quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Os "Paineleiros" da nossa Praça

Sou um habitual telespectador de programas de debate desportivo, pelo que me lembrei de fazer uma análise aos três programas que costumo ver.


TVI 24 – Prolongamento
Avaliação: O pior de todos, chega a ser ridículo. Faz dos espectadores estúpidos.

Eduardo Barroso (SCP) que defende as cores do Sporting, é um faccioso invertebrado. Vê tudo verde. É a pessoa que me irrita mais, no contexto paineleiro. Para ele o Sporting está em 7º, porque não tem tido a sorte que o Benfica tem, e pela constante perseguição das arbitragens ao seu Sporting. O Di Maria é jogador de futsal, o Aimar está velho e o Saviola não jogava em Madrid, logo veio passar férias a Lisboa. Paulo Bento é melhor que Mourinho e todas as suas intervenções têm maior pendor anti-benfiquista do que pró-sportinguista. Ao ponto de nem ligar a Pôncio Monteiro. Torna-se ridículo, ver uma pessoa da sua inteligência defender opiniões completamente abstrusas e tendenciosas.

Pôncio Monteiro (FCP), é um faccioso mais requintado, menos apaixonado e mais racional e faz da ironia a sua principal arma. Mas não deixa também de ser faccioso nas suas análises e intervenções, ao ponto de também se tornar rídiculo. Sempre que Bruno Alves agride os adversários durante os voos de Karate, a culpa é da impulsão do jogador do Porto. Por vezes até ele se ri das coisas que diz, tão evidente é o seu parcialismo irónico. À semelhança do seu congénere sportinguista, também é anti-benfiquista. É daqueles que só quer ver Lisboa a arder.

Fernando Seara (SLB), é um filosófico que por vezes nem ele entende o que diz. Tudo para ele tem um contexto jurídico-filosófico, e raramente fala de futebol jogado. Até o cheiro da relva, tem uma explicação júrica. Divaga em questões de pormenor, falando muito e dizendo pouco. Cansa ouvi-lo falar, e raramente defende o Benfica como deveria. Não responde às barbaridades de opinião de Barroso, e embarca na ironia tendenciosa de Pôncio.

Por tudo isto, este programa é simplesmente ridículo, com intervenções minadas de parcialismo e facciosismo bacoco, que faz dos espectadores estúpidos. Será que ninguém percebe isto na TVI. Que interesse tem ouvir opiniões sem sentido? Claramente o pior programa de debate desportivo da televisão portuguesa.



SIC Notícias - O Dia Seguinte
Avaliação: Também muito mau. Apenas um interesse: saber como pensam ex-dirigentes do futebol português.

Dias Ferrerira (SCP) é o chamado fundamentalista sportinguista. Ele próprio assim se assume. Quando o ouvimos falar já sabemos que tudo o que ele defende é… indefensável. É simplesmente doente. Para ele o Pedro Silva terá feito pouco ao atirar a medalha na final da Taça da Liga. Deveria antes ter dado dois tabefes no árbitro. Faz do nervosismo uma arma, para meter medo aos seus interlocutores. Até os jornalistas têm medo de lhe fazer perguntas incómodas. É na maioria das vezes rídiculo. Tal como Eduardo Barroso, raramente está contra uma opinião do Guilharme Aguiar, concentrado apenas os seus esforços para dizer mal do Benfica.

Guilherme Aguiar (FCP), é a pessoa que mais me admira pela negativa. Só vê Porto à frente. Há uma sensação de reverência opinitiva a Pinto da Costa, qual Ente Divino a que tem de prestar vassalagem. Quando toca a opiniões sobre o Benfica, apenas vê a parte do copo vazio, nem que seja apenas 10% do mesmo. É um justiceiro azul. Até aqui não há diferença para os outros paineleiros, a não ser que este senhor foi durante 8 anos Presidente da Liga de Clubes. Quando o oiço argumentar em favor do Porto, até me arrepio. Aquilo devia ter sido um reigabofe durante a sua dinastia. Pela sua responsabilidade histórica no futebol português, é a face visível do que foi o Sistema pré-Apito Dourado. Ele próprio, tem dificuldades em esconder esta parcialidade que ao contrário dos outros teve efeitos práticos no futebol português, durante anos.

Silvio Cervan (SLB), é novo nestas andanças. É constantemente abafado pelas raposas velhas Ferreira e Aguiar, não estando na maioria daz vezes à altura (baixa e parcial) do debate com estes senhores. Bem se esforça, mas é na maioria das vezes abafado pelos outros. Tem dificuldades em se impôr perante tais dinaussauros.

Por isso este programa também se torna rídiculo, e também faz dos espectadores estúpidos. Por vezes vejo-o apenas para perceber a forma de pensar de Guilherme Aguiar, pois permite-me interpretar certas situações do passado recente.


RTN - Trio de Ataque
Avaliação: É o melhorzinho. Pessoas intelectualmente honestas, independentes dos seus clubes. Raramente se levanta a voz neste programa, havendo elevação no debate.

Rui Oliveira e Costa (SCP). Sportinguista apaixonado, mas racional. Antes de argumentar, tenta sempre colocar-se na perspectiva da outra pessoa, para melhor perceber os seus pontos de vista. É franco, intelectualmente honesto, e sincero defendendo o Sporting quando pode e deve.

Rui Moreira (FCP). Pessoa muito inteligente e informada. Sustenta sempre os seus pontos de vista de uma forma séria e não fundamentalista. Embora seja do FC Porto, é das pessoas que mais interesse tenho em ouvir, no que toca a opiniões desportivas. Destaca-se claramente, das outras figuras públicas portistas, que conhecemos (Manuel Serrão, Miguel Sousa Tavares, Pôncio Monteiro, etc.)

António Pedro de Vasconcelos (SLB). É talvez o mais faccioso deste painel, mas como qualquer Benfiquista, normalmente é mais crítico do seu clube do que do outros. Foi o primeiro a dizer (ainda na pré-época) que o Quique não era treinador para o Benfica. e defendeu esta tese até ao fim À semelhanças dos seus interlocutores também faz análise séria e honesta dos temas em debate, embora exagere por vezes nos pontos de vista que defende.

Claramente o programa da RTPN, destaca-se dos outros, valendo a pena os 90m gastos a vê-lo.

3 comentários:

  1. Excelente análise, Luís.

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  2. Muito bem, Luis.

    Já o disse, no blogue inclusive, que tenho uma desconfiança radical quanto ao interesse efectivo deste tipo de programas. Choca-me ver os participantes assumirem doentiamente a defesa dos clubes que representam. Só falta estarem equipados de camisola, calções e botas.

    Se o faccioso é inteligente, ainda tolero (dando o necessário desconyo, claro).

    Mas o grave é que a maior parte dos 'artistas' que pululam por aí nas televisões, não o é ou mostra ser. Não importa o valor profissional e intectual que possam ter (e alguns tê-lo-ão com certeza), o facto sobremaneira estranho é que quase todos se colocam na posição do trauliteiro de claque, para quem dar razão a um interlocutor contra o seu clube, é tão horrivel como consentir um auto-golo.

    Só pergunto: isso é de gente normal?

    Se é para ver circo, vou ao 'CHEN'.

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