quinta-feira, 9 de abril de 2009

Toques de Cabeça

SINAIS DE ESPERANÇA
Por JMMA


Ninguém estava à espera que os senhores do Porto…
(Não é por aí que eu quero ir. Esqueçam o Porto.)
Ninguém estava à espera que em Inglaterra os fantásticos visitantes…
(Confunde-se com o Porto, não pode ser. Vamos recomeçar)
Ninguém estava à espera que os senhores do mundo…
(ah, assim está bem)
… sentados à mesa em Londres na cimeira do chamado G20, resolvessem duma só penada a situação de crise que nos preocupa a todos. Mas nem mesmo quem colocou altas expectativas no resultado do FC Porto…
(Outra vez Porto! Pára, Pára!)
… quem colocou altas expectativas no resultado do encontro pode ficar indiferente aos sinais de esperança que eles representam. Ver os velhos rivais apostados na construção de um programa comum capaz de fazer funcionar o sistema faz-nos acreditar na abertura de portas para um feito notável do futebol português…
(Raios partam! Retirar futebol português…)
… na abertura de portas para um mundo mais transparente e menos injusto. A confiança não pode resolver tudo, mas é importante. Resta esperar que possamos vê-los passar às meias-finais…
(qual meias-finais)
… vê-los passar das palavras aos actos.
(Desisto)

Como perceberam, esta crónica pretendia falar do G20 que recentemente reuniu em Londres, com a sensacional presença do FCP (porra!...) de Barack Obama, a fim de concertar posições sobre as medidas a adoptar no combate à crise internacional.

Não sei como é que eu me meti nisto. Há duas coisas que eu sempre disse que nunca faria nestas crónicas: uma era falar sobre economia, a outra era elogiar o FC Porto. Escrever sobre economia é assunto sério; escrever sobre o nada é assunto triste. Sempre pensei que deixaria de escrever no blogue muito antes de chegar a esse ponto. Elogiar o que se não gosta é esquisito e, no entanto, há ocasiões em que temos mesmo que o fazer. Por isso, (Vítor) é como se o tivesse feito. Voltemos, então, à economia.

Eu devo muito à economia, devo-lhe do que sou o que não devo a mais nada. Por isso a não queria aqui misturar com futebóis… clubes do porto ainda menos. Aliás se alguma coisa há no futebol parecida com crise, presentemente, essa coisa é o Benfica. Para recuperar precisamos de gastar (isto é jogar) … Para jogar precisamos de confiança… E para ter confiança precisamos de recuperar. Enfim estamos feitos.

E depois ainda há que ter em conta que a crise, episódica ou crónica, pode revestir diferentes graus de gravidade, consoante os quais tomará a designação de estagnação, recessão e depressão.

A recessão é o crescimento negativo da economia; a estagnação é o Carlos Queiroz empatar com a Albânia em casa, a jogar contra 10. Explico melhor: recessão é quando o PIB, catrapus, vem por aí abaixo; estagnação é assim como o Madaíl à frente da Federação: finge que anda mas não anda; mas também não desanda. Outra perspectiva: Portugal em 2009 entrou em recessão; a Justiça portuguesa há séculos que se encontra em estagnação e o talento de L.F.Vieira para dizer bitaites, esse, continua em franco superavit. Enfim, depressão é uma forma extrema de recessão, por conseguinte, em depressão estamos mesmo em recessão. Mas na estagnação, não; só assistindo às exibições do Benfica é que ficamos à beira duma depressão.

Não digam que não puxei pela cabeça para não misturar futebóis com coisas sérias.

1 comentário:

  1. E pensar que ainda não há muito tempo se dizia que " o futebol ( ou era a religião ? ) é o ópio do povo".

    Bolas, é mesmo verdade. Afinal, não estamos de tanga, estamos só a levar 7-0 e ainda nem chegámos ao intervalo. E ainda nem percebi se estamos a jogar ao ataque, à defesa, ou só a ver a novela.

    ... Atençao, atenção... é mesmo, pode vir a ser... foi mesmo.

    Pronto: 8-0

    Não sei se ria se chore. Pelas dúvidas, vou fazer as duas coisas.

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