quinta-feira, 13 de novembro de 2008

A CRISE DO FCP

(FOTO CEDIDA POR OLHARES.COM)


Escrevi há tempos um post com o título “O céu continua azul”. Nessa altura o Porto liderava com 7 pontos de avanço e eu elogiava o presidente, o Jesualdo e os jogadores.

Tal como no tempo, o futebol e os seus actores também sofrem de súbitas variações. No entanto, todas as regras têm uma excepção e uma dessas excepções era precisamente o FCP, clube que habituou muito mal os seus adeptos. Estes mesmos adeptos sofrem por esta altura uma crise idêntica à vivida há 4 anos atrás no pós-Mourinho. Mesmo que as vitórias em Kiev e em Alvalade tenham atenuado um pouco este cenário, o que é certo é que o Porto continua em 8º lugar na liga, o que convenhamos, não é nada normal. A crise que agora se vive é mais ou menos a mesma da vivida em Wall Street. Os crashs sucedem-se a um ritmo fora do normal e existe um sério risco de falências técnicas, sendo que há quem diga que a primeira falência será mesmo a do seu técnico.

Não sei se estas especulações tem algum fundamento ou não, mas a ser verdade, assumo desde já a minha discórdia. Para mim, observador que não conhece os meandros internos da crise, a culpa deste crash não está no Jesualdo. Antes do Jesualdo há que dissolver alguns corretores que vagueiam pela SAD Portista e que andam a impingir jogadores de qualidade duvidosa. Esses sim, são os verdadeiros culpados porque já dizia o mestre Pedroto que “sem ovos não se fazem omeletas”. E na verdade há vários jogadores cuja qualidade é muito, mas mesmo muito duvidosa. Serão jogadores no futuro? Não sei. O que sei é que neste momento não são e por isso a equipa está a ressentir-se. Julgo que responsabilizar o Jesualdo é o caminho mais fácil e todos sabemos que nem sempre o caminho mais fácil é igualmente o mais correcto, sendo que neste caso não o é com toda a certeza. Jesualdo só será culpado se foi dele a escolha do plantel na sua totalidade. Como não acredito nesta tese, então há que ir à procura de outros culpados, sendo quase certo que o Porto terá que abrir mais uma vez cordões à bolsa para reforçar o plantel em Janeiro. Em alternativa a este investimento, há sempre a hipótese de recuperar activos Portistas, deixando os abutres de mãos a abanar. Falo concretamente de jogadores que estão emprestados (que rondam os 20!!!) e que poderiam acrescentar valor à equipa. Ibson, Leandro Lima, Pitbull, Leandro (defesa esquerdo emprestado ao Palmeiras que será certamente melhor do que o Benitez) e a recuperação de Adriano são apenas alguns exemplos.

Em suma, eu diria que o Porto está mais ou menos como a foto que escolhi para este post, ou seja, as vitórias de Kiev e Alvalade vieram trazer uma luz, mas o céu continua algo nublado. Espero que o jogo contra o Guimarães seja mais um contributo à dissipação das nuvens existentes no Dragão.

3 comentários:

  1. Jogadores de qualidade duvidosa?

    Quais? O Benitez, o Sapunaru ou o Lino? Esses que, no início da época, iam facilmente fazer esquecer Bosingwas e afins?

    Ou será o Rodriguez?

    Então agora já não prestam? Em que ficamos?

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  2. Análise correcta e serena, do actual momento do FCP.

    Em jeito de brincadeira, por esta altura os administradores da SAD, devem estar preocupados é o com terceiro lugar (que é sinónimo de prémio).

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  3. Louvamos a análise fria do Vitor, mas temos dados que nos provam que muitos adeptos portistas «não estão nem aí».

    Com efeito, segundo uma sondagem conjunta Footbicancas/Professor Bambo realizada junto dos portistas à partida para a Ucrânia, metade dos inquiridos aponta a eutanásia como prática normal para sanear o mau momento do FCP. No grupo demográfico que a sondagem designa por Super Dragões, esta solução colheu a preferência da maioria qualificada de dois terços.

    O Footbicancas contactou alguns moribundos para conhecer a sua vontade de terminar com o sofrimento, mas o professor Jesualdo afirmou que não tenciona solicitar ao presidente que lhe ponha termo à agonia. «Enquanto houver deuses em Kiev e Alvalade, não serei eu que pedirei para desligar a máquina dos níqueis», afirmou Jesualdo. «Foi o papa que me deu este emprego, só ele é que mo pode tirar», concluiu.

    Mas em tudo o resto estou de acordo com o Vitor.

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