quarta-feira, 13 de maio de 2009

Os Jogadores do Tetra I



Depois de falar dos intervenientes do Tetra, sob o ponto de vista organizativo, eis que chega a vez de falar dos verdadeiros artistas: Os Jogadores. Falarei neles no que resta da semana, começando por aqueles que, a meu ver, foram mais decisivos.

Em primeiro lugar o Bruno Alves. Este foi o verdadeiro ano da sua emancipação, revelando-se como um dos grandes centrais da Europa e para mim o melhor central Português da actualidade. É certo que ainda há quem diga que é um central duro, maldoso e blá e mais blá. Penso que só terá esta opinião quem não o vê jogar com regularidade, pois se o vissem jogar chegariam certamente à mesma conclusão do que eu, isto é, o Bruno Alves é um central que está muito perto de ser completo. Tem um poder de impulsão como poucos (Comparo-o muitas vezes ao Mozer), domina completamente o jogo aéreo, marca golos, começou a marcar livres, tem técnica e até centra melhor do que muitos extremos que conheço.

Para além de todos estes atributos, foi ele quem "segurou as pontas" quando as coisas estavam mal. Foi ele que, na Figueira da Foz (depois da 3ª derrota consecutiva), deu a cara pelos colegas, tendo enfrentado os adeptos Portistas como um verdadeiro capitão, fazendo jus à mítica camisola número 2 que veste. Por ironia do destino foi ele quem decidiu o campeonato, marcando o golo da vitória do último Domingo. Ele há coisas fantásticas, não há?


Logo a seguir ao Bruno Alves, considero o Lisandro como a 2ª peça mais importante do Tetra. Em campo, estão em extremos opostos, mas a sua classe faz com que se unam várias vezes em prol da equipa, tal como aconteceu, mais uma vez no último Domingo, pois foi o Lisandro quem ofereceu o golo ao central (mais uma coincidência). Na verdade, existe um denominador comum entre os dois, que é a luta e entrega que demonstram dentro de campo.

Este ano o Argentino não marcou tanto como no ano passado, mas nem por isso a sua importância diminuiu. Fez todas as posições do ataque Portista e chegou, em alguns jogos, a fazer de número 10, principalmente quando o Lucho não esteve ou quando este rebentava fisicamente ou ainda quando o evoluir do jogo assim o exigia. É um avançado na verdadeira acepção da palavra, pois faz de tudo e mais alguma coisa e encarna como poucos o espírito azul e branco.
Por isso, faço (como já o escrevi há uns tempos) mais um apelo ao presidente: Vamos lá renovar com o Lisandro. Ele merece como poucos e o Porto precisa de muitos como ele.

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