quinta-feira, 9 de abril de 2009

A CUSPIDELA DO DRAGÃO


O Paulo Garcia da SIC diz quase tudo. Excelente artigo que faço questão de partilhar com todos aqueles que por aqui passam. Porque a palavra “cegueira” está em moda neste blog, também ele fala nela. Curioso. Tomei a liberdade para destacar no seu artigo algumas frases que fazem todo o sentido, mas que vindas de mim, parecem que não têm tanto impacto para aqueles que nos lêem.


"A CUSPIDELA DO DRAGÃO"


"É notável a capacidade que o Dragão tem de cuspir em tudo aquilo que não presta. Naqueles que já não conseguem arranjar mais argumentos, por mais patéticos que sejam, para denegrir a sua imagem, para relativizar e minimizar os seus êxitos. Para tudo isto o FC Porto tem tido resposta pronta. Como? Ganhando. Convencendo... e em campo. Que é sempre a melhor forma de calar os "anónimos" prontos a meter a cabecinha de fora sempre que têm uma pequenina oportunidade...

Como é que isso se consegue? Com uma enorme capacidade trabalho. Com uma excelente organização a nível técnico, mas também a nível organizativo. Com profissionalismo, com competência.

Com a permanente consciência de que só competindo no limite das forças, suando, sofrendo, sem perder tempo com lambidelas pacóvias e cada vez mais ridiculamente cansativas, se conseguem atingir os títulos e as devidas compensações por eles conquistados.

Sem adormecer acordado, à espera que surja um "Pai Natal" (ou outros seus colaboradores) capaz de produzir o "milagre".

Só assim se torna possível, ano após ano, resistir a várias contrariedades, entre elas a obstinada e permanente campanha anti-FC Porto, uma exaustiva e cansativa luta contra os seus alegados poderes macabros e ocultos (como se tudo o que resta para além do FC Porto no futebol português seja um oásis de rectidão, bons costumes, gente impoluta, incapaz de cometer qualquer batotice, ou de recusar que a façam para seu proveito próprio).

Pelos vistos continua a ser difícil de entender que é nestas batalhas que o FC Porto se sente melhor. É nelas que o clube e a sua cada vez maior massa adepta se inspira e se alimenta para lutar com cada vez mais afinco, em prol de uma causa que para todos eles é cada vez mais nobre: "A Vitória!". Como símbolo de afirmação de personalidade, de prestígio internacional, de cada vez maior capacidade de aglutinação popular, quer em Portugal, quer em países de expressão portuguesa. Não por imposição ou por qualquer obrigação familiar, mas como forma de marcar terreno... porque são indiscutivelmente mais fortes, mais poderosos e, por isso, ganham mais do que os outros.

É disso que o povo gosta: de vencedores!

A jornada europeia de Manchester foi gloriosa, (igual a muitas outras que nos últimos 20 anos o FC Porto tem repetidamente conseguido), deixando orgulhosos os verdadeiros amantes do que de melhor o futebol português é neste momento capaz de produzir. O resto... é "chover no molhado"... é mais do mesmo!

Esta jornada não merecia, por isso, ser despachada para segundas caixas de informação desportiva, dando lugar, em primeira instância, às crises existenciais de alguns habituais protagonistas, num exercício de minimização e de branqueamento que até pode agradar a meia dúzia de "cromos" mas que envergonha todos aqueles que não deixaram de se sentir orgulhosos pelo que viram, não olhando a mais nada que não tenha sido a enorme qualidade da exibição portista e, em especial, a sua permanente "atitude", a tal expressão tão difícil de mastigar!

Também eu me associo a uma cuspidela generalizada contra tanta cegueira! Quer passe ou fique nos quartos-de-final da Liga dos Campeões, parabéns FC Porto!

E obrigado pela noite fantástica de Old Trafford... entre outras, claro!"


In Sic Online - 8 Abr 2009

6 comentários:

  1. Acho muita piada a estas crónicas de PORTISTAS. Para já, são verdadeiramente imparciais, e depois só aparecem quando o Porto está em "alta".

    Onde é que este amigo andava no tempo do Couceiro, Fernandez, Adriaanse. Ou mesmo no início da época, quando o FCP apanhou uma mão cheia do Arsenal?

    São os chamados cronistas "surfistas". Aqueles que andam ao sabor da maré. Escrevem para onde está a "dar". O FCP ganha, toca a escrever bem do FCP, o FCP perde, toca a escrever mal do FCP.

    Será que as vitórias apagam tudo o que se passou nos últimos 20 anos? Para estes jornalistas da batata sim, para mim NÃO.

    A minha memória não é curta, e as coisas não se esquecem por um bom ou mau resultado.

    Faz-me me lembrar aquelas mulheres que sabem que são traídas pelos maridos, mas fingem que não sabem porque o marido é rico.

    Aqui é o mesmo, desde que o Porto ganhe, o resto não interessa.

    E como começo a ficar farto destas opiniões parvas, nos próximos tempos talvez vá relembrar a "comunidade" de alguns factos que pelos vistos todos se esqueceram.

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  2. E já agora, a cuspidela do Dragão, é não cuspir no prato onde se come.

    E este senhor pelos visto fá-lo muito bem.

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  3. O Paulo Garcia é Portista? Não sei se é.

    Tanta dor de cotovelo, chiça! Tu não cospes fogo, tu cospes rancor.

    Sabes o que se passou nos últimos 20 anos? Vitórias.
    Ganha juízo amigo!

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  4. Caro Vítor,

    Muito sinceramente: dou de barato, concordando ou não com elas (e algumas até as compreendo) as opiniões dos dois cronistas que o Vítor aqui trouxe sobre este tema. Repito: dou de barato.

    O que me repugna, em ambos, veja bem o Vítor - é o estilo. Não haverá, nas 'hostes' do FCP quem lhe defenda os argumentos sem boçalidades nem trauliteirismos?

    Um faz a apologia do cuspo!, outro o apelo à vingança!. O Vítor acha isso digno dos pergaminhos do seu clube? Acha isso digno da classe que, ainda esta semana, a sua equipa ostentou em Manchester? Acha isso digno? Pois eu não. Não sou do Porto e acho horrível (para a imagem do Porto).

    Será que essa gente, que o Vitor parece tanto apreciar, só sabe falar do FCP sentado na bancada dos Superdragões? Também os há no Benfica, claro! Mas a esses, eu desprezo-os...

    Não perceber isto na palavra escrita, Vitor, é o mesmo que, no futebol, confundir o Lucho Gonzalez com o Binya ou o Simão Sabrosa com o Paulinho Santos. Fiz-me entender?

    Devo esclarecer que o estilo dos seus cronistas não me escandaliza. Apenas não me dá gosto. E uma das razões por que me desgosta o estilo dos seus cronistas é, simplesmente, a de que não imagino o FCP a ser objecto de chacota no tal programa «A Liga dos Últimos». Um clube como o Porto merece e tem melhores sócios; merece e, com certeza, tem melhores cronistas.

    Disse um filósofo austríaco*: «Tudo o que pode ser dito pode ser dito claramente».

    Pois eu, a pensar nos cronistas que o Vitor aqui trouxe, diria muito humildemente de outro modo: «Tudo o que pode ser dito pode ser dito decentemente».

    E dizendo isto, digo tudo.
    (Não quero que concorde, só quero que compreenda)

    E,se nem uma coisa nem outra, mesmo assim...

    Aquele abraço.


    *Ludwig Wigenstein

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  5. Com franqueza não percebo a vossa indignação. Como diz o JMMA, dou de barato que a tenham na crónica do MST. Agora nesta não percebo.

    Estão a levar o "cuspe" à letra, quando não é, julgo eu, o objectivo do jornalista em causa.

    A malta está muito sensível. Relaxem e desfrutam o jogo da próxima Quarta-feira. Ou então não, poderá ser mau sinal, se é que me faço entender.

    Abraço.

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  6. É rancor sim senhor. Mas não pelas vitórias do FCP. Essas para mim, desde que com justiça, são iguais às do Sporting, Belenenses, Boavista ou Atlético.

    Tenho rancor, é quando me tentam fazer de parvo, fazendo de Pinto da Costa um mártir, qual Ghandi perseguido pelo imperialismo britânico, tentando apagar a mafia dos últimos 20 anos com as vitórias.

    É como te digo, não me esqueço e não sou parvo.

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