QUERO IR À FESTA
Por JMMA
Em geral, não sou pessimista e tratando-se de futebol, menos ainda. Neste caso, acho-me mais propenso a acreditar no improvável (se me convém), do que dado a estados de alma derrotistas quando, matematicamente, ainda é possível. Já dizia Balzac, a melhor ilusão na vida são as ilusões da vida.
Devo dizer, porém, que nunca esperei grande coisa desta nova etapa da selecção nacional com Carlos Queiroz no comando. Não consigo vê-lo senão como um treinador banal, bom programador ao que dizem, bem relacionado, que utiliza o servilismo de uma parte da imprensa portuguesa ("professor" para aqui, "professor" para ali) para esconder algum défice de atributos essenciais às suas funções: carisma, capacidade de liderança e sagacidade nas opções técnicas, sobretudo a partir do banco.
Em Março, após o ‘flop’ com a Suécia, a frustração estava estampada no rosto de jogadores e também do seleccionador nacional. Carlos Queiroz, no entanto, disse que nada estava decidido e garantiu que a turma das quinas ainda vai conquistar os pontos necessários para conseguir o apuramento para o Mundial na África do Sul. Oxalá. O facto é que, anteriormente, em Braga, Queiroz dissera três vezes na mesma conferência de imprensa, não saber o que mais pode fazer para ganhar um jogo de futebol! Não foi deslize. Tenho a certeza absoluta que ele falava verdade.
Por isso, quanto a Queiroz estamos entendidos e a partir daqui a conversa é com Cristiano Ronaldo. O que não quer dizer que não possa ser também com o Simão ou com o Nani. O que eu peço é só ser fascinado. Só. No ponto em que estou, não custa nada. Três fintas, daquelas que sentam um dinamarquês (e depois um magiar). Uma bola domada no peito. Um golo no canto impossível. Quero geometria, muita geometria, passando tangentes aos gajos. Quero ver a raça de Maniche, o único tipo, além do Cascão da Turma da Mónica, que conseguiu glória internacional apesar da relação com o balneário. Quero Bosingwa a dar às gâmbias como um viking de antigamente cavalgando através da Jutlândia. E como de fascínio falamos, quero Ricardo Carvalho imperial a valsar o Danúbio Azul como um verdadeiro magiar na corte de Francisco José I. Quero só tudo. Quero ir à festa em 2010.
Por JMMA
Em geral, não sou pessimista e tratando-se de futebol, menos ainda. Neste caso, acho-me mais propenso a acreditar no improvável (se me convém), do que dado a estados de alma derrotistas quando, matematicamente, ainda é possível. Já dizia Balzac, a melhor ilusão na vida são as ilusões da vida.
Devo dizer, porém, que nunca esperei grande coisa desta nova etapa da selecção nacional com Carlos Queiroz no comando. Não consigo vê-lo senão como um treinador banal, bom programador ao que dizem, bem relacionado, que utiliza o servilismo de uma parte da imprensa portuguesa ("professor" para aqui, "professor" para ali) para esconder algum défice de atributos essenciais às suas funções: carisma, capacidade de liderança e sagacidade nas opções técnicas, sobretudo a partir do banco.
Em Março, após o ‘flop’ com a Suécia, a frustração estava estampada no rosto de jogadores e também do seleccionador nacional. Carlos Queiroz, no entanto, disse que nada estava decidido e garantiu que a turma das quinas ainda vai conquistar os pontos necessários para conseguir o apuramento para o Mundial na África do Sul. Oxalá. O facto é que, anteriormente, em Braga, Queiroz dissera três vezes na mesma conferência de imprensa, não saber o que mais pode fazer para ganhar um jogo de futebol! Não foi deslize. Tenho a certeza absoluta que ele falava verdade.
Por isso, quanto a Queiroz estamos entendidos e a partir daqui a conversa é com Cristiano Ronaldo. O que não quer dizer que não possa ser também com o Simão ou com o Nani. O que eu peço é só ser fascinado. Só. No ponto em que estou, não custa nada. Três fintas, daquelas que sentam um dinamarquês (e depois um magiar). Uma bola domada no peito. Um golo no canto impossível. Quero geometria, muita geometria, passando tangentes aos gajos. Quero ver a raça de Maniche, o único tipo, além do Cascão da Turma da Mónica, que conseguiu glória internacional apesar da relação com o balneário. Quero Bosingwa a dar às gâmbias como um viking de antigamente cavalgando através da Jutlândia. E como de fascínio falamos, quero Ricardo Carvalho imperial a valsar o Danúbio Azul como um verdadeiro magiar na corte de Francisco José I. Quero só tudo. Quero ir à festa em 2010.
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ResponderEliminarSaudações
"Só voltarei à Selecção quando toda a porcaria for limpa da Federação"
ResponderEliminarFoi com uma frase semelhante que, há uns anos atrás, Queiroz me fez reconhecer-lhe, pelo menos, uma qualidade: a de honesto.
Achei "fruta" a mais (sem ironias). De qualquer modo, acreditei e até aplaudi.
Logo me dei razão algum tempo depois e me desiludi quando soube que Queiroz viria a treinar a Selecção. Verifiquei que a "porcaria" não estava limpa e continuava a amontoar-se até ao tecto. E cada vez com um cheiro mais nauseabundo.
Pessoalmente, até entendi o que Queiroz quereria dizer com a sua afirmação. Mas, imagino que o dinheiro (ou outras coisas) terá falado mais alto.
Neste sentido, para mim, como Queiroz não conseguiu vencê-los, juntou-se a eles. E, nessa medida, passou a ser um deles.
Assim, como repudio certas qualidades de pessoas e não me considero hipócrita, confesso que não há patriotismo que resista.
Força Dinamarca!
Este Kikas (seja lá o que isso for) espelha o que de mais repugnante existe no nosso adepto.
ResponderEliminarDizer força Dinamarca é o mesmo que dizer abaixo Portugal. E isso, meus amigos, isso é repugnante para um Português como eu que vive a selecção e o País, independentemente de quem esteja a comandar.
Por muito pouco que goste do Sócrates, nunca direi abaixo Portugal. Espero que ele faça o melhor, mesmo achando que mente como respira. Da mesma maneira como não gostava do Scolari. Nunca disse (nem tão pouco senti) abaixo Portugal. Vivi as vitórias dele com uma alegria imensa.
Todo o paleio deste fulano até estava a ser coerente, mas com aquela frase final...
Mas cada um é como cada qual.
De tudo aquilo que vou lendo neste blog (mais concretamente nas caixas de comentários em algumas "acesas discussões" que tem tido com o Luis Marques), este Vítor Peliteiro demonstra alguma dificuldade em lidar com as opiniões dos outros, especialmente quando diferentes das dele.
ResponderEliminarPessoalmente, até nem me espanta, tendo em consideração o clube do qual ele é adepto.
Vá Vítor, um esforço, que nem todos estamos obrigados a pensar pela cabeça dos outros...
Ai há políticos que não mentem? Queres ver que estão todos no PSD.
ResponderEliminarahahhahaha
PS: Já bastava o futebol, agora tb temos politica para discutir
Gilberto Madaíl, com a delicadeza de uma manada de elefantes na pequena área, abanou com uma mão-cheia de notas: "Os prémios de jogo são apenas simbólicos para muitos jogadores, mas é uma situação que está a ser estudada."
ResponderEliminarFoi recebido com sarrafada.
Efectivamente, falar de notas do Banco de Portugal quando todos pensavam que o que o contava eram as notas do Hino Nacional...
Por ironia, agora que tanto se discute a convocatória de Liedson (que eu próprio ainda não digeri), foi um brasileiro que veio pôr Madail na ordem: "Se ele disse isso, foi infeliz. O nosso prémio é estar no Mundial."
É um hino. E neste caso não tenho dúvidas: ouvi-lo com pronúncia carioca ou de canaveses, é-me igual.