terça-feira, 19 de maio de 2009

Os Jogadores do Tetra III


Ora, já falei do Bruno Alves, do Lisandro, do Fernando e do Cissokho, sendo agora a vez de dois jogadores que foram fundamentais no jogo atacante do Porto: Rodriguez e Hulk.

O Rodriguez foi a contratação mais sonante do Porto na presente época, sendo que foi “sacado” ao rival Benfica e só por isso transformou a sua contratação na notícia mais bombástica do defeso. O Uruguaio apontou a sede de vitórias como um dos motivos que o levou a trocar Lisboa pelo Porto. O seu anseio não podia ter corrido melhor, já que se sagrou campeão na primeira época que vestiu de azul e branco, facto que, pessoalmente, me deixa muito satisfeito, pois fico satisfeito por ver os jogadores (bons) do Benfica a quererem algo mais para as suas carreiras.

Mas a vida do Rodriguez não foi fácil. Eu próprio cheguei a duvidar do seu valor e eu próprio cheguei a pensar que o Rodriguez do Benfica não era o verdadeiro. Foi preciso uns apertos e um certo reposicionamento dentro de campo, para ver o Uruguaio jogar como deve de ser. O ex-benfica veio para substituir o Quaresma e foi talvez por isso que demorou algum tempo a render. Desde logo porque todos o comparavam ao cigano e depois porque o próprio Jesualdo demorou algum tempo a afina-lo dentro de campo. Isto é, Rodriguez não é um extremo puro como o Quaresma, mas antes um jogador mais interior. A partir do momento que o Jesualdo o colocou a jogar onde gosta, a sua performance melhorou consideravelmente, tornando-se um elemento fundamental, tanto do Tetra como da honrosa participação da Champions. Ainda relativamente à comparação com o Quaresma, volto a dizer o que já disse a muitos amigos: Numa equipa de futebol, prefiro um Rodriguez generoso, trabalhador, lutador e um jogador de equipa do que um Quaresma com a mania de craque.


Quando no início da época o Porto apresentou o Hulk como uma surpresa, pensei “ora porra para a surpresa”. Quando começou a jogar voltei a pensar “o gajo pensa que está no Japão”, mas quando passou a ser frequente no 11 inicial, pensei “não estará cá muito tempo”. E na verdade o sentimento que tenho relativamente ao Hulk é mesmo esse, ou seja, com a força, técnica, facilidade de remate e idade que tem não ficará certamente por muito tempo no Dragão. Haverá de aparecer algum tubarão a pagar uns bons cobres por este achado Portista.

Mesmo não tendo entrado de caras na equipa principal, o que é certo é que quando entrou, o Brasileiro passou a fazer a diferença. A tal diferença que fazia Quaresma em alguns jogos, passou a ser feita pelo incrível Hulk. Quer isto dizer que, no sector atacante e comparativamente ao ano passado, o Porto ficou em melhor situação. Isto porque para além do trabalhador Rodriguez, passou a ter um Hulk que de um momento para o outro podia decidir um jogo. O Hulk foi de facto uma agradável surpresa e mesmo sabendo que ainda tem muito a aprender e evoluir, já deixou a sua marca neste Tetra.

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