terça-feira, 28 de abril de 2009

FCP: 2 - Setúbal: 0


Esta semana com muiiiito atraso, mas cá vai o comentário ao sofrido jogo de Domingo. Embora fiquem a faltar apenas 3 vitórias para o Tetra, o que é verdade é que a coisa não vai ser tão fácil quanto à primeira vista podia parecer. O jogo frente ao Setúbal deu para perceber que o Porto fica a cambalear sem o Lucho e o Hulk. Sem estes dois jogadores o Porto perde o cérebro do seu jogo atacante e perde igualmente o poder de explosão que o Hulk proporciona ao jogo ofensivo do Porto. Para além disto e por muito que me custe, a verdade é que o Porto não tem no banco jogadores que os possam substituir à altura. O Mariano até está melhor agora, o Tomás Costa pode vir a ser um jogador jeitoso e o Farias até vai marcando, mas nenhum chega aos calcanhares do El Comandante ou do Incrível Hulk. Essa é que é essa.

E agora perguntam-me: “estás com medo”? E eu respondo: “estou”.

Ficarei ainda com mais medo se o próximo a padecer for o Lisandro, pois provavelmente é o único (vá lá, o Rodriguez também é gajo) que neste momento pode decidir um jogo, quando este está com um nó parecido ao do último Domingo. Não fosse a classe do Argentino para abrir o marcador e o Porto poderia ter muito bem empatado. Vamos lá ver é se o deixam jogar porque olhando para o jogo de Domingo, diria que a lesão do avançado está presa por arames. Sem o saco de porrada que foi o Hulk, agora os adversários viram-se para o Lisandro. Já o tinha dito em relação ao Hulk, mas repito agora: “deixem jogar o Lisandro”.

Apesar do sofrimento foi uma vitória justa, frente a um Setúbal que na primeira parte ainda tentou fazer umas coisas, mas que na segunda estacionou o autocarro à frente da sua baliza esperando por um empate milagreiro. O campeonato está muito perto, mas como disse, ainda há um longo e penoso caminho a percorrer, sendo que o jogo do próximo Domingo será fundamental. Caso o Porto vença na Madeira frente ao Marítimo a coisa fica muito bem encaminhada, mas caso empate ou perca será o Deus me livre à solta.

PS: o que quererá dizer o Lisandro com a sua nova forma de festejar os golos?

3 comentários:

  1. Pessoalmente, o post do Vitor parece-me bastante realista. De facto, sem Lucho e sem Hulk, o FCP é uma equipa extraordinariamente menos acutilante. Para não dizer pouco mais que banal.

    Embora considere (como referi num comentário a outro post neste mesmo blog) que o campeonato está decidido desde o jogo Braga-FCP (por todos os motivos conhecidos), entendo que, para aqueles que ainda acreditam que o futebol em Portugal tem alguma verdade, haverá alguma emoção até ao fim.

    É também interessante que o Vitor ter abordado a questão do "deixem jogar o Lisandro.

    Como li num outro sítio, "Quando o Sport Lisboa e Benfica, há uns anos, pediu a árbitros e adversários que deixassem jogar o Mantorras, a risota foi geral. O futebol, não sendo um desporto de florzinhas, não se compadecia de meninos, ainda que Mantorras levasse porrada de adulto. O resultado foi o que se conhece.

    Cinco ou seis anos volvidos, e dada uma entrada um pouco menos simpática sobre o jogador-revelação da Liga Sagres, que motivou, inclusivamente, a sua lesão, veio a terreiro o FC Porto lamentar a "passividade dos árbitros". Há que louvar a atitude do FC Porto: ao menos, agora já só fala dos árbitros, em vez de passar o tempo a falar com eles. Sobre questões pessoais, como é óbvio.

    Queixa-se o campeão antecipado da passividade "que encoraja a insistência dos infractores", que "não tem merecido qualquer sanção por parte dos órgãos disciplinares competentes", afirmando ainda que "a justiça desportiva se tem demitido de actuar em casos idênticos, recordando as lesões de Anderson e Lisandro". Concordo completamente. Aliás, a frase é de tal forma verdadeira que, mesmo quando recontextualizada, não perde a veracidade, como o seguinte exemplo ajudará a demonstrar: a não penalização de quem recebe árbitros em casa para lhes prestar favores pessoais encorajou a insistência dos infractores, como o último fim-de-semana em Coimbra pôde perfeitamente comprovar, não tendo merecido a dita infracção qualquer sanção por parte dos órgãos disciplinares. Só no que respeita à justiça desportiva é que o caso muda de figura: afinal, não se pode demitir quem está há 30 anos desempregado."

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  2. Curioso achei também uma notícia do Público Online, denominada de "o misterioso minuto 58". Descreve-nos, então, Fernando Veludo: "Minuto 58 do FC Porto-Vitória de Setúbal. De uma assentada, Leandro Lima e Bruno Gama foram substituídos por dois colegas de equipa. Coincidência ou não, Leandro Lima e Bruno Gama, jogadores emprestados pelo FC Porto ao Setúbal, estavam a ser os dois jogadores mais perigosos dos sadinos. Coincidência ou não, o jogo que estava empatado ganhou outra vida quatro minutos depois com o primeiro de dois golos de Lisandro (2-0). O tiro no pé de Carlos Cardoso deu uma segunda vida ao campeão nacional.

    Alguém quer explicar a substituição? Pontaria de Carlos Cardoso, que na véspera até vaticinara uma “gracinha”? Sorte de Jesualdo Ferreira, que via o placard a andar para trás? “Com a saída dos dois jogadores, o FC Porto passou a ter mais espaço e mais linhas”, respondeu Jesualdo. “Já não atacavam com a mesma intensidade”, justificou Carlos Cardoso. (...)"

    Para mim, não passa apenas de mais uma daquelas coincidências do arco-da-velha que, casualmente, acontecem todos os fins de semana.

    Felizmente que, desta vez, fico ilibado de ser eu a "insinuar" alguma coisa, como dizia o Vitor Peliteiro aqui há uns dias atrás...

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  3. Sim senhor. Como se costuma dizer em português vernáculo 'se non é vero, é benne trovato.'

    Ou, como diria o Berlusconi, se não é verdade é (pelo menos) bem urdido.

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