O Melhor Jogador da Premiership 2007/08
segunda-feira, 28 de abril de 2008
SCP: 2 - Maritimo: 1, por Rui Martins
Quanto ao onze, desta vez a novidade foi o Simon ter ficado no banco e o regresso do Romagnoli ao onze. Quanto à táctica a mesma de sempre, mas desta vez com o pormenor de o Moutinho jogar à direita e o Izmailov à esquerda.
Com o Sporting a perder logo de entrada não lhe restava outra alternativa que não fosse correr atrás do prejuízo, devido à derrota da semana passada e ao golo madrugador do adversário notou-se alguma intranquilidade mas a equipa depressa se recompôs e procurou o golo.
O Marítimo em vantagem no marcador, começou cedo a defender e pouco atacava, o Sporting dominava e aproximava-se com perigo da área contrária mas só conseguia visar a baliza em remates de longe.
Aos 17 minutos o Romagnoli decide irromper pela área adversária, é claramente agarrado na camisola pelo Gregory e evidentemente que foi assinalado penalty. Nunca os penaltys assinalados a favor do Sporting foram tão temidos, mas desta vez as coisas saíram bem e o Argentino conseguiu marcar. Ainda antes desta grande penalidade, num canto, o Tonel foi autenticamente agrafado, julgo que pelo Gregory, na pequena área e de mais tarde o mesmo Gregory voltou a fazer penalty sobre o Yannick. Estava em grande o Gregory…
Após o golo e até ao intervalo o jogo passou por adormecimento, o Marítimo não atacava e o Sporting não o fazia da melhor maneira.
Durante o intervalo e a escasso minutos do início da segunda parte, o João Aroso, preparador físico do Sporting sai dos balneários em passo de corrida e dirige-se ao Tíui que se estava alegremente a dar toques na bola e ordena-lhe para que faça o aquecimento. Algo se passava na cabine e no regresso dos jogadores faltava o Yannick. Tentaram até à última que ele recuperasse, o que não foi possível. Se o Yannick acabou a primeira parte em dificuldades, porque não deram logo ordem ao Tíui para aquecer?
O Sporting entrou melhor na segunda parte e num lance pela esquerda do Liedson, centrou primorosamente a bola para o Izmailov que praticamente sozinho podia ter feito melhor. O Sporting pressionava o Marítimo logo à saída da área, e numa tentativa de alívio, a bola é chutada contra o Romagnoli, esta caprichosamente sobe em balão na direcção da baliza. O Marcos segue a trajectória da mesma, mas perde o sentido posicional e quando tenta defender já estava dentro da baliza. Estava feito o golo mais bizarro do campeonato.
Poucos minutos após a vantagem do Sporting, o Tíui que já se tinha queixado foi substituído pelo Simon. Claramente por um aquecimento mal feito perdeu-se um jogador sabe-se lá até quando. Para juntar à lista já o Yannick tinha saído com problemas físicos embora não saiba ainda o que aconteceu em concreto e mais tarde foi a lesão do Liedson. Às quais se junta o castigo do Derlei. Sobra o Simon e… o Purovic.
Até ao fim do jogo a história resume-se ao Sporting a ter a posse de bola e a dominar e o Marítimo a defender. De assinalar, para mim, mais um penalty não assinalado do Marcos sobre o Liedson.
Gostaria de realçar pela positiva o bom jogo do Veloso e do Liedson. Um a criar jogo e o outro como sempre incansável.
Pela negativa o acto circense que deu o golo do Marítimo e as lesões de 3 avançados num só jogo.
domingo, 27 de abril de 2008
V. Guimarães: 0 - FCP: 5
sábado, 26 de abril de 2008
Benfica:2 Belenenses:0
Jorge Jesus, é um espetáculo dentro do próprio espetáculo. Esbraceja, grita, dá raspanetes, vira as costas ao jogo, anda para frente e para trás num espaço de 3 metros quadrados, senta-se e levanta-se em 5 segundos.
Antes do segundo golo, o treinador do Belenenses gritava aflitivamente para o seu GR, na tentativa de o avisar que a bola ía para o seu lado esquerdo. O GR não ouviu, e foi ver o Jesus quase a entrar em campo para bater no seu jogador.
No que toca ao jogo, muito rico tacticamente, o Benfica transpira para criar jogadas de perigo. Há momentos que não se vislumbra como é que aqueles amigos, vão marcar um golo.
Dois golos de bola parada, acabaram por resolver o jogo, numa vitória importantíssima para continuar a acalentar aspirações ao segundo lugar, que terá desfecho imprevisível.
sexta-feira, 25 de abril de 2008
Colunista Convidado, por JMMA
Pinceladas de Abril
FOI NOTÍCIA…
Ter-se-á passado assim. O motorista do autocarro baixou o som do rádio, falou com o intérprete e deu a novidade: «Há uma revolução em Portugal!»
A bordo vinha a equipa de futebol do Sporting que regressava da cidade de Madeburgo (Alemanha de Leste), onde, na noite anterior, fora afastada da final da Taça dos Vencedores das Taças.
Em Portugal, com a tropa na rua desde madrugada, a opinião pública mostrava-se mais preocupada com as incertezas da alvorada do que interessada nos sucessos da bola. Ainda assim, a presença do Sporting numa estrada para lá da Cortina de Ferro acabou por ser a notícia que marcou desportivamente o 25 de Abril de 1974. A comitiva queria regressar ao país, mas havia os obstáculos comuns de uma revolução: as fronteiras estavam fechadas.
Antes de 25 de Abril, 16 de Março. Sábado: tropas aquarteladas nas Caldas da Rainha marcham para Lisboa, na tentativa frustrada de ocupar o aeroporto. No dia seguinte, Domingo grande em Alvalade: Sporting e Futebol Clube do Porto enfrentam-se para o campeonato (2-0 para os donos da casa).
Lugar de honra também para o 31 de Março. O chefe do governo Marcelo Caetano procura serenar os ânimos mostrando-se à multidão no Estádio de Alvalade, em dia de dérbi: Sporting – Benfica (resultado, 3-5). A foto do jornal mostra-o na bancada vip acenando ao povo que, como é óbvio, não estava lá para o vitoriar. Mas sobre as dimensões do aplauso, como se diz nestes casos, os observadores dividem-se…
Sob um regime marcado pela Guerra Colonial, pela censura e pelo controlo da sociedade pelo Estado, a que naturalmente não fugia o desporto, os clubes ainda assim eram dos poucos espaços onde havia alguns (ténues) laivos de liberdade. Apesar de alienantes, as paixões em torno dos emblemas tinham mais força mobilizadora do que as desgastadas convicções do Estado Novo. Não se pense, porém, que havia clubes de direita e clubes de esquerda. Eram todos pró regime, e ponto final. Até porque, embora os sócios elegessem os dirigentes, ninguém tomava posse sem que a sua folha de serviços prestados ao Estado Novo fosse submetida ao crivo dos serviços governamentais competentes.
Quando se dá o 25 de Abril faltam três jornadas para o final do campeonato: o Sporting tem mais um ponto que o Benfica, mais dois que o Setúbal e mais três que o Futebol Clube do Porto. E mantém o avanço até final.
Foram muitos os milhares de apoiantes sportinguistas que festejaram no seu estádio o título de campeão nacional, mas muitos outros milhares terão estado na mesma altura em manifestações, comícios, reuniões de esclarecimento, plenários sindicais, a viver os primeiros dias de liberdade. A mobilização política afasta gente dos clubes e das bancadas.
Para trás fica a lembrança dum período da nossa história desbotado e podre, saturado de hipocrisia, provincianismo e manipulação. Pena é que, olhando hoje para o comportamento de certos senhores da bola e das tribos que os incensam, se percebe que, neste aspecto, é nula a diferença entre o antes e o depois. A não ser nos métodos, naturalmente.
quinta-feira, 24 de abril de 2008
FC Famalicão
Para mim é, de facto, muito penoso ver o Famalicão sair dos nacionais de futebol. Para além de ser o clube da minha terra, para além de ser adepto do Famalicão, também fui atleta do FC Famalicão. Como diria o Malato, também fui muito feliz naqueles finais de tarde, quando, depois das aulas do liceu, ia para os treinos dos Juniores do FCF. Nessa altura, alimentava o sonho de um dia ser como o Fernando Couto ou como o Aloísio, pois era, como eles, central. Esse sonho caiu, quando os resultados escolares do segundo período (é por causa disso que ainda hoje não aprecio a Páscoa) fizeram com que tivesse visto o cartão vermelho definitivo para o futebol.
Da mesma forma que vi o vermelho por défice nos resultados escolares do segundo período, o Famalicão viu o vermelho pelo défice nas suas contas. A câmara não pode financiar o clube à luz da nova lei de bases, que impede as autarquias de entregaram apoios aos clubes que não tenham as situações fiscais regularizadas. E quem não tem dinheiro não tem vícios. Só tenho pena que não haja ninguém com o vício do FC Famalicão e com dinheiro!
O Famalicão teve, durante vários anos, presença na 1ª divisão (última das quais em 1994) e por este clube passaram grandes nomes, tais como Fernando Couto, Secretário, Vítor Paneira, Lula, Tanta, Menad (colega do Madjer na selecção Argelina), etc, etc. Abel Braga e o Romão (treinadores que passaram pelo clube) assumem estar chocados com a notícia. Noticia esta que já não se via por Famalicão desde 1936. Como diz o actual treinador, “Agora, vai haver um FC Porto nos distritais”.
Bom, só me resta desejar que seja por pouco tempo e tal como diz Romão, “que o FC Famalicão nasça ainda com mais força!”
segunda-feira, 21 de abril de 2008
Porto:2 Benfica:0
O Benfica tenta, mas não consegue mais.
O Porto, nem precisa de jogar bem, para ter o rendimento suficiente para ganhar 2-0, tal a confiança que existe para os lados do Dragão.
Do jogo jogado pouco ou nada mais há a dizer. Resultado justo.
Durante todo o jogo, foram audíveis pela televisão cânticos de ódio, má educação, linguagem baixa, e regionalista a roçar a extrema direita, sempre contra a equipa e adeptos do Benfica. Raras vezes a massa adepta do Porto, puxava pela própria equipa!!
Se este comportamente estivesse cingido aos Super Dragões, até percebia as razões sócio/culturais desta Associação de delinquentes como são todas as claques organizadas em Portugal, agora quando este movimento se alastra a todos os adeptos e acontece de forma permanente, algo vai mal.
Rivalidade tem de ter ódio? Competitividade tem de ter insultos? Disputa tem de ter má educação permanente?
Brincar com massas é muito complicado, e a histórioa está cheia de exemplos repugnantes (salvo dimensão dos exemplos, veja-se a estratégio de Hitler, eleito democraticamente por um dos povos socialmente mais evoluídos da Europa).
Na minha opinião, Pinto da Costa usa as massa adepta do FCP como marionetas, incitando ao ódio e à regionalização. E as próprias gentes do Norte, sem terem consciência dos perigos que incorrem, comportam-se como se na equipa do Benfica e seus adeptos, estivesse um inimigo e não um rival.
As Gentes do Norte, são das mais hospitaleiras, companheiras, educadas, honestas, trabalhadoras e amigas que existe em Portugal (eu próprio tenho exemplos disso). Porque é que estas Gentes se transformam, quando entram no estádio do Dragão?
Se tal não acontecesse, talvez o Porto pudesse ter uma expressão social Nacional e não Regional, como demonstra o estudo publicado pelo Fama neste Blog.
Gostava de ter a Vossa opinião, porque vale a pena reflectir sobre este tema.
FCP: 2 - Benfica: 0
A segunda parte foi mais desperta, já que o Porto veio com outra mentalidade. Mais velocidade, mais incisivo e maior controlo de jogo. O Benfica fazia o que podia, mas perdeu o fulgor do meio campo.
Vitória sem espinhas, campeonato sem espinhas e 20 pontos sobre o segundo, igualmente sem espinhas!
Finalmente, termino da mesma forma que terminou o jogo no Dragão, assim que suou o apito final (apelo ao fair play dos Benfiquistas):
Chamem a polícia, au, au, au.
Que eu não ganho!
sexta-feira, 18 de abril de 2008
Colonista Convidado, por JMMA
GLORIOSO SLB
Um extraterrestre que aterrasse por estes dias em Portugal numa visita de estudo sociológico e usasse como barómetro a imprensa e os noticiários televisivos acharia certamente que a felicidade nacional estava gravemente afectada face à ‘derrocada’ do Sport Lisboa e Benfica na meia-final da taça frente ao …
Não interessa frente a quem. Com paciência e esperteza, talvez o extraterrestre pudesse concluir que, havendo um derrotado, por certo teria havido um vencedor. Quem venceu, como ganhou, isso não lhe seria fácil saber porque, simplesmente, ninguém se interessou em explicar. Se eu fosse lagarto chateava-me.
E no entanto aquilo que eu vi (e com todo o gosto explicaria ao extraterrestre se o encontrasse) foi duas ½ grandes equipas (½ parte uma, ½ parte outra) a proporcionarem um grande jogo, cheio de grandes golos. Perdeu o Benfica… Alguém teria de perder, mas ganhou o futebol!
Por certo, haveria o extraterrestre de achar igualmente que para lá da derrota ‘escandalosa’ dos encarnados, nada de importante aconteceu em Portugal por estes dias. Mas aconteceu. Nós, benfiquistas, é que achamos que ao lado da nossa Águia, nada é verdadeiramente importante. E os adversários têm o anseio incontido de mostrar que, de facto, assim é.
Aconteceu, por exemplo, que um ex dirigente do futebol de Marco de Canaveses começou a ser julgado por seis crimes, e em plena audiência, teve o desplante de acusar o procurador de ser ‘tendencioso’, desrespeitar a autoridade da juíza e tudo isto sob suspeição de atentado grave contra a integridade física de uma das testemunhas do processo. Que interessa lá isso!
Enquanto tal se passa vaie-se fazendo crer que Apito Dourado é ficção; erros de arbitragem não conta, pois, como toda a gente sabe, erro de árbitro é como o café - não põe nódoa especialmente quando derramado nas calças dos outros. Portanto, viva a verdade desportiva!
Aconteceu também (outro exemplo) que a democracia na Madeira, por estes dias e como sempre, foi enxovalhada nas barbas e em flagrante desrespeito pelo presidente de todos nós, o mesmo é dizer em desrespeito de todos nós. Que interessa lá isso! Interessa sim que o Anjo Bom do norte teve um pseudo enfarte na Mealhada. Sim, porque, se os anjos não têm costas, este Pinto tem. Tem Costa e tem coração e nós devemos preocupar-nos com ele, mesmo que nada lhe tenha acontecido. Alguém é capaz de explicar ao extraterrestre porquê?
Não é de estranhar que nesta altura o extraterrestre estivesse já num estado próximo da vertigem ou da estupidez. Mas o surrealismo ainda não acabou. Não é que alguém se espante com ver na televisão os Ruis Santos a fazer o seu habitual número de consultor sábio. O que enternece, isso sim, é ver os empresários da felicidade do povo a saírem da toca, pressurosos, e a precipitarem-se sobre a Águia moribunda, traçando-lhe o diagnóstico certeiro e dando a panaceia infalível para os amanhãs que cantam. Com eles no galarim, claro. Só não percebo uma coisa: É a primeira vez que vejo as ratazanas a nadar em direcção a um barco a afundar-se. Alguém é capaz de explicar isto ao extraterrestre?
Enfim, com isto tudo, o extraterrestre se calhar até acha que Portugal é comandado pelo Benfica. Não o podemos censurar. O melhor a fazer será talvez convidá-lo este fim-de-semana a assistir ao jogo no Dragão. Suspeito que este (o Dragão) não irá desperdiçar a oportunidade de mostrar quem manda. Se isso, ou o contrário, for feito com muitos e bons golos, como há dias em Alvalade, pois que seja.
quinta-feira, 17 de abril de 2008
Os Jovens são do FCP !
Do estudo destaco duas conclusões:
1 - O FCP é o clube com mais simpatizantes no escalão etário compreendido entre os 15 e os 29 anos (os autores não consideram idades inferiores a 15 anos). Por curiosidade, o Sporting lidera nas idades compreendidas entre os 30 e os 39 anos e depois nas idades superiores aos 50 anos. Finalmente, o Benfica tem mais adeptos entre os 40 e os 49 anos.
2 - O mito dos seis milhões caiu por terra. Embora o Benfica seja o clube nacional mais representativo, o que é certo é que a equipa da luz "só" tem 3 milhões e seiscentos mil portugueses, representando 49% do total. Segue-se o Porto com 1 milhão e setecentos mil adeptos (23,2%), seguido do Sporting com 1 milhão e seiscentos mil adeptos (21,9%).
Confesso que a primeira conclusão deixou-me algo surpreendido, porque embora tivesse a sensação que, fruto das últimas vitórias, o Porto tivesse angariado adeptos juntos dos mais jovens, não fazia ideia que esta sensação se traduzisse nos números.
Destaco ainda os seguintes pontos deste estudo:
NÍVEIS DE ESCOLARIDADE:
A ideia do Sporting ser o clube elitista confirma-se, já que é o clube com maior representação junto das pessoas com ensino secundário e superior.
RENDIMENTO MENSAL LÍQUIDO:
Se o Sporting é o clube elitista, o Porto é o clube com os adeptos mais ricos uma vez que lidera o limite máximo deste estudo, ou seja, agregados com um nível de rendimento superior a 2.500€.
DISTRIBUIÇÃO POR REGIÃO:
Quanto às regiões, também há um mito que cai, ou seja, o Norte é mesmo do Porto. Já o Benfica é rei nas restantes regiões do país (Centro, Lisboa, Alentejo e Algarve), sendo o Alentejo a região com maior número de Benfiquistas. O Sporting é segundo em todas as regiões, com excepção do Norte.
Finalmente, para aqueles que quiseram dar uma espreitadela ao estudo, podem clicar aqui.
SCP: 5 - SLB: 3, por Rui Martins
O ambiente em Alvalade antes do jogo começar era de expectativa, Sporting e Benfica procuravam salvar a época. O cenário não se afigurava fácil para o Sporting, depois de dois meses sobrecarregados de jogos com menos 48 horas de recuperação em relação ao Benfica, e porque a história diz que por vezes ganha quem está pior, o Benfica tinha tudo para ganhar.
No Sporting o quadro clínico não permitia colocar em campo o melhor 11. Sabendo da ausência de Polga, lesionado, foi confirmado que o Gladstone e o Izmailov não entrariam de inicio porque não estavam totalmente recuperados. Assim sendo o Paulo Bento foi obrigado a recuar o Miguel Veloso para central fazendo entrar Adrien para o seu lugar, recuou o Simon para a meia esquerda e deu a titularidade a Yannick ao lado de Liedson.
O jogo começou com sinal mais do Sporting, durante os primeiros quinze minutos jogava-se mais no meio campo defensivo do Benfica, o Sporting tinha a posse de bola mas o Benfica conseguia tapar os caminhos. O Benfica tentava sair em contra-ataque e aproximava-se da grande área do Sporting.
Os primeiros avisos estavam dados.
Numa troca de bola entre Di Maria e Rui Costa o meio campo defensivo do Sporting foi permissivo e o dito maestro colocou a bola onde quis e marcou o primeiro. Pouco tempo depois o Benfica faz o segundo, mais uma vez o Rui Costa descobre um colega para colocar a bola, que centrou para o Nuno Gomes fazer o segundo de cabeça. No estádio pereceu-me que o Grimmi andava a coxear e nem saltou à bola.
Em Alvalade soaram todos os Alarmes, o Benfica fazia a festa e Paulo Bento apressou-se a mudar a equipa. Tirou o Adrien, ouviu uma grande assobiadela. É verdade que o meio campo defensivo do Sporting não estava a cumprir, talvez porque o Romagnoli não se dava às tarefas defensivas, saiu o elo mais fraco. Romagnoli não defendia e a atacar era um desastre… as bancadas queriam a saída dele. Entrou o Izmailov, que para quem não estava em condições esteve quase brilhante na segunda parte.
O Sporting ainda levou alguns minutos a por ordem na casa, o Benfica dominava o jogo. Tinha dois golos de vantagem e conseguia trocar a bola. Só perto dos minutos finais da primeira parte é que o Sporting voltou a aparecer.
Chegou o intervalo, os adeptos do Benfica faziam a festa. Os de verde gelavam perante o dilúvio que caía do céu.
Com o recomeço do jogo foi logo notório que a atitude da equipa do Sporting era outra, e partiu decidido para cima do Benfica. Com a bola nos pés e com mais pulmão agora a história era outra. Com a troca de bola o Sporting ia-se aproximando da baliza adversária, onde o Quim teve duas ou três oportunidades para brilhar. Nesta altura de supremacia do Sporting o Moutinho saca um valente remate que leva a bola a embater na trave.
Mas a grande viragem do jogo começou com a saída de Romagnoli. Entrou o regressado Derlei depois de longa ausência. O Derlei sem ritmo de jogo acentuou a atitude da equipa na segunda parte, muito mais agressivo a atacar a bola e com um bom trabalho defensivo ao logo do jogo. Esta alteração foi muito importante porque o Petit já tinha dado o estouro mas não se notava porque cabia-lhe a marcação ao ausente Romagnoli e até ali o jogo correra-lhe mais ou menos sem grandes sobressaltos. Com a saída do Adrien e o recuo do Moutinho cabia a este a marcação ao Rui Costa. E foi este excelente trabalho do Moutinho e o arrastar do Petit sem pernas para o Derlei que ditaram o apagão do Benfica.
O Sporting estava com o sangue todo na guelra, estava confiante e tinha mais força. Foi sem surpresa que o golo chegou e pecou por tardio. Simon fez um bom trabalho na direita meteu com subtileza na pequena área e o Yannick só teve de marcar. Pouco depois novamente pela direita desta vez com Izmailov e Moutinho com este último a descobrir o Liedson solto na área e o levezinho fez o que sabe fazer melhor… marcar golos ao Benfica.
Alvalade estava ao Rubro. Os adeptos do Benfica perante a apatia da equipa e o poder ofensivo do Sporting já não cantavam, e os do outro lado estava tudo ao rubro.
O Sporting carregava e 3 minutos depois, novamente o Izmailov mas agora na esquerda meteu a Bola no Derlei que tanta vez foi assobiada na Luz mostrou que ainda sabe marcar golos.
Era a reviravolta no marcador. Em Alvalade quando se marca golos ao Benfica parede que o estádio vem abaixo e já lá estavam 3. O Benfica estava atordoado mas ainda mexia e na única subida à área do Sporting, na segunda parte com remate, depois de um ressalto de bola o Rodriguez colocou uma fumaça lá dentro.
Depois da euforia, era a vez dos adeptos verdes gelarem.
A equipa não se ressentiu, e foi então que o Yannick decidiu tirar um coelho da cartola correu a seu bel-prazer com a bola e fez um golo a 30 metros de distância. Era a loucura total em Alvalade. Em cerca de 15 minutos tinha havido 4 golos e o Sporting estava novamente na frente.
Era a loucura total, o jogo caminhava para o fim e a passagem do inferno ao céu estava quase confirmada. Após mais uma perca de bola, pela parte do Benfica, no meio campo defensivo do Sporting surgiu um contra ataque mortífero, o Miguel Veloso mais uma vez na direita fez um cruzamento para o interior da área onde aparecia sozinho o Simon que de primeira meteu mais uma lá para dentro.
Nota mais para o ambiente fantástico nas bancadas. Mesmo com o Sporting a perder 0-2 não se ouviam assobios. O único visado foi o Romagnoli durante a sua substituição. Nota muito positiva para a equipa toda durante a segunda parte. De saudar o regresso do Derlei.
quarta-feira, 16 de abril de 2008
Sporting:5 Benfica:3
Jogo louco. Resultado louco.
O resultado caiu para o lado do Sporting, como poderia ter caído para o lado do Benfica.
O Benfica é uma equipa de altos e baixos. É capaz do melhor e do pior, no espaço de segundos.
Sem querer tirar o mérito ao Sporting, uma equipa organizada, jamais tinha entregue o "ouro ao bandido" como aconteceu esta noite com os encarnados.
O Benfica em dois jogos encaixa 8 golos. Nunca mais termina a época.
Só vejo uma vantagem neste resultado (se é que existe): não é o Benfica que irá perder com o Porto :)
O PORTO CONTRATA !
terça-feira, 15 de abril de 2008
Setúbal: 0 - FCP: 3, Meias Finais da Taça de Portugal
segunda-feira, 14 de abril de 2008
SCP: 2 - Leixões: 0, por Rui Martins
O estádio estava bem composto, era do dia dos núcleos e muitos miúdos das escolas de formação do Sporting espalhadas pelo país vieram a Alvalade.
Quanto ao onze pode-se dizer que a grande novidade era a inclusão do Farnerud. O Sporting entrou com pezinhos de lã, o futebol praticado durante a primeira parte não foi vistoso. O Sporting tinha mais posse de bola mas o Leixões rematava mais, tendo criado algum perigo num remate na banda esquerda mas muito bem defendido por Rui Patrício. No lado do Sporting há a assinalar um golo, apontado por Liedson, invalidado e ao que parece pelo que ouvi depois na rádio mal invalidado. Golo, esse numa bola excelentemente trabalhada pelo Abel que a colocou no coração da área onde apareceu o Liedson em posição regular, mas o árbitro entendeu que não.
Ao intervalo, entrou Pereirinha para o lugar de Farnerud. O Sueco sofreu uma carga durante a primeira parte que o inferiorizou fisicamente. Terá sido por isso que saiu, e porque a gestão de esforço de alguns jogadores, que tem de estar aptos já para quarta-feira, não apontavam o Sueco como candidato à saída.
O jogo melhorou de ambos os lados, e logo aos 51 minutos num canto bem apontado por Ronny(?) o Tonel salvo erro no meio de 5 jogadores adversários saltou mais alto e desviou a bola para a baliza fazendo um bom golo. Oito minutos depois, num outro bom canto apontado por Ronny(?) foi a vez do Liedson deixar a sua marca.
O Sporting parecia que estava balanceado para uma grande segunda parte, o Leixões perdia por dois, e face à sua posição na tabela classificativa em posição de descida está obrigado a ganhar pontos onde seja possível e teria que vir para a frente.
Mas eis que uma falta aparentemente desnecessária ainda no meio campo defensivo do Leixões deu o segundo amarelo ao Ronny.
O Veloso foi destacado para fechar a esquerda, o Paulo Bento tirou o recém entrado Pereirinha e por isso ouviu uma assobiadela, colocou o Adrien. Mas o meio campo do Sporting não foi o mesmo. O Leixões aproveitou a superioridade numérica para subir ainda mais no terreno, o Sporting limitava-se a defender o resultado e a correr atrás da bola mas em ocasiões de contra ataque conseguia criar desequilíbrios e quase que marcava numa oportunidade flagrante depois de uma cavalgada do Adrien.
O Leixões mandava agora no jogo, criou algumas oportunidades mas foi completamente ineficaz. A dez minutos do fim, Paulo Bento fez entrar o Pedro Silva para o lado esquerdo da defesa. Saiu Izmailov e o Miguel Veloso retornou à sua posição natural.
Com o regresso do Veloso ao meio campo, foi o Sporting que com 10 jogadores mandou no jogo e deixou o tempo correr a seu favor até ao fim. Para mim ficou comprovada a importância da presença do Veloso no centro do terreno.
Gostava de salientar pela positiva o jogo do Liedson. Muito importante a marcar golos e no trabalho defensivo que faz. O jogo do Tonel, que na ausência do Polga é dele a voz de comando da defesa e tem-se saído bem e ainda marcou.
O Yannick pela negativa, é impressionante a velocidade do miúdo e a forma como a bola o atrapalha. Desmarca-se muito bem, aparece com facilidade nas costas dos defesas, mas controlar a bola em velocidade é muito complicado. O Ronny pela expulsão e pelo pouco que jogou, defensivamente parecia que não estava lá. Se o Grimi não recupera, o Ronny criou um problema para quarta-feira com a sua expulsão.
De destacar ainda pela positiva a assistência em Alvalade que muito ajuda no assalto ao segundo lugar.
domingo, 13 de abril de 2008
Setúbal: 1 - FCP: 2
sábado, 12 de abril de 2008
Colunista convidado, por JMMA
FUTEBOLÊS DE GEMA
Mais uma jornada, mais uma volt a no carrossel bween da confusão, da embriaguez emocional e do charlatanismo. Coloquemos de parte para efeitos desta crónica e pelo respeito devido aos atletas vencedores, o dia em que o campeonato desfraldou no Porto as suas pompas. Mesmo assim sobra-nos para contar.
Poderíamos falar aqui do portista Pinto que, horas antes do seu clube se sagrar campeão, desmereceu a vitória e os atletas que a conquistaram, por via de um discurso de ódio e chantagem emocional proferido contra aqueles que não se deixam deslumbrar com o brilho da sua aura (eu, por exemplo), e que diz desprezar «como vermes». Pela parte que me toca, «Passe bem, senhor Pinto!»
Poderíamos falar aqui do benfiquista Vieira, dirigente propenso à rábula, que no fim de um jogo que (injustamente) não conseguiu ganhar, põe a boca no trombone em apelos patéticos «Ó da guarda!», fazendo lembrar o lingrinhas, isolado frente ao gigante, gritando «larguem-me que eu bato-lhe!»
Poderíamos falar aqui do ex vimarenense Pimenta que esta semana, à saída do Tribunal de Gondomar, disse que «o futebol português é uma mentira» (o que talvez seja verdade) e que o Apito Dourado não passa de um «apêndice». Recentemente condenado a pena de prisão, certamente fala do que sabe. Lá dentro, contudo, diz a crónica que «o seu testemunho em quase nada contribuiu para o apuramento da verdade». Porquê? Porque já não se lembrava.
Poderíamos falar aqui do silêncio ensurdecedor do chefe da Liga ou dos apelos idiotas do Madaíl à contenção verbal. Porque garante que as suspeitas denunciadas não têm fundamento? Porque promete abrir um processo sério de investigação? Não. Simplesmente, para que as denúncias propaladas «não provoquem grande agitação».
Senhor Madaíl, saiba uma coisa: nunca há desculpa em ser-se mau, mas há algum mérito em saber sê-lo. Essa honra temos que a prestar ao portista Pinto. Agora, o mais irreparável dos vícios consiste em fazer o mal por estupidez ou pactuar com ele por incompetência.
De tudo isto poderíamos falar aqui, mas hoje não. No futebol português há jovens Neros que sufocam em limites demasiado estreitos, e de quem os tempos vindouros sempre hão-de ignorar o nome e a boa vontade. Falemos hoje de um deles, só para variar. Deixo-vos com:
EXTRACTOS DE UMA ENTREVISTA AO DIÁRIO DE NOTÍCIAS
(Sábado passado)
Não gosta de ser português, não gosta da cultura portuguesa, disse-o em entrevista à Antena 1, mas dirige um clube que se chama Nacional. Vai mudar-lhe o nome?
Não! Um dia, se a Madeira for independente, o Nacional representará um clube nacional da República Independente da Madeira. O Nacional não tem nada a ver com a portugalidade. Estamos a atingir os 600 anos do achamento da Madeira e é possível hoje falar de uma idiossincrasia do madeirense que é distinta da idiossincrasia do português continental.
Acha que há uma maneira diferente de ser e de sentir entre uns e outros?
Acho. Não tenho dúvidas que os portugueses não gostam dos madeirenses e os madeirenses não gostam dos portugueses. O resto é tudo uma treta.
Também não gosta da língua portuguesa, porquê?
Não me diga que não tem dificuldade em falar português? Os portugueses quando viajam pelo mundo têm necessidade de falar outras línguas para serem entendidos. Qualquer inglês e francês deve sentir-se bem mais confortável do que um português.
Este homem que assim responde não é de Cartum nem de Jacarta. Come semilha desde pequenino e chama-se Rui - de Rui Barros e de Rui Águas – e Alves - de Bruno Alves e João Alves. Este Rui Alves é um futebolês de gema e a prova é que gosta de dizer coisas.
Benfica:0 Académica:3
Humilhante.
Quando Camacho saiu escrevi aqui no Blog: "A saída do Camacho não me preocupa. (...) Preocupa-se sim, as razões da saída".
A equipa do Benfica é actualmente uma equipa destroçada, psiquica e desportivamente, sem motivação e capacidade de reacção.
Tenho pena do Rui Costa: o brilhante percurso desportivo, não merecia, este tipo de humilhação.
Tenho pena do Katsoranis: jogador de categoria internacional (vide exibição Portugal-Grécia), que deve estar ansioso por sair da Luz.
Tenho pena do Chalana: não fez mal a ninguém para merecer esta prenda.
Quando olho para o calendário e vejo: Sporting, Porto, Setúbal, Belenenses, sinceramente temo pelo pior. Avizinha-se um final de época penoso para os lados da Luz.
Acho que já é altura de alguém assumir responsabilidades. Veiga a presidente, já.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
SCP: 0 - Rangers: 2, por Rui Martins
O Rangers terá rematado umas 5 vezes e marcou 2, foram eficazes.
Comecei por dizer que a noite era de festa, o estádio estava muito bem composto, os Escoceses eram de facto muitos e ruidosos e o Sporting vinha de uma sequência de bons resultados e algum futebol. O onze apresentado, sabendo de antemão que o Polga não jogava, não trazia novidades era o esperado e a táctica a de sempre. O Sporting entrou algo nervoso e começou logo pelo caloiro Gladstone que numa hesitação deu terreno ao jogador do Rangers mas ainda foi a tempo de emendar a asneira que tinha feito.
Durante a primeira parte há a assinalar um remate de cabeça do Liedson ao poste, o controlo do jogo por parte do Sporting e uma mão cheia de remates, alguns perigosos.
Após o intervalo, o Sporting entrou melhor. Empurrou definitivamente os Escoceses para o seu meio campo e trocava bem a bola. Criou várias oportunidades e o golo adivinhava-se, mas o mesmo aconteceu na baliza onde menos se esperava. Com a equipa toda balanceada no ataque, uma bola sacudida pelos Escoceses e numa hesitação do Miguel Veloso e posteriormente do Gladstone, um dos Escoceses (sabe-se lá qual) ganhou a bola descaiu sobre a direita arrastando os centrais com ele, no centro do terreno aparecia em velocidade o avançado Francês do Rangers, o Abel não o consegui acompanhar, recebeu a bola em perfeitas condições e de primeira só teve de empurrar lá para dentro. Foi um grande balde de água fria.
O Paulo Bento a esta altura já preparava as substituições, a ideia que eu tenho é que ele se preparava para tirar o Romagnoli que estava quase ausente do jogo durante o melhor momento do Sporting. Em desvantagem optou por tirar um jogador mais defensivo, saiu Izmailov e entrou o Yannick. A equipa aparentemente não se ressentiu, e continuou a carregar em cima dos Escoceses que já só sacudiam a bola e tentavam ganhar tempo. O pressing era muito, mas nem sempre era objectivo. Paulo Bento optou por reforçar o meio campo, tirou o Gladstone e colocou o Pereirinha no meio. O Simon ocupava mais a esquerda, o Yannick a direita e o Romagnoli quase ausente apoiava o incasável Liedson.
Não havia forma de o golo aparecer, e parafraseando Quinito o Paulo Bento colocou a carne toda no assador. Mais uma vez quando todos esperavam a saída do Romagnoli, era a vez do lesionado Grimi. Entrou o Tiui. Equipa mais ofensiva não podia existir. O Moutinho fechava no meio, o Veloso estava ao lado do Tonel o Abel na direita. O Simon, estourado, fazia o corredor esquerdo. Lá na frente com tanta gente a confusão era muita.
O Sporting corria todos os riscos, mas não havia outra alternativa, e com o aproximar do final marcar dois golos era tarefa quase impossível. Num momento de falta de lucidez aliada à falência física, o Abel tentou fintar o avançado Escocês que lhe tira a bola. Corre o meio campo todo com a bola, faz o que quer da defesa e dá a machadada final aos 92 minutos. Já antes tinham tido uma oportunidade que o Rui Patrício tinha evitado.
Sem sacar responsabilidades ao Veloso no primeiro golo, onde hesitou para mim foi o melhor do Sporting. O Sporting para além da falta de sorte foi ineficaz, não se pode rematar tanto e não marcar. Da parte do Escoceses, de salientar a multidão de gente que eles arrastam, mas tivesse eu o poder de compra deles e também acompanhava o Sporting ao estrangeiro. Se salientar também, mas pela negativa o futebol deles. Muito fraco e ao alcance do Sporting e muito faltoso.
O poder da Comunicação...
Caros "bloggistas",
Pena é, que a(s) mensagem(s) por vezes não seja(m) realmente bem percepcionada(s).
Uns falam de "galhos" outros entendem "azeitonas"...e a banda continua!
Enfim, a capacidade de olhar (apenas) para o umbigo, é algo que caracteriza muito os Tugas...
O importante, dizem uns, é o "fêcêpê" ter conquistado o "tri"... a Maioria (serão quantos agora? 6M?) dizem que isto está tudo "minado"...
Como diz o caro ConBincanca Vitor: "Como diz o outro, eu não acredito em bruxas, pero que los hay, hay!"
Por mim, estou como o Ricardo A. Pereira, não percebo nada disto, mas faz alguma confusão...
Como a vida não é só futebol, creio que o melhor mesmo é estarmos preocupados em como articular estratégias para o desenvolvimento socio-economico do País, isso sim, é realmente importante!!!
...são muitos pontos com vantagem sobre os outros que "isto" perdeu interesse (dizem alguns "azuis" sobre o que pensam os "encarnados"). De resto, as questões estruturais (quantidades de clubes na 1.ª liga, formação, árbitros, etc), são questões acessórias.
Lembra-me um pouco o chavão: "não interessam os meios, para atingir um fim..." - o F.C.Porto é campeão, e o resto é conversa!
Siga a música...
Saudações "ausentes"...
Bom, vamos lá ver se é desta: Quando a Coisa (qualquer semelhança com “coiso” é pura coincidência) se encaminhava para casa no seu X5, que antes de andar montada nele teve que montar para o comprar, espetou-se em plena ponte da Arrábida. Para o Correio da Manhã, terá sido a mando do Pinto da Costa, que depois de seguir o Dr. Hermínio Loureiro (meu amigo) e o Ricardo Costa (não o jogador), mandou seguir a Coisa até esta se espetar contra os separadores centrais da Ponte.
Esta será com toda a certeza a versão do Correio da Manhã. Para mim, é já o divino a actuar. O papa tinha avisado: “aqueles que mentem em relação a mim, vão ser seguidos pelo divino”. Ah pois é, a Coisa foi a primeira. Nem os veículos do corpo de intervenção, que a seguiam, foram capazes de segurar o potente poder do divino. Felizmente, ou será infelizmente, a Coisa está bem tendo já regressado a casa onde alegadamente estará em repouso.
Por isso, meus amigos (cuidado Zé) tenham cuidado que eles andem aí. Como diz o outro, eu não acredito em bruxas, pero que los hay, hay!
quinta-feira, 10 de abril de 2008
Nota do Autor Vitor Peliteiro
Como a minha participação neste blog não tem por objectivo ficar mal disposto com estas coisas, nem porque tenho por objectivo chatear-me com o Luis por causa do futebol, pois prezo muito mais a nossa amizade, dou por encerrado (pela minha parte, claro) o capítulo Apito Dourado. Não escreverei mais nenhum comentário, nem tão pouco perderei tempo a ler os ditos posts.
O blog é livre e por isso cada um escreve o que quiser, mas participo neste blog para me divertir e não para ficar mal disposto. Por isso, fecho o meu tasco no que diz respeito a esta matéria.
Bem haja!
Revolta
Cresci a ver arbitragens destas.
É revoltante.
Estas partidas têm de tudo para se perceber a corrupção que vigora no futebol português há 25 anos e cuja pena que se prevê é de... seis pontos perdidos! Há exemplos perfeitos de lances semelhantes que tiveram decisões diferentes.
Neste esgoto à beira-mar plantado
Com algum exagero de palavras, é certo, mas esta é a "radiografia" actual do futebol português. 100% de acordo.
Não sei se tenho palavras para exprimir o que me vai na alma. Há duas que, provavelmente, o resumem: revolta e nojo.
Ponto prévio: o Benfica jogou mal durante grande parte do campeonato, sem fio de jogo ou o mínimo de inteligência. Grande parte dos pontos perdidos resultam de absoluta inépcia e incompetência. Claro que (como não?) jogos houve onde fomos prejudicados pelas arbitragens. Coisas que a acontecer em clubes de gente ‘culta’ e ‘elevada’, de elevado pedigree, como o Sportem, teriam levantado o habitual coro ‘culto’ e ‘elevado’ de protestos que levam sempre, mas sempre, a pressões sobre as arbitragens. Os mesmos que se calam quando anulam inexplicavelmente golos aos adversários. Verdadeiros gentlemen.
Mas agora que se atinge a altura das decisões e numa altura em que o 2º lugar se tornou subitamente alcançável pela agremiação do Lumiar, as arbitragens encomendadas estão a atingir níveis absolutamente revoltantes. E sem pudor ou vergonha, porque já se percebeu que neste país de brandos costumes não há coragem para aplicar justiça. Porque, pasme-se, nesta patética amostra de país, é preciso coragem para aplicar a justiça e porque a podridão está demasiado infiltrada no tecido social do país. Os tripeiros querem ganhar a todo o custo e adoram cegamente o criminoso e os lagartos fecham os olhos porque lhes compram o silêncio com migalhas e porque o verdadeiro prejudicado é o Benfica. E que lagarto no seu perfeito juízo se irá queixar por prejudicarem o seu ódio de estimação?
O que é óbvio é que querem tirar o Benfica do 2ª lugar e querem-no dar ao Sportem, como prémio de bom comportamento. E todos sabemos quem.
A herança dos antepassados que outrora fizeram deste um país de gente tenaz e heróica foi vilipendiada de modo sistemático no séc. XX por gente baixa e amoral. O pouco que resta dessa herança continua a ser estraçalhada pela mesquinhez, corrupção e canalhice dos biltres que governam esta pobre desculpa de país. Os que o governam na verdade, atente-se. Os que controlam as sombras, os que garantem a todo o custo o status quo e a manutenção do laxismo que é a principal característica deste país.
O que distinguiu Portugal no passado foi a improvável capacidade de um povo e nação tão pequena para discutir o controlo do Mundo. A extraordinária circunstância de um minúsculo conjunto de gente comandar os destinos da civilização ocidental. Após o apogeu, em que Portugal descobriu o Mundo e o partilhou com Espanha, a história encarregou-se de ir lentamente diluindo o papel de Portugal e desbaratando a riqueza gerada. O país definhou lentamente até chegar ao séc. XX, uma patética amostra de um outrora nobre povo. Por entre ditaduras autistas e castradoras e libertações desregradas (em que se criaram muitos dos vícios que hoje amordaçam o país), surge subitamente no séc. XX uma espécie de testemunho do que fomos, um assomo de heroísmo, resistência e de desafio perante o Mundo. O acordar do que de melhor Portugal tem. Do que fez de Portugal a nação que resistiu a séculos de tentativas de invasão, a nação que descobriu o Mundo. Uma réstia de esperança.
E onde? No futebol.
O Benfica surge como um raio de luz, um reflexo das melhores qualidades que jaziam adormecidas na alma colectiva de um país reduzido a uma insignificância amordaçante.
O Benfica reúne o que de melhor havia em nós e, fruto de muita luta, suor, sacrifício e honra, volta a dar Portugal ao Mundo. O Benfica ombreia com os maiores da Europa, o Benfica vence-os, o Benfica atinge 5 finais da Taça dos Campeões Europeus quase seguidas, o nome do Benfica atinge um relevo lendário e espalha o nome de Portugal pelo Mundo (e daí o aproveitamento dessa condição do Benfica pelo Estado Novo, e apenas nessa medida, porque o verdadeiro clube do regime, todos o sabemos – por mais que os mentirosos e hipócritas vomitem ideias feitas - foi e sempre será o Sporting). O Benfica torna-se o Glorioso. O Benfica torna-se maior que Portugal.
E Portugal, envergonhado, planeia-lhe a queda, arquitecta-lhe a ruína. A inveja e a mesquinhez grassam, crescem, alimentam-se, estruturam-se. E finalmente, nos anos 80, põem em acção o plano e deixam o país à mercê de um conjunto de criminosos amorais que o amordaçam, que o sujam, que o matam.
Ancorados numa fictícia Guerra Norte-Sul, o Porco da Costa e os seus acólitos têm violado o futebol português e construído uma mentira nauseabunda, com a conivência dos animaizinhos de estimação do Sportem, que rebolam e se fingem de mortos com a promessa de migalhinhas e a ruína do Benfica.
Isto para dizer o quê? Que o futebol está moribundo. Que este outrora paraíso à beira-mar plantado é um esgoto a céu aberto. Que os canalhas que amordaçam o país estão a tentar destruir o que ainda nos eleva, o que ainda nos torna maiores que este rectângulo encostado ao mar.
Não acredito em nada do que se passou nos últimos 20 anos no futebol português. NADA. Não há verdade em nada. E tenho dificuldade em perceber como é que gente com o mínimo de dignidade (que os haverá) ainda tem a capacidade de abstracção para festejar campeonatos neste contexto.
A onda que nasceu com o início do Apito Dourado (e que permitiu um momento de hesitação no sistema, de tal modo que o Benfica foi campeão) morreu contra a escarpa inclemente do laxismo e da corrupção instituída. Sim, faça-se o teatrinho para as aparências. Deixe-se correr o processo e quando se achar que o FC Porco tem vantagem suficiente para não lhe fazer mossa uma amostra de castigo, tente-se saciar a opinião pública e anunciar um castigo de 6 pontos (os mesmos que os subtraídos ao Belenenses por utilização indevida de um jogador).
A aliança FC Porco – Sportem (confirmada pelo próprio João Rocha nos seus moldes mais velhacos), como já denunciei várias vezes, está a conseguir os seus objectivos. Afastar o Benfica do topo.
O FC Porco controla o futebol português e o lacaio Sportem mantém a bola baixa e recolhe os biscoitinhos que lhe são atirados debaixo da mesa. Uma Taça de Portugal ali, a promessa de um 2ª lugar aqui, uma final da Taça da Liga acolá. A Avestruz de Alvalade comporta-se como uma prostituta barata, senta-se ao lado do Porco da Costa nos camarotes, elogia-lhe a capacidade de gestão, dá-lhe pancadinhas nas costas e, quando questionado sobre o Apito Dourado, engasga-se envergonhado e atira banalidades como ‘só falo no fim do processo’ ou ‘ainda não houve condenações’. Hipócrita.
O moço quem tem um ninho na cabeça e que treina o Sportem baba-se descontroladamente a elogiar o FC Porco e o Senhor Professor Jesualdo e no jogo a seguir o árbitro decide que as bolas que o Braga mete na baliza do Sportem não contam. E o moço Bento menciona por acaso o inacreditável lance nas suas declarações depois do jogo? Claro que não, o que é importante é insistir em que foi prejudicado quando o Sportem perde. A verdade não tem nada a ver com isto. Hipócrita.
O Sportem rebola, ladra a mando do dono. O dono manda um osso. E manda os palhaços Lucílio e Paixão dançar. E estes dançam, emulando as danças que presenciaram vezes sem fim nas casas de alterne do grupo FC Porco.
Para gáudio da nação anti-benfiquista.
Como seria de esperar, às críticas do Presidente do Glorioso, que constata o óbvio, os fantoches hipócritas do FC Porco na direcção da arbitragem e na Secretaria de Estado da Juventude e Desporto (o tipo mais inútil que existe neste país) reagem com estudada indignação, conforme as instruções e pagamentos recebidos. E velhos dejectos como o Coroado (um dos maiores cancros do futebol português dos últimos anos e uma pobre desculpa para um ser humano), a mando do polvo, levantam a voz cirurgicamente.
Continuem todos estes imbecis corruptos e sujos da arbitragem e do governo a prostituir-se e a sujar o país.
Continuem os do FC Porco a festejar títulos sujos e os do Sportem a babar-se com as migalhas e a fazer voodoo com bonecos do Benfica.
Eu? Prefiro andar na rua de cabeça erguida. Sou do Benfica, não tenho nada a ver com a merda que conspurca este país. Sou do Benfica, e isso me envaidece muito além do que alguém dessas duas agremiações possa algum dia entender.
País de merda, esgoto nauseabundo.
Autor: Gwaihir Texo Original
O PORTO CONTRATA
O FootBicancas recebeu a informação que o Porto já fechou contrato com dois jogadores para a próxima época. Um deles já é mais ou menos público e trata-se do lateral direito do Braga e ex-extremo direito do Benfica, João Pereira. Confesso que não gostava deste jogador porque o achava arrogante demais para um simples puto em início de carreira. Achava-se o maior e não tinha grande noção do que é humildade. Veremos se essa vertente estará melhor de camisola azul e branca, sendo que está a tornar-se (se é que já não é) um óptimo jogador e pode ser uma excelente alternativa à saída do Bosingwa.
Bom, posto isto, só nos resta mesmo esperar. Até lá, podemos especular (afinal, não é isso que fazem os jornais?) e podemos dizer que, a ser verdade, é igualmente uma óptima aquisição. Pereirinha tem evoluído de uma forma muito positiva e será com quase toda a certeza um dos grandes valores futuros.
Como pontos negativos dos dois jogadores, temos a sua baixa estatura.
Vamos esperar com tranquilidade!
quarta-feira, 9 de abril de 2008
"Modus Operandi"
O presidente da Liga de Clubes, Hermínio Loureiro, e o líder da Comissão Disciplinar (CD), Ricardo Costa, estão sob protecção policial. Segundo apurou o CM, ambos já terão sido alvo de ameaças relacionadas com os recentes casos que envolvem FC Porto e Boavista, no âmbito do ‘Apito Final’.
terça-feira, 8 de abril de 2008
Hitler e o Apito Dorado
«Descemos a um ponto tal que a reafirmação do óbvio é o primeiro dever dos homens inteligentes», George Orwell
Arbitragem
São declarações graves dirão alguns, imprudentes dirão outros, justificações para os empates dirão ainda outros.
E se as declarações forem verdadeiras? Será que continuarão a ser graves, imprudentes, e justificativas dos maus resultados?
Tudo o que possamos opinar a este respeito, tem por base sensações e não provas factuais. Por isso tem tanto crédito o leitor que concorda com LFV, como aquele que não concorda.
Eu concordo. Na minha crónica de 31 de Março, após o jogo “Benfica-3 Paços Ferreira-1”, escrevi: “Para os anjinhos, puristas e inocentes, que julgam que o futebol português parece um convento com bispos e Papas, continuo a afirmar: CONTINUA A EXISTIR ARBITRAGENS CORRUPTAS NO FUTEBOL PORTUGUÊS. E ontem assisti a uma delas.”
Quando no último mês, no jogo Paços-Benfica Elmano Santos marca um Penalti surrealista contra ao Benfica, quando no Paços-Guimarães fica uma grande penalidade “clarinha” por assinalar, quando no Sporting-Braga ninguém percebeu até agora porque se anula um golo limpo ao Braga, quando no Boavista-Benfica não se marcam dois panaltis a favor de Benfica, quando o mesmo árbitro marca um penalti no último minuto sobre o Quaresma que não existe, e quando o FCP ganha em Leixões com um golo fora-de-jogo, penso que há legitimidade para no mínimo desconfiarmos das declarações de LFV.
Não posso afirmar que há corrupação, como o leitor também não terá factos que comprovem que não há. Mas é evidente para todos que continuamos a assistir a arbitragens “estranhas”.
SCP: 2 - Braga: 0, por Rui Martins
O Sporting não se deixou dormir perante o Braga, e terá feito provavelmente o jogo mais difícil que restava até ao fim do campeonato.
Quanto ao jogo em si, nada de novo na táctica desenhada pelo Paulo Bento. As surpresas estavam guardadas para o onze que iria ser apresentado, entraram em campo o Farnerud e o Yannick como titulares e em boa hora foram eles os eleitos. O Sueco esteve em destaque pela positiva arrancando muitos aplausos das bancadas ao longo do jogo, o Yannick lembrou-se de marcar dois bons golos em dois minutos e resolveu o jogo.
O Braga apresentou-se em Alvalade com a disposição de ganhar o jogo, conseguiu algumas boas jogadas mas foi infeliz na finalização, com o jogo bem disputado e ambas as equipas a jogarem bem por duas vezes o Liedson descobriu o Yannick que fez os dois golos aos 35 e 37 minutos.
Após o intervalo a qualidade do jogo caiu, e muito por culpa do Sporting. Com uma vantagem de dois golos a gestão do resultado impunha-se porque aproxima-se jogos complicados na taça UEFA e taça de Portugal mas além de o Sporting ter levantado ligeiramente o pé passou a jogar mal com muitos passes falhados e percas de bola.
O Braga crescia, com isso o Paulo Bento era obrigado a mudar a atitude da equipa. Fez entrar Pereirinha e Simon para lugar do Izmailov e do irrequieto Yannick, que grande aplauso ele recebeu, e os dois substitutos vieram mostrar que estão em forma e ajudaram o Sporting a subir outra vez de rendimento.
O Braga continuava insistir e aproximava-se da baliza de Rui Patrício, primeiro com uma bola à barra e logo de seguida uma grande defesa do Rui Patrício e mais tarde um golo anulado ao Braga, não sei se bem se mal, no estádio não me apercebi bem mas parece-me que o Rui era mais uma vez mal batido.
Até ao fim do jogo foi o Sporting que voltou a mandar, dominou e sacudiu a pressão do Braga.
Nota de destaque para lesão do Polga, que desde já fica de fora do jogo com os Escoceses.
Considerações finais:
O Farnerud fez noventa minutos quase irrepreensíveis, arrancando muitos aplausos das bancadas. O Yannick aproveitou metade das oportunidades que teve e fartou-se correr.
A equipa do Braga apesar de jogar bem foi muito faltosa e fartou-se de distribuir fruta.
domingo, 6 de abril de 2008
Boavista:0 Benfica:0
Resultado muito injusto.
O Benfica jogou bem, teve quase 1 dezena de oportunidades, mas começa a ser bruxedo jogar contra o Boavista.
Já o ano passado na Luz, o Benfica também falhou muitos golos acabando por empatar 0-0.
A luta para o segundo lugar está muito engraçada.
Chalana está a fazer um bom trabalho.
Faltou um pouquino de sorte, e uma "frutinha" para Lucídio Batista. Mais dois penaltis por marcar. A FESTA continua.
FCP: 6 - Estrela da Amadora: 0
sábado, 5 de abril de 2008
Inocente que não quer provar inocência
Recaem acusações graves sob Pinto da Costa.
A estratégia da defesa começou por alegar, inconstiucionais as escutas telefónicas.
Hoje os jornais noticiavam, que a próxima argumentação da defesa passava pela estratégia de prescrição do crime.
É estranho alguém que alega inocência, tentar provar tudo menos a sua própria inocência.
Estranho... ou sintomático.
Benfica-Boavista de 2003/04 com arbitragem "esquesita"
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Colunista Convidado, por JMMA
ROBERT DA COSTA MUGABE
O pior dos ditadores é o que nunca faz eleições.
O melhor dirigente desportivo é aquele que nunca perde o campeonato.
O segundo pior ditador é o que faz eleições e as trapaceia.
Melhor ainda do que o melhor dirigente é aquele que bem trafulha para mais vencer.
O terceiro pior ditador faz eleições e perde-as.
O dirigente que trafulha nem precisa.
Parece que Mugabe era desses, um ingénuo que se deixa surpreender pelo povo, nas urnas. Parece que no futebol português prosperam sob várias cores dirigentes desses, intrujas a quem as massas prometem venerar até à urna.
O que aconteceu esta semana no Zimbabwe deu razão aos ditadores precavidos: nada como uma eleição para o povo se armar em vivo. Muito do que se viu esta semana (inclusive neste blogue) a propósito das graves acusações levantadas ao FC Porto e seu emérito presidente deu razão aos endróminas: nada como uma vitória para o povo promover o diabo ao Olimpo.
No Zimbabwe os zimbabwianos mostraram uma ousadia tremenda. Agora, graças à ambição revelada, tão cedo nenhum ditador prudente cairá na mesma esparrela. Por cá, as massas clubo-dependentes mostraram mais uma vez o seu irredutível pendor para a palhaçada. Graças à desculpabilização do golpismo, doravante, defraudar o jogo faz parte das regras do jogo. Um pequeno passo para o FCP, um salto gigantesco para a Humanidade.
O povo é assim: libertam-lhe a mão para ele pôr um voto e ele aproveita para banir o ditador. O pobre do Mugabe deve estar arrependido. E chamam-lhe pretos. No futebol português é assim, por esta ordem: nega-se a burla, relativiza-se a falta, desacredita-se a prova, enxovalha-se a juíza, enaltece-se a obra e, por fim, entroniza-se o ídolo. Chama-se ‘massa adepta’.
Desculpem os meus amigos: não importa a cor com que se disfarcem, não me revejo nestes valores.
Talvez Mugabe voltasse a permitir eleições. Talvez. Mas com certeza revelava os resultados uma semana antes, para prevenir as fraudes. Quanto aos nossos venerados reis da muscambilha, bem que podem continuar à vontade na senda do ‘tetra’, do ‘penta’, do ‘hexa’, do ‘hepta’, do ‘octo’, and so on and so on. Por mim, só um pequeno pedido: revelem-nos a classificação logo no início de cada campeonato. Para evitar desconfianças malévolas destes vossos anjinhos ressaibiados.
terça-feira, 1 de abril de 2008
20 anos de Razão
“Já pedi a Deus, para que os que me acusaram, nunca mais tenham paz neste e no outro mundo”. Foi esta a reacção nervosa e ameaçadora de Pinto da Costa, depois de saber que tinha sido indiciado por corrupção activa.
Passou despercebido, talvez pela dezena e meia de pontos que o FCP leva de vantagem sobre a concorrência - como se isso servisse de justificação - mas o seu presidente foi indiciado por corrupção activa. Isso mesmo: corrupação activa.
Ou seja, segundo o Ministério Público, há fortes indicios que o Presidente do FCP, tenha corrumpido um árbitro, para que este favorecesse o FCP, com uma arbitragem “estranha”. O mesmo tipo de arbitragem, que acontedeu este fim-de-semana no Estádio da Luz.
Bom, quando há dez anos atrás, depois de muitas jornadas de "roubos de igreja", em conversas com o meu amigo Fama à segunda-feira, me lembro de colocar em causa a forma como algumas vitórias do FCP e algumas derrotas do SLB aconteciam, um dos seus argumentos era: “então provem!”. Depois de 10 anos de discussões, e vinte anos de corrupção, aí vem a resposta: está quase.
Infelizmente, duvido que se consiga provar que houve mesmo corrupção. É um crime muito dificil de ser provado, e a nossa justiça também não ajuda (vide casos Casa Pia, Felgueiras, Isaltino e demais). Mas mesmo sem prova, este indicio, é acima de tudo simbólico:
*Simbólico, porque me dá 20 anos de razão.
*Simbólico, porque ninguém duvida que esta é ponta do iceberg;
*Simbólico, porque podemos colocar em causa a partir de agora todas vitórias do FCP;
*Simbólico, porque envergonha qualquer adepto do FCP com honra, e sem clubite aguda;
*Simbólico, porque mesmo que a justiça não o prove, a justiça moral associará sempre e o nome de Pinto da Costa e do FCP à corrupção activa. E essa é a principal justiça que se se pode fazer. A Justiça do povo.
Mais uma prova de que o nosso País desportivo está inquinado por poderes ocultos, é o facto da Justiça deportiva olhar para tudo isto de braços cruzados. Em Itália, no espaço de um mês a Juventus foi jogar para a 2ª divisão, e o AC Milan ficou com menos 18 pontos e sem acesso à Liga dos Campeões. E para isso não foi necessário esperar pela justiça civil.
Até no socialmente evoluído Brasil, no espaço de um mês a justiça desportiva irradiou um árbitro, e obrigou a repetição de oito jogos do campeoanto Paulista, colocando em causa a revalidação do título por parte do São Paulo, depois de algumas escutas telefónicas terem provado que alguns resultados eram viciados. E para isso também não foi necessário esperar pela justiça civil.
Aliás, é paradoxal que para mandar o Gil Vicente para a segunda divisão, a FPF tenha ameaçado o clube de extinção por recorrer a tribuinais civis, e agora para actuar sobre Valentins, Pintos e afins, é necessário esperar pelos mesmos tribunais civis.
Sabem porquê? Porque a justiça desportiva é feita…pelos acusados. Quer vos custe, ou não, é feita por aqueles que dominaram e condicionaram o futebol português nos últimos 20 anos.
Mesmo sem prova, para mim e para todos os que gostam de futebol limpo, esta é já uma vitória de 20 anos. A outra….será quando Deus quiser.
ÚLTIMA HORA: O PORTO PODE PERDER 16 PONTOS!
Esta notícia surge na sequência das boas relações que o blog mantém com o presidente da liga de clubes, Hermínio Loureiro. Desta forma, o Porto vê-se obrigado a ganhar os jogos que faltam, com especial importância para os embates com o Benfica e Guimarães. É que em caso de derrota, o quase tri-campeão pode mesmo perder o campeonato para uma destas duas equipas. Mas, e por esta altura, resta o consolo que mesmo perdendo 16 pontos, o Porto continua em primeiro.
Luis Filipe Vieira já reagiu, referindo que afinal se tinha enganado quando disse que o Benfica não devia ganhar nada, para manter os pés no chão. Mais, disse ainda que se despedia caso o Porto perdesse só 16 pontos. Nesta altura está reunido com a Maria José Morgado para tentar fazer com que estes 16 pontos se transformem em 26!
Nota: para quem não acredita nas boas relações entre este blog e o Hermínio Loureiro, clique aqui.
Notícia de última hora (por JMMA)
JUDICIÁRIA CERCA LEÃO
Esta madrugada, a Polícia Judiciária desencadeou de surpresa uma vasta operação de buscas em Alvalade. No momento em que tal ocorria, nada se sabia acerca das razões que levaram a uma operação de tamanha envergadura, à qual assistimos ocasionalmente visto que transitávamos nas imediações do Estádio na altura em que a polícia dava início à acção. De imediato, no entanto, nada mais pudemos apurar senão que a mega operação foi baptizada nos meios policiais com o nome de código «Caça ao Leão».
Visivelmente perturbados, os responsáveis leoninos chamados ao local (um deles em pijama) disseram ali mesmo, alto e bom som, que consideravam as investigações como uma tentativa destinada a prejudicar a equipa na luta pelo quinto lugar, assim como uma clara manobra de diversão por parte de ‘apitos’ doutras cores. Nada a recear, garantiram os referidos dirigentes: «Tirando a contratação de João Pinto já transitada em esquecimento, os únicos ilícitos de que nos podem acusar são favores normais do tipo ‘apito esverdeado’, próprios do regabofe do ‘sistema’ que é de todos conhecido. Por isso, se vão por aí, os senhores agentes e respectivos «bufos» que tirem mas é o cavalinho da chuva porque estamos perfeitamente à vontade. Que mais não seja porque, como muito bem sabem, casos desta natureza empapam todos na justiça enquanto a federação se está perfeitamente lascando».
Ao que posteriormente viemos a apurar graças à nossa persistência no local, e que aqui podemos avançar em primeira mão, «Caça ao Leão» nada tem a ver, para já, com corrupção desportiva nem quaisquer ilícitos de natureza económica imputáveis ao clube de Alvalade. As razões da operação relâmpago, segundo fonte próxima da Judite a operar no local, prendem-se, sim, com a cena (acho que todos se lembram) do leão que comeu a actriz Alexandra Leite no primeiro episódio da telenovela «A Outra», da TVI. Embora ainda dependentes do resultado de exames periciais em curso, os indícios recolhidos apontam Dias Ferreira como principal suspeito de ter comida a rapariga.
Ao tomar conhecimento da chacina, Paulo Bento não escondeu o desconsolo: «Foi pena o nosso amigo Dias Ferreira não ter comido o Stojkovic, o ‘melhor guarda-redes da Europa’. Isso é que era. E se ele também tivesse comido o Purovic então ainda tinha sido melhor. Era um grande serviço que prestava ao Sportem”.