terça-feira, 15 de novembro de 2005

O homem dos rebuçadinhos

No Domingo, estava eu a fazer um derradeiro zapping antes de me deitar.......

......comecei no canal 1, depois passei para 2, 5 segundos depois mudei para a SIC, 3 segundos depois estava a vêr a TVI, 2 segundos mais tarde mudei para a SIC Notícias.......mas de repente..., pareceu-me reconhecer a cara que estava em primeiro plano na TVI.

Coloquei novamente na estação 4, e ela ainda lá estava. O programa era a "1ª companhia", e aquela silhueta realmente não me era estranha, mas ao mesmo tempo causava-me uma certa desconfiança.

Não foi preciso puxar muito pela cabeça. Não é que estava ali o homem dos rebuçadinhos. Nem mais, nem menos.... Jacinto Paixão de seu nome. Árbitro de 1ª categoria actualmente suspenso, e um dos principais protagonistas do caso "Apito Dourado", era um dos concorrentes do concurso mais estúpido que conheço.

Pensei para comigo... "este gajo está INDICIADO por corrupção activa, já confessou publicamente que esteve num hotel com uma PUTA horas depois do FC Porto - Estrela Amadora, e tem a lata de vir para televisão brincar às tropas?". "Se fosse comigo, fazia tudo para não sair de casa, tamanha era a vergonha". "E como é que uma estação de televisão oferece protagonismo a um pessoa destas?"

Este é um dos grandes problemas da nossa sociedade, os prevaricadores são protegidos e enaltecidos pela própria sociedade (vide os casos de Fátima Felgueiras, Isaltino Morais, Valentim Loureiro, etc). Portugal deve ser dos poucos países europeus, onde não pagar impostos é motivo de orgulho, e facto de admiração dos outros contribuintes.

Que sociedade reles a nossa.

1 comentário:

  1. Telelixo + Futelixo = SÓLIXO

    E não me venham cá dizer que a razão destes programas reles está nas exigências do público, porque «é disto que a malta gosta».

    A opção pela parvoíce não é do público, é do produtor.

    Claro que há gente que gosta de se espojar na porcaria, mas a maioria dos portugueses é composta de pessoas normais.

    Está mais que demonstrado que é possível fazer programas populares de qualidade, que se pode ter ao mesmo tempo humor e elevação, divertimento e nível.

    É mais difícil, de facto é.

    Por isso é que as televisões generalistas preferem assumir (simplistamente) que o espectador é estúpido e ordinário. E à força de produzirem programas destes, com participantes destes, em horário nobre... não será que um dia destes tem mesmo razão?

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