segunda-feira, 4 de maio de 2009

Marítimo: 0 - FCP: 3


Aí está! Se há uma semana estava com medo, agora estou com um sentimento do tipo "mais um que já cá mora!".

Pois é, o Tetra (eles são tantos que até tive dificuldade para me lembrar do score - são mesmo 4 seguidos!!) já cá canta, pois o Sporting fez o favor de facilitar as coisas. De facto, estava com medo do resultado da Madeira (esperando, claro está, com uma vitória do SCP) pelos motivos já apontados por mim. Mas, na verdade, o jogo da Madeira acabou por ser mais fácil do que o inicialmente previsto. O Porto marcou muito cedo, sendo que na jogada imediatamente anterior já tinha atirado uma bola ao poste e portanto as coisas ficaram irremediavelmente mais facilitadas.

Para além de ter sido feliz com o golo que obteve, uma vez que foi um verdadeiro frango do GR do Marítimo (querem ver que para o ano vem para o Porto?), o Porto teve uma entrada à Tetra. Iniciou o jogo a todo o vapor, com a clara intenção de não deixar para amanhã aquilo que podia fazer naquele próprio jogo. Moral da história: a marcar assim tão cedo, com os nervos a passarem para segundo plano, o cheiro a tetra e com o calor que estava no Domingo, as cervejas acumulavam-se ao ritmo dos campeonatos - façam lá as contas das garrafas que tive que mandar para a reciclagem!

Embora as coisas estivessem a correr na perfeição, lá veio a lesão do Meireles para colocar algum travão às cervejas. Mas depois pensei: "que se lixe, mesmo que o Marítmo marque, o empate já é bom". O que é certo é que o Marítimo não marcou e na segunda parte o Porto fez o favor de ser humilde (aquele meio campo, sem Lucho e Meireles, é fraquinho), contra-atacar pela certa e de marcar mais dois. O resultado é um pouco puxadote para a equipa da casa, pois fez um bom jogo e teve na realidade boas hipóteses de facturar. Como não facturou, o Porto fez o favor de aplicar o IVA ao resultado inicial, acabando com três secos sem resposta. É a vida.

Com estas e com outras, lá estarei para, espero, celebrar mais um campeonato nacional. Muitos daqueles que me estão a ler não saberão, mas é realmente muito bom celebrar campeonatos a este ritmo. É a vida!

2 comentários:

  1. Ainda aqui há uns post’s atrás trocávamos ideias acerca do interesse que os “grandes” suscitam por jogadores de clubes mais pequenos em vésperas de jogos entre ambos. A ser verdade (e digo isto porque muitas das vezes os jornais têm pesada culpa nos boatos – a mando dos clubes ou não, isso agora não é importante), todos concluímos que este tipo de abordagem não é a mais correcta uma vez que, positiva ou negativamente, acaba sempre por afectar o desempenho dos jogadores visados.

    Toda esta introdução para me levar ao último fim de semana de campeonato.

    Dias antes do jogo, lá assistíamos às habituais parangonas a dar conta do interesse de Benfica em Néné e Rúben Micael. E, coincidência ou não, Néné e Ruben Micael fizeram exibições de se lhe tirar o chapéu estando ambos, inclusivé, entre os goleadores do encontro.

    E, exemplos como este, poderia ir buscar muitos...

    Há algum tempo atrás, as mesmas parangonas davam conta de que o FCP teria já acordo fechado com Beto, guarda redes do Leixões. E, coincidência ou não, Beto terá feito, porventura, um dos jogos mais “distraídos” da sua carreira.

    E, exemplos como este, poderia ir buscar muitos...

    Curiosamente, entre Beto, Néné e Rúben Micael não vejo nenhuma semelhança. Nem no clube que defendem. Nem nas exibições que proporcionaram nos jogos frente aos grandes, após os jornais darem conta do interesse desses mesmos grandes dias antes dos embates. Nem em nada.

    Curiosamente, como diz o Vítor Peliteiro e bem (desconfio que ele já comece a perceber a “engrenagem”), o Marcos não foi dado como possível reforço do FCP durante a semana. Mas podia ter sido. Aqueles dois primeiros golos dos dragões são mais uma daquelas situações do arco-da-velha que acontecem casualmente durante os fins de semana. Uma daquelas coincidências “à la” Filipe Lopes, para quem está recordado...

    Assim sendo, acho que o Benfica tira daqui uma boa ilacção face a situações “perigosas” como esta que é declarar interesse em jogadores de clubes que defronta nos jogos seguintes. Porque isso, normalmente, significa uma derrota. Ou então, Rui Costa e seus pares terão de aprender a fazer magias com a estrutura de gestão do FCP (a tal altamente competente e um case study na Europa). Embora me pareça que não venha a ser fácil...

    Quanto ao campeonato, e como disse em comentários que fiz antes, estava mais que decidido o campeão. Pessoalmente, dores de cotovelo à parte, até tenho algum regozijo pelo facto do clube da minha simpatia não ter ganho. Senão vejamos. Se num campeonato onde:

    Foi perfeitamente normal clubes terem cerca de 60 jogadores activos inscritos na liga e emprestar grande maioria deles a clubes da mesma divisão;
    Foi perfeitamente normal esses mesmos jogadores emprestados lesionarem-se, misteriosamente, nas vésperas dos jogos com o seu clube de origem;
    Foi perfeitamente normal acontecerem os chamados “misterioso minuto 58” como aconteceu em determinados jogos desta Liga;
    Foi perfeitamente normal as bárbaras agressões de certos defesas centrais a adversários passarem constantemente impunes;
    Foi perfeitamente normal certos clubes apoiarem, financeiramente, outros clubes em dificuldade de pagamento de salários;
    Foi perfeitamente normal determinados presidentes de clubes serem condenados, na justiça desportiva, por corrupção e pavonearem-se em representação do clube em tribunas e quejandos;
    Foram perfeitamente normais todas as situações que não refiro (não por não existirem mas por manifesta falta de tempo) que a consciência limpa, moral, bons costumes e honestidade da maioria julgavam “obscuras”...

    ... prefiro ganhar campeonatos em condições perfeitamente anormais.

    E, destas perfeitas normalidades, poderia enumerar, de cabeça, pelo menos, mais 327. E sei que alguns de vós ainda me ajudariam em mais 38...

    Depois da ficção (como alguns diriam) que acima escrevi, acho que o FCP é um justo campeão; que o Sporting terá um merecido 2º lugar; e o Benfica ainda terá que jogar muito para merecer ser 3º.

    PS: Fala-se por aí que certo e determinado indivíduo apresentará a sua candidatura à Presidência da Liga de Clubes. O prenúncio é o de uma morte anunciada: a da credibilização do futebol português. Cá estaremos para pregar mais um prego no caixão do moribundo quando for oficializada e para encomendar as flores quando sair vitoriosa. Há é que delegar em terceiros a tarefa de reunir as cáfilas para ir gritar "Vitória!!!" às portas da Liga, porque isso já é demais para mim.

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  2. Anónimo8/5/09 13:27

    O Benfica está mais perto do quarto classificado do que do líder. A frase não traduz o olhar distraído para a tabela deste campeonato, é o resultado da análise das edições da prova no século XXI.

    Se a história e o número de adeptos não permitem duvidar de que Benfica, F.C. Porto e Sporting são «grandes» e todos os outros «pequenos», os números das últimas dez edições da Liga apontam outra tendência.

    De facto, vistos os dez últimos campeonatos (de 1999/00 até às 27 jornadas de 2008/09) o quadro é diferente.

    Pontos

    F.C. Porto, 717
    Sporting, 659
    Benfica, 638
    Clube classificado em quarto lugar ou acima do Benfica*, 576

    Estes números permitem concluir que a principal luta do Benfica é com o Sporting. Pelo segundo lugar. No entanto, o clube de Alvalade tem conquistado vantagem desde que os «encarnados» foram campeões, em 2004/05. A diferença vai já em 21 pontos.

    Depois, os números revelam um dado surpreendente: o Benfica está mais perto do primeiro «pequeno» clube do que do indiscutível dominador do século XXI, o F.C. Porto.

    Os «encarnados» somam mais 62 pontos do que a soma do «pequeno» melhor classificado em cada uma das edições deste século. Mas têm menos 79 pontos do que o F.C. Porto.

    Em média**, o F.C. Porto faz 71,7 pontos, contra 63,8 do Benfica. Ou seja, oito pontos de diferença. O Sporting fica-se pelos 65,9 e o primeiro «pequeno» soma, em média, 57,6 pontos.

    Ou seja, esta temporada o Benfica está, para já, ainda mais distante do F.C. Porto e mais próximo do primeiro pequeno. Pior do que tendência da década, portanto.

    Outras tendências

    Quando se olha para os golos marcados e sofridos, no mesmo período, percebe-se que a maior diferença entre o Benfica e os outros «grandes está na facilidade em encaixar golos.

    Golos marcados
    F.C. Porto, 614
    Benfica, 562
    Sporting, 557
    Clube classificado em quarto lugar ou acima do Benfica*, 517

    Os «encarnados» marcaram menos 52 golos do que o F.C. Porto (ou seja, cerca de menos cinco por época), mais cinco do que o Sporting e mais 45 do que o primeiro «pequeno». Também aqui estão mais distantes do líder do que do perseguidor, o que é ainda mais verdadeiro para o Sporting. Aliás, este está a ser o pior ano de Paulo Bento, com apenas 38 golos marcados, contra 46 do Benfica e 55 do F.C. Porto. O Nacional leva 45.

    Golos sofridos
    F.C. Porto, 223
    Sporting, 271
    Benfica, 298
    Clube classificado em quarto lugar ou acima do Benfica*, 352

    Estes números revelam que é muito mais difícil fazer golos ao F.C. Porto e ao Sporting do que ao Benfica. E, de novo, colocam os «encarnados» mais próximo do «pequeno» perseguidor do que do clube que domina a década.

    Conclusão: o comportamento do Benfica esta época só pode ser surpreendente para quem não analisa tendências. Os «encarnados» estão no local que tem sido o seu no século XXI: em terceiro, mais perto do quarto do que primeiro. Esta época apenas um pouco pior do que a média das últimas dez edições. Será que isto ainda é comportamento de um «grande»? Tem a palavra o leitor.

    * Ao contrário de F.C. Porto e Sporting, o Benfica já por três vezes ficou abaixo do terceiro lugar, nas últimas dez edições. Para efeitos desta comparação, somaram-se os pontos dos clubes que ficaram em quatro lugar. Ou o melhor classificado, nas temporadas em que o clube da Luz fez pior do que terceiro

    ** Há campeonatos com 18 e com 16 clubes

    in maisfutebol, Luís Sobral

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