o jornal Espanhol AS, Quaresma estará na mira do Atlético de Madrid. As lesões de Maxi Rodrígues e de Petrov precipitaram a necessidade da equipa de Maniche e de Costinha em contratar um novo jogador. A mesma fonte enaltece o facto do Quaresma poder jogar tanto na esquerda como na direita, fazendo deste jogador um elemento prometedor. O eventual negócio ficará mais facilitado se o Porto não seguir em frente na Champions, podendo a contratação ser feita já em Dezembro. Logo, o Porto terá mais uns quantos milhões a torcer pela sua eliminação.

O que dizer disto? Embora saiba que o Porto tenha apresentado um resultado negativo de 30 milhões de Euros, julgo que será uma má decisão desportiva, pois para além da Champions o Porto ficará ainda com o resto da temporada interna. Para além disso, não podemos esquecer a UEFA, uma vez que esta competição também pode ser bastante rentável, como o foi em 2003.

Partindo do principio que sendo eliminado da Champions, o Porto ficará no mínimo com apuramento garantido para a UEFA, a equipa Portista passará a ser a partir dessa altura uma das principais candidatas à vitória final. Sendo assim, a venda do Quaresma seria como dar um tiro no pé no que se refere ao segundo objectivo europeu.

Apenas poderei concordar com a venda, caso o FCP fique em 4º lugar na Champions. Veremos se os interesses financeiros se sobreporão aos interesses desportivos.

quinta-feira, 19 de outubro de 2006

Colunista convidado, por JMMA

ODEIO QUANDO ISSO ACONTECE

Um dia destes, ainda eu sonhava com um Benfica capaz de altos voos na Europa, fui multado pela brigada de trânsito. Motivo: circular com as luzes apagadas.

(Sim, e depois?)

E depois o caraças! Eram 11 horas da manhã num daqueles dias de sol «125 azul»!

Parvo fui eu. Uma molhada de carros com pisca-pisca parados na berma e respectivos condutores a contas com os eficientes zeladores da nossa segurança… O que é que se havia de esperar? Uma descarada e traiçoeira caça à multa, pois claro! Odeio quando isso acontece.

Aliás, ajuntamentos à beira da estrada são tudo o que há de mais odiento. Se não é alguém que se espetou, das duas uma: ou andam ninfas pelo bosque ou bófias emboscados. Volta e meia, os guardas, maçados de não fazer nada e ansiando distracção, juntam-se em trupe à beira da estrada e vá de espremer o pessoal com dedicação e método. Odeio quando isso acontece.

De maneira que: «Bom dia senhor condutor», bla-bla-bla, «vou ter que o autuar», diz-me o agente matreiro, numa expressão que ainda agora me faz lembrar o Rei Leão (da Disney) e a irmã Lúcia misturados na mesma farda.

Traduzindo para palavras caras a minha fundamental indignação acerca de que merda, ao certo, vinha a ser aquela, sai-se-me Sua Jumência o bota grossa com a justificação do costume: «Sabe, são ordens…» . Odeio quando isto acontece.

Enfim, indecentemente espoliado, resolvi prestar mais atenção ao trânsito durante o resto da viagem. Não falo aqui de excessos de velocidade porque isso nem é problema dos condutores. Problema é, sim, mas da sinalização que está incompleta. É bem evidente que em todas as placas de limitação de velocidade não está lá mas a gente lê «x 2».

De resto, pude até constatar que os portugueses não são maus condutores. Pelo contrário, são bastante bons. Não é qualquer idiota que consegue atravessar incautamente três faixas de rodagem antes de mudar de direcção. E falar ao telefone! Embalar na auto-estrada com o telemóvel ao ouvido na mão das mudanças, não é façanha para artolas. Sim, acho bem que se proíba o telefone, mas não é por causa do risco: é porque o ruído do motor, especialmente em alta velocidade, prejudica a conversa. Só isso.

Há, é certo, o tal senhor da «fragnete», o gajo de bigodes e nariz borracho que guina à má-fila para cima de nós na auto-estrada, fiado na carroçaria e na providência divina. Há, é certo, as senhoras, as ditas ‘incontornáveis’. Tiraram a carta, sim… (mas não se sabe a quem), procedem como se o espelho retrovisor só servisse para ajeitar a maquilhagem e conduzem alegremente em regime de ‘apartheid’ rodoviário, isto é, como se a estrada fosse só delas. Mas isto, para os zelosos agentes da nossa segurança, não trás risco – é prudência!

Portanto, só tenho é que aplaudir esses nossos eficientes zeladores e agradecer, reconhecido, o seu empenho em autuar os prevaricadores da condução, sem luzes, às 11 da manhã. Há lá coisa mais atentatória da boa segurança na estrada! E mesmo que não fosse perigoso. Quando não há dinheiro há que ir buscá-lo de qualquer modo, nem que seja a caçar gambuzinos em pleno dia. A bem da Nação, naturalmente!

Pior que tudo isso, autêntica desgraça sem conformação possível, foi – essa sim – a desilusão que haveria de seguir-se: O Benfica a afundar-se em Glasgow. Se fosse um filme de terror chamava-se «O Regresso da Chapa 3».

A autoridade espolia-nos na estrada indecentemente? Deixá-la, a gente conforma-se. Ver a Águia perdida em campo, feita galinha tonta, a amarfanhar a nossa esperança ante um adversário mediano, isso é que não. Odeio quando isso acontece.

terça-feira, 17 de outubro de 2006

FCP: 4 - Hamburgo: 1

Nos dias que correm, ganhar por 4-1 na chambions é um feito extraordinário. Por isso, estou curioso para ver o que algumas vozes criticas dirão relativamente ao trabalho de Jesualdo. É que ultimamente estavam-se a erguer algumas opiniões de pessoas que se julgam muito espertas como colunistas nos jornais desportivos.

Quanto ao jogo jogado, que é o que realmente importa, o FCP fez uma exibição tanto segura como inequívoca. O início do jogo foi muito difícil, pois o S. Pedro fez o obséquio de dar uma descarga de água, fazendo com que pela primeira vez visse o relvado do dragão ensopado em água. Mas se por um lado a dificuldade era muita, por outro a inteligência dos jogadores foi superior, pois com um relvado pesado, a opção foi jogar simples e de forma directa.

Por isso, não foi de estranhar o golo de Lisandro aos 14' depois de uma assistência primorosa de Anderson. Feito o golo, o Porto não caiu na tentação de defender o resultado e foi à procura do segundo golo que viria a acontecer muito perto do intervalo pelo outro Argentino, Lucho.

Na segunda parte, o FCP deu a iniciativa do jogo aos Alemães, mas nunca descorou o ataque. E é aqui que mora a grande diferença entre Jesualdo e Adriaanse. O primeiro prefere um jogo mais contido e pensado, enquanto que o segundo preferia a loucura do ataque sem medir o perigo de sofrer golos. É que um resultado de 2-0 não é nada seguro, pois caso a equipa contrária marque um golo, o resultado directo é uma injecção de adrenalina e motivação que pode ser fatal. E foi o que aconteceu no ano passado frente ao Artmédia: O Porto ao intervalo ganhava por 2-0 e terminou o jogo com uma derrota por 2-3. Mas ainda bem que o professor não vai nessa cantiga. Isto é, primeiro defender aquilo que foi conquistado com muito suor e só depois pensar em ampliar a vantagem.

Até ao final, dizer que Postiga voltou a molhar a sopa e que Lisandro bisou numa exibição muito agradável. Relativamente ao Postiga, é engraçado ver as mudanças que existem no mundo da bola. Há uns tempos atrás, o jogador era assobiado. Hoje quando foi substituído, era ver o público a bater palmas de pé.

Nota final para a estreia de Fucile. Gostei do puto. Impressionou-me a descontracção do Uruguaio, tendo em conta que era a sua estreia, ainda por cima numa competição como esta. Parece-me ser um defesa muito concentrado a defender, que sobe bem, tendo como característica a enaltecer o facto de centrar muito bem. Sim senhor. É caso para dizer: Aguenta-te Bosingwa.

Celtic:3 Benfica:0 - Champions por um canudo

Bom...que dizer deste jogo do Benfica?

O Celtic, tal como se esperava entrou muito forte no jogo, empurrando literalmente o Benfica para a sua grande área. Mas com o passar dos minutos a equipa encarnada foi conseguindo controlar o adversário e poderia até ter conseguido marcar até ao final dos primeiros 45m.

No intervalo pensei que o Benfica tinha o jogo na mão, podendo até num lance de inspiração de um dos jogadores da frente marcar e sair de Glasgow com uma vitória. Puro engano.

Em vez de tentar controlar a posse de bola, a estratégia do clube encarnado passava por oferecer essa posse de bola ao adversário e tentar criar lances de contra-aqtaque através de Simão, Nuno Assis, Micoli e Nuno Gomes.

Ora, a partir do primeiro golo do Celtic esta estratégia desmoronou-se e o Benfica viu-se forçado a pôr em prática um plano B, o qual pura e simplesmente não existia.

O Benfica começou a provar do próprio veneno, uma vez que os escoceses começaram a contra-atacar de forma extremamente eficaz, conseguindo concretizar mais dois golos.

Embora nada esteja perdido, as contas começam a ficar complicadas para os lados da Luz. É obrigatório ganhar ao Celtic e ao Copenhaga em casa, e esperar uma ajudinha dos homens de Manchester que quando jogarem em Celtic na última jornada já estarão apurados.

Em jeito de conclusão, parece-me que a "felicidade" que o Benfica teve na época passada nesta Liga dos Campeões (vide jogos com Man Utd e Liverpool), não a está a ter esta época.

segunda-feira, 16 de outubro de 2006

8ª Jornada - Erros de Arbitragem

Estr. Amadora:0 Sporting:1
74' Vasco Matos, sem possibilidade de jogar a bola, projectando-se de alguma distância, atingiu Tonel com a sola da bota. Merecedora de cartão vermelho.

1 erro grosseiro a favor do Sporting

FC Porto:3 Benfica:2
Jogo sem erros grosseiros

(vêr pontuação acumulada ao lado)

domingo, 15 de outubro de 2006

Bosingwa de fora

No jogo de Sábado achei muito estranho a saída do José Bosingwa ao intervalo. Na altura disseram que estava lesionado, mas com franqueza não descortinei nenhum sinal de lesão nem de cansaço até ao minuto 45. Depois outra das coisas que me fez desconfiar foi a conversa entre Baía e Jesulado quando estes chegaram das cabines. Os dois estiveram um bom bocado a falar e aquela conversa parecia ser consequência de alguma coisa que acontecera ao intervalo.

A antena 1 avança hoje com a notícia de que Bosingwa será alvo de um processo disciplinar, depois de ter discutido com Jesualdo no intervalo do jogo.

E se de facto esta notícia se confirmar, é muito bem feito. Se fosse treinador não permitiria, com toda a certeza, atitudes frequentes em alguns jogadores e que ainda por cima são públicas. Os jogadores ganham muito dinheiro e tem um trabalho de muita responsabilidade. Há muito dinheiro em jogo e os clubes não podem ser prejudicados por perrices de uns meninos que se julgam os donos do mundo. Por isso, sempre que alguém pisasse o risco e as regras definidas anteriormente, FORA!

A ser verdade, será mais um factor que me fará apreciar ainda mais o Jesualdo. É assim mesmo. Quem se armar em parvo, é correr com ele!

FCP: 3 - Marítimo: 0

Bom treino antes de uma jornada decisiva para o Porto na liga dos campeões. O desembrulho do primeiro golo foi difícil de conseguir e para isso foi necessário ao Pepe correr o campo todo para assistir o novo goleador Portista: Hélder Postiga. É curioso que depois dispensado por Adriaanse, Postiga revela-se o tal goleador que o treinador Holandês tanto reclamava.

Embora o resultado possa revelar alguma facilidade e uma boa exibição, o que é certo é que não foi bem assim. Em primeiro lugar, foi muito difícil ao Porto criar boas situações de golo, logo não podemos falar em facilidades. E elas não existiram porque o Marítimo, até ao primeiro golo, foi sempre uma equipa muito fechada, tentando anular as unidades portistas que mais podiam desequilibrar. Depois, a exibição teve muitos altos e baixos, não conseguindo o Porto uma actuação constante. Vê-se que a máquina ainda está muito emperrada e por isso, ainda há muito a fazer pelo Jesualdo.

Mas o mais importante é que o Porto lá conseguiu mais três pontos, mesmo não tendo feito uma exibição de encher o olho. Venha de lá o Hamburgo para ver se a coisa na Champions fica mais desanuviada.

quinta-feira, 12 de outubro de 2006

Colunista Convidado, por JMMA


É a transparência, estúpido!

Ao cabo de dois meses “no banco” (dos réus), finalmente, entrou em campo há dias a nova Direcção da Liga de Clubes. Hermínio Loureiro, o novo presidente, prometeu não descansar enquanto o futebol “não estiver limpo de uma suspeição generalizada” e (quase acrescentou) obviamente injustificada!

Agitar a bandeira da limpeza do futebol assumindo à partida explícita ou implicitamente que a culpa é dos outros, não se pode dizer que seja um bom começo. Nem sequer um começo original. Dos que dizem “para que fáçamos” e “penso eu de que” até aos que se encontram indiciados em processos de corrupção, todos no futebol já proferiram tiradas idênticas sobre o tema, como se a lama não fosse nada com eles.

Apontar o dedo (como fez o Dr. Hermínio), à “vergonha” que é a actuação da justiça não desportiva no “Apito Dourado”, à demora de “alguém” em decidir o “Caso Mateus” ou a dedução de que “os problemas da justiça civil foram transportados para a justiça desportiva e que foi isso que gerou ‘um caso’”, tudo isso é apenas mais do mesmo, ou seja, tapar o sol com a peneira.

Mas pior vai o futebol se formos mais atrás e se por começo da regeneração entendermos a própria eleição do Dr. Hermínio. Muito transparentemente, as coisas passam-se assim. Há alguém (major) que escolhe o candidato. O candidato diz que sim, que está disposto a fazer aquilo para que foi escolhido. Tem a seguir umas conversas de circunstância com representantes de clubes, subjugados por laços de vassalagem ou, sabe-se lá, por que cumplicidades. Os clubes reúnem em sessão de legalidade duvidosa, votam em condições passíveis de providência cautelar e… Pronto, aí está Messias, o salvador. Aleluia, aleluia, começou a dignificação do futebol.

Que diagnóstico faz o novo presidente da Liga dos problemas do futebol? Que ideias tem para a justiça desportiva? Que soluções antevê para credibilizar a arbitragem? Como pensa obviar à dependência do cargo face àqueles que lá o puseram? Que se propõe fazer para obviar à multiplicação de escândalos em se que se atolou o futebol? Para todas estas perguntas, e muitas outras que se poderiam colocar, não existem respostas. De Hermínio não saiu a sombra de uma ideia, o mais leve indício de uma vontade.

São anunciadas algumas intenções como “profissionalização dos árbitros” (rotundo disparate), “novas tecnologias ao serviço da verdade desportiva” (estou para ver), ou “captação de novos públicos” (não sei como). Mas tudo o que sobre estes assuntos se pode dizer num discurso de tomada posse não vai além de estados de alma em forma de ‘slogan’. Daí ao compromisso e do compromisso ao programa vão léguas de distância. E não me parece que a conversa pró-voto com os clubes avassalados possa ter revestido carácter mais esclarecedor ou mais vinculativo.

Como se vê, transparência mais transparente não há. Para quem se apresenta como o cavaleiro branco do futebol-sério, a coisa promete!

Não obstante, a eleição obedeceu com certeza aos preceitos estatutários. Nada a dizer, pois, da óbvia legitimidade do novo presidente. O que falta saber (coisa mínima?) é o que ele vai fazer e como pensa concretizá-lo. Pelos vistos, isso é o que menos interessa aos dirigentes dos clubes. Portanto, abreviando, é assim:

Pergunta: Os clubes sentem que o futebol é bem dirigido pelo Dr. Hermínio?
Resposta: Exceptuando casos isolados, hesitantes e inconsequentes, não consta que lhe tenham negado o apoio.

Conclusão: Têm o que merecem. Ou o que lhes convém…

Quanto aos adeptos, abençoados os que têm fé. Aqueles que acreditam que um super-Hermínio saneará o futebol. Quanto a mim, é como São Tomé, só acredito se “ver”.

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Selecção Nacional

Começo com uma frase mais antiga do que a Sé de Braga: Normalmente, quem joga para empatar, perde!

O nosso treinador disse que a malta não sabe fazer contas, mas pelos vistos é ele que vai ter que pegar na calculadora, depois da derrota por 2-1 que acabou por ser lisonjeira, face às oportunidades de golo de uma e de outra equipa. Com esta derrota, Scolari bate mais um record para juntar ao seu famoso Curriculum, pois Portugal volta a perder ao fim de oito anos de jogos de apuramento para fases finais. Curiosamente este record foi quebrado por uma Polónia que tinha perdido com Portugal por 4-0 no fraquíssimo Mundial da Coreia/Japão.

Havia tanto para dizer sobre este jogo, mas já são quase horas de dormir e ainda tenho que trabalhar um pouco. Por isso, vou tentar ser o mais sucinto possível e identificar os pontos que me parecem mais relevantes.

Estes foram uns 90 minutos que, a meu ver, mostraram bem a falta de leitura de jogo do Scolari. Não percebo como é que depois de estar a perder por 2-0 desde os 18 minutos, o Nani só entra passados 50! Como diz a publicidade, expliquem-me como se fosse muito burro. Ainda relativamente a substituições, também não percebi as mudanças no meio campo. Isto é, Scolari queimou duas substituições no meio campo (saídas de Costinha e Petit), quando foram estas as suas opções iniciais. Eu pergunto o porquê de os ter escolhido para a equipa inicial. Fará lógica mudar os dois centro campistas no mesmo jogo?

Quanto a opções, julgo que Costinha não tem lugar nesta selecção. Eu pergunto, por exemplo, pelo Raul Meireles que sempre jogou nas selecções mais jovens e que de repente foi esquecido. Já não refiro o Moutinho porque concordo que tivesse jogado pela selecção sub-21 num jogo decisivo como foi o de Terça Feira. Mais, o Nuno Valente é actualmente um jogador que já não sobe no terreno e pior, é um jogador que é batido com alguma facilidade quando encontra pela frente um jogador rápido. Miguelito não será melhor opção? Quanto a centrais, aonde anda o Tonel que tem feito jogos muito bons pelo Sporting? Finalmente, os avançados. Sinceramente começo a acreditar que o defeito de falta de golos não terá sido do Pauleta e agora do Nuno Gomes. Acredito mais que o defeito é de quem monta a equipa. Nuno Gomes marcou 3 golos em 5 jogos. Quantas oportunidades teve? Se calhar não muitas mais do que 3. Estava a ouvir os comentadores da RTP a dizerem que Nuno Gomes estava a passar ao lado do jogo. Mas depois de pensar nesta frase ("avançado XPTO está a passar ao lado do jogo") eu pergunto: a equipa estava a alimentar o seu jogo? No passado, a equipa alimentava o jogo do Pauleta? A resposta é fácil: Com a excepção dos jogos contra as selecções de esquina, NÃO!

Deco hoje passou ao lado do jogo, mas mais uma vez penso que a culpa não é dele. É da pessoa que não o coloca no sítio certo.

Bom, não me alongo mais, mas termino com mais uma questão:

Quais seriam as reacções da comunicação social se em vez de um Brasileiro a ganhar 30 mil contos (ou mais, pois é tanto que já me perdi), estivesse um Português a dizer que queria empatar e depois nem isso?

Nota curiosa para o facto do Telejornal da RTP emitido logo após (ou se preferirem, "logo depois") ao jogo, não ter dado uma única palavra sobre a derrota de Portugal. Porque será?

Selecção Nacional Sub-21

Há jogos que dá gosto ver e este foi um deles. Quando ninguém acreditava no apuramento, depois de uma derrota por 4-1 (confesso que não acreditava), eis que Portugal deu a volta e ganhou por 3-0.

Portugal fez um jogo muito bom e Couceiro limpou a imagem que cada vez mais estava a criar, isto é, a imagem de um derrotado. Os últimos trabalhos de Couceiro não mereceram nota positiva e um eventual afastamento de Portugal da fase final do Europeu colocavam-no numa posição ainda mais frágil. A Selecção mostrou que tem um grupo muito forte com jogadores a mereceram um destaque:

- Moutinho: Sem dúvida e de longe o melhor de todos aqueles que pisaram o relvado.
- Yannick: Pelo grande golo e pelos desequilíbrios que criou com a sua velocidade.
- Miguel Veloso: Pela sua polivalência.
- Diogo Valente: Pela ajuda que deu ao Moutinho na organização de jogo e na criação de perigo para as redes contrárias.
- Hélder Barbosa: Pela criatividade que veio dar ao ataque e pela sua participação activa no terceiro golo que acabaria por apurar Portugal.

Muito bom!!

domingo, 8 de outubro de 2006

Selecção Nacional

Portugal ganhou o jogo de ontem por 3-0 e cumpriu aquilo que era exigido. Embora o nosso treinador ande com um discurso muito defensivo, julgo que Portugal tem a obrigação de ganhar o grupo. Acredito que o grupo não é tão fácil como muitos pensam, mas para uma equipa que foi segunda no europeu e quarta no mundial, só tem é que conseguir o apuramento de uma forma peremptória.

O jogo em si valeu pelos golos e pelas exibições de Deco e Ronaldo (que me perdoem outros que também jogaram bem, mas estes distinguiram-se). Estes dois jogadores estão realmente num patamar bem superior à média mundial. O Deco pelo que joga, mas sobretudo por aquilo que faz jogar. O Ronaldo, é uma maravilha para os olhos de todos aqueles que assistem aos seus jogos. É de facto um fenómeno, inventando fintas que mais ninguém as imaginaria. Ainda por cima é um jogador completo, não conseguindo vislumbrar elos mais fracos. Ele tem uma força física impressionante, tem uma técnica como poucos, cabeceia bem e está cada vez melhor a jogar para a equipa.

Depois desta vitória teremos um teste bem mais difícil com a Polónia. O treinador diz que o empate já é bom. Eu digo que uma vitória traduzirá melhor a diferença que existe entre as duas selecções.

sexta-feira, 6 de outubro de 2006

Bom descanso BICHO

Jorge Costa anunciou o fim da sua carreira de futebolista. É o fim de um dos jogadores mais marcantes história do FCP. Quer se goste ou não, Jorge Costa foi sempre o retrato da raça, vontade, espírito de sacrifício e do amor à camisola.

Nem sempre foi bem tratado no FCP, com episódios que eram evitáveis, nomeadamente os que aconteceram com o agricultor Octávio e com o lunático Adriaanse. Foram capítulos tristes na carreira do jogador que tudo deu em prol do seu Futebol Clube do Porto.

Pessoalmente sempre vi o Jorge Costa com um símbolo do Porto, como foram o Gomes, o João Pinto e o ainda Baía. Jorge Costa foi o capitão que recebeu o número 2 do João Pinto, mas para além do número da camisola, recebeu igualmente a mística do clube e a responsabilidade de a passar aos mais jovens jogadores do clube.

Há muito poucos jogaores com tamanho palmarés na sua carreira. Por isso, termino o meu tributo com os títulos do Bicho:

- 1 Champions League;
- 1 Taça UEFA;
- 1 Taça Intercontinental;
- 1 Campeonato do mundo de sub-20;
- 8 Campeonatos Nacionais;
- 5 Taças de Portugal;
- 8 Supertaças.

É obra!

quinta-feira, 5 de outubro de 2006

Colunista Convidado, por JMMA

NEOVALENTISMO

Um dia, Hermínio perdeu-se no seu novo Palácio. Temendo mover-se a ponto de perder-se ainda mais, temeu o que podia acontecer se não se movesse. Pelo que se moveu. Tanto que entrou numa sala. Tão estranha que só podia ser a Sala Perdida. Aquela que se perdera da Moral que se suponha habitar o Palácio. Ao fundo, um colossal guarda-fatos axadrezado. Pensando ter achado alguma coisa que não devia ter achado, temeu o que podia acontecer se se soubesse o que achara. Hesitou assim aproximar-se. Mas, temendo o que podia acontecer se não se aproximasse, aproximou-se. As portas do guarda-fatos, temeu muito abri-las. Mas, temendo o que podia acontecer caso não as abrisse, abriu-as. Tão lentamente quanto possível, ora abrindo-as, ora fechando-as, embora abrindo-as porventura um pouco mais do que as fechava. Foi então que entreviu, ao fundo do guarda-fatos, um farda resplandecente. Fechou imediatamente as portas do guarda-fatos. Mas temendo o que podia acontecer se as mantivesse fechadas, abriu-as. Abismou-se, era uma farda de Major. Temendo o que podia acontecer se não a vestisse, vestiu-a. Mas, logo temendo o que podia acontecer se não se visse com ela vestido antes de outros o verem, viu-se ao espelho. Ficava temivelmente bem. Percebeu que tinha coisas nos bolsos. Temendo o que podia acontecer, se não soubesse o que é que os bolsos tinham lá dentro, meteu as mãos nos bolsos. No bolso direito encontrou muitas folhas de papel rasgadas, com nomes e classificações de certos árbitros. No bolso esquerdo, encontrou um apito de ouro. Percebeu que era a farda do célebre Major, que anteriormente habitara no mesmo Palácio. Percebeu porque é que a Sala se perdera das outras salas do Palácio. Freneticamente escancarando gavetas sobre gavetas, acabou por achar o frasco da cola. Foi então que ouviu vozes. Procuravam-no. E iam, não tardaria nada, encontrá-lo. Temeu o que diriam se o encontrassem vestido de Major, com um apito dourado numa das mãos e um punhado de folhas, com nomes e classificações de certos árbitros, na outra. Quando abriram as portas, estava ele a meio da Sala, esplendidamente fardado. Sorria, de alívio. Ninguém, vendo-o ao centro da Sala Perdida do Palácio, poderia dizer que ele era a reencarnação do Major. Porque se era verdade que ostentava a farda resplandecente do Major, as folhas que exibia numa das mãos estavam rasgadas. A outra mão, atrás das costas, escondia o apito e o frasco da cola.



(O truque do vira-o-disco-e-toca-o-mesmo é mais velho que o pirata da perna de pau. O que não falta por esses ‘ismos’ fora é duplos de serviço - «young people, old voices» - a dobrar chefes fora do prazo de validade. Que bem os topa Artur Portela em «Os Peixes Voadores», tão presente nesta história. Mas se é assim tão velho o truque, por que razão ainda resulta?... Vá lá saber-se porquê. «Mistérios da fé»!)

terça-feira, 3 de outubro de 2006

5ª Jornada - Erros de Arbitragem

Sporting:2 União Leiria:0
Jogo sem erros grosseiros

Benfica:4 Desp. Aves:1
Jogo sem erros grosseiros

Braga:2 FC Porto:1

Jogo sem erros grosseiros

(vêr pontuação acumulada ao lado)

Braga: 2 - FCP: 1

Primeira derrota do FCP no campeonato 2006/2007. Não vou comentar o jogo. Não pensem que não o farei porque estou com azia em excesso. Não comentarei, apenas porque não vi o jogo.

Já que não posso comentar a derrota do Porto, falarei de um assunto que queria ter falado depois da derrota contra o Arsenal: Jesualdo Ferreira. Na altura não tive tempo, pachorra, nem vontade de falar nas opções de Jesualdo. Antes de mais, gostava de dizer que continuo a gostar do professor e que continua a ter a minha total confiança (se é que isso servisse para alguma coisa).

No jogo com o Arsenal, pareceu-me que Jesualdo foi algo medroso. Não percebi muito bem as alterações do treinador portista num jogo com tamanha responsabilidade. Não percebi o porquê de colocar uma equipa totalmente inédita. Se queria jogar com o Ricardo Costa porque é que não o entrosou no jogo com o Beira Mar? Percebo que as soluções para aquela posição não sejam muitas e percebo que na ausência do Meireles, o Jesualdo tivesse feito subir o Cech no terreno de jogo. Colocar o Ricardo Costa a defesa esquerdo é que já não percebi muito bem.

Mesmo o tipo de jogo do Porto foi encolhido, nunca conseguiu estender as linhas de modo a criar maior volume de jogo junto da baliza contrária. E isto é fruto das directrizes do técnico. Uma equipa não se acanha se tiver um treinador a dizer "temos que ir para cima deles".

Como disse em cima, Jesualdo continua a ter a minha confiança porque normalmente não crucifico ninguém sem antes dar uma oportunidade. E Jesualdo ainda se está a adaptar aos jogadores que tem. Convém não esquecer que o professor tem menos dois meses de trabalho relativamente a todos os outros treinadores do nosso campeonato (excepção para o treinador do Boavista).

Voltando ao Braga, eu bem disse que era preciso ter muito cuidado com esta equipa. Mas para mostrar que sou um bom desportista, gostava de desejar boa sorte ao Braga na UEFA, agora que ficou a conhecer os seus adversários. Bem, desejo boa sorte mas pode perder contra o Sevilha. Afinal a equipa Espanhola tem um ex-jogador portista. Pensando bem, se perder com o AZ também não é mal pensado, pois o ex-treinador portista treinou o clube Holandês. Como sou nacionalista e como dou muito valor aos nossos emigrantes, também pode perder com o Grasshoppers. Finalmente, como o Slovan Liberec deve ser uma equipa desgraçadinha e como tenho bom coração, o Braga também pode fazer o jeito e perder.

Como podem confirmar, não guardo ressentimentos!

Nota: Este último parágrafo foi só para aliviar o stress. Não é o meu verdadeiro sentimento. Vou mesmo torcer pelo Braga!!