segunda-feira, 29 de agosto de 2005

"Record" de Mentiras

Já antes tinha falado das primeiras páginas dos jornais. Hoje recebi um e-mail com as capas do jornal Record dos últimos anos (consultar link).
De todas as capas destaco:
  • 10-04-2003: Dia da meia final da taça uefa com o Porto e Boavista presentes. Capa: "Centrais debaixo de olho" (um deles era o Polga que acabou por ir para o SCP);
  • 30-08-2003: Dia seguinte à Supertaça Europeia. Capa: "Simão joga infiltrado";
  • 4-05-2004: Dia da meia final da liga dos campeões. Capa: "Santos nas mão da SAD";
  • 31-5-2004. Capa: "Couto rumo à Luz";
  • 27-08-2004: Dia da Final da Supertaça Europeia. Capa: "Peseiro já tem equipa. Três caras novas no onze";
  • 28-10-2004: Capa: "Robinho, ano e meio na Luz";
  • 11-12-2004: Dia anterior à Taça Intercontinental. Uma das poucas vezes em que o Porto merece 1ª página: "Fabiano divide FC Porto. Entrevista Explosiva do Fabuluso";
  • 12-12-2004: Dia da Taça Intercontinental. Porto merece 1/25 de 1ª página. Vá lá, podiam não ter colocado nada....

Finalmente,

  • 20-01-2005. Capa: "Benfica garante melhor marcador da Argentina - FEITO - Lisandro Lopez 5 anos na Luz". Curioso, não é?

4 comentários:

  1. Realmente é rídiculo. Parecem capas do dia das mentiras.

    Até onde se desce para se vender mais uns milhares de exemplares.

    E tudo à custa do Benfica...

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  2. oh diabo, se vamos para campanhas com determinado fim obscuro, não esuqecer as recentes arbitragens do sr. helmano santos ou as deslocações do estoril para jogar no algarve com mais público - quando todos sabemos que o estádio da luz fica mais perto da costa do estoril e leva mais espectadores...

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  3. Entrevista de Alexandra Tavares Teles "Sábado" a Costinha

    ATT - Alguma vez se arrenpendeu de ter ficado no FC Porto depois do Euro
    2004 e da saída de Mourinho ?

    Costinha - Atentendo ao que se passou, fiquei um bocado arrenpendido.
    Perdi tempo. Havia vários clubes interessados, mas o FC Porto convenceu-me
    de que era uma peça importante para a equipa, um factor de estabilidade no
    balneário. Tinha um contrato muito bom, acima das possibilidades do
    mercado português e achei que devia ficar. Fiz mal.

    ATT - Pelos resultados desportivos ?

    Costinha - Por tudo. Nunca pensei que o FC Porto se destruísse em tão
    pouco tempo. Da equipa campeã europeia apenas ficaram 10 jogadores. A
    equipa ficou sem identidade, sem espírito. Na época anterior, era habitual
    ver 10 ou mais jogadores no mesmo restaurante sem ter havido qualquer
    combinação. Era um prolongamento dos treinos e dos jogos. Com tantas
    saídas e tantas entradas, cada um ficou para seu lado. Não consegui
    perceber que tipo de política foi esta nem o que se prentendia obter com
    ela.

    ATT - O FC Porto apontou razões financeiras...

    Costinha - Pelos valores a que venderam o P.Ferreira, o Deco, o R.Carvalho
    e ainda o Mourinho, não era preciso vender mais ninguém. Ia buscar o
    Seitaridis, um médio e pronto. Assim , sim: seria possível reorganizar a
    equipa, pô-la de novo a funcionar.

    ATT - Terá sido uma opção de Del Neri...

    Costinha - Não me parece que lhe tivesse sido dado o poder de desfazer
    equipas campeãs da Europa.

    ATT - A sangria na equipa continuou com Fernández...

    Costinha - Fernández construiu uma equipa e depois venderam-se mais
    jogadores.

    ATT - Derlei foi dispensado por vontade de Fernández ?

    Costinha - Isso é mais complicado. Para perceber a saída de Derlei é
    preciso encontrar quem está por detrás dela. Não admito que um grupo de
    adeptos venha criticar e enxovalhar, com faixas provocatórias, um atleta
    que deu ao clube aquilo que Derlei deu. E mais espantados ficámos quando
    ninguém do FC Porto tomou uma atitude. Pelo contrário. Essa gente, depois
    de insultar os jogadores, entravam nas instalações do clube com um
    livre-trânsito e ninguém fazia qualquer reparo. E mais: de dia ameaçavam
    os jogadores e á noite jantavam com dirigentes do FC Porto. Que pensa um
    grupo quando sabe que quem os insultam e ameaçam janta com dirigentes do
    clube ?

    ATT - Conhece o presidente dos Super Dragões ?

    Costinha - De vista. Ele diz-se profissional de claque e, pelo que
    aparenta, tem uma profissão rentável. Muitos jogadores do FC Porto não
    ganham para comprar Porches e ele tem um.

    ATT - Acha que as claques serviram para branquear as decisões da direcção
    que falharam ?

    Costinha - Não sei. Sei que tenho no meu corpo marcas que provam o que dei
    ao clube. Joguei lesionado e joguei infiltrado, fi-lo porque quis e por
    dedicação. Ganhei tudo o que havia para ganhar. E ainda andam a correr
    atrás de mim para me fazer a vida negra?! E os responsáveis, os directores
    não fazem nada ?

    ATT - Foi ameaçado ?

    Costinha - Sim, mas como tenho um grande amigo na cidade do Porto o caso
    teve um fim pacífico.

    ATT - Qual foi a situação mais complicada ?

    Costinha - Quando o FC Porto empatou na Madeira com o Nacional, os
    desacatos começaram logo no aeroporto do Funchal. As claques provocaram
    com insultos todos os jogadores, sobretudo o Raul Meireles, que tivera o
    azar de fazer um autogolo. Foi mesmo agredido fisicamente, com uma
    garrafa. Eu estava no Porto, a recuperar de um traumatismo craniano, mas
    soube o que se estava a passar porque telefonei a vários colegas, por
    solidariedade. E perante o que ouvi decidi ir ao aeroporto do Porto
    esperar a equipa. Levei dois amigos, para não levar dois guarda-costas, e
    tive razão, porque quando lá cheguei vi um bando de 60 ou 70 Super
    Dragões. Os jogadores foram os primeiros a sair do avião e a levar com
    aquela gente toda, com insultos, com agressões, enquanto os dirigentes
    ficaram dentro do avião, protegidos. Apenas Reinaldo Teles saiu. E a
    verdade é que aquela gente agrediu atletas. Na época passada, tudo foi
    permitido no FC Porto.

    ATT - Nunca tentou falar com o presidente ?

    Costinha - Não. Eles é que decidem. Quando acertam, dizem que acertam,
    quando erram não dizem nada. Tinhamos jogadores campeões da Europa a
    ganhar 5 escudos e outros sem nada ganho com ordenados muito superiores. E
    eu tentava ajudar falando com eles.

    ATT - O mau comportamento da equipa nos jogos em casa esteve relacionado
    com este ambiente ?

    Costinha - Foi uma das questões da época e a explicação. É muito simples:
    alguns jogadores não conseguiram jogar por medo. Estamos a falar de
    ameaças vindas de grupos organizados. Por mais que alguns de nós tentasse
    criar um ambiente desinibido, houve quem ficasse em pânico por falhar um
    passe ou uma jogada.

    ATT - Foi por isso que jogadores como Luíd Fabiano renderam pouco ?

    Costinha - Luís fabiano foi um dos que se deixaram apanhar por esse medo.

    ATT - Estamos a falar das mesmas pessoas de quem Mourinho se queixou ?

    Costinha - Claro. Estou por dentro da história, mas não a posso revelar
    sem autorização dele. No entanto, posso dizer que aquilo que fizeram ao
    Mourinho foi uma vergonha.

    ATT - O que fez Pinto da Costa para evitar esses problemas ?

    Costinha - Ele continua a ser um grande líder, mas nos maus momentos não
    basta dizer que a equipa perde porque o Derlei só gosta da noite ou porque
    o Costinha só gosta da noite. Bodes expiatórios, não. É fácil atribuir a
    destruição da equipa campeã do Mundo a Del Neri, é fácil atribuir o
    despedimento dele ás pressões dos jogadores, é fácil atribuir a Fernández
    o esvaziamento, em janeiro, da equipa, e é fácil convecer a massa
    associativa, através da colocação estratégica de meia dúzia de Super
    Dragões num estádio, de que a culpa é dos jogadores. E assim protege-se a
    direcção. Mas eu não sou dos que ouvem, vêem e ficam calados. A equipa e o
    espírito de Mourinho foram completamente destruídos.

    ATT - Foi para Moscovo só por causa do dinheiro ?

    Costinha - Quando deixar de pensar em ganhar títulos, vou escolher um
    clube mais pequeno para que não me chamem chulo.

    ATT - Mourinho nunca o convidou ?

    Costinha - Em Novembro de 2003, Mourinho disse-me que no fím da época
    seriamos campeões Europeus, que ele iria para um grande clube e
    perguntou-me se queria ir com ele. Disse que sim. Depois isso não se
    concretizou, mas não lhe quero mal por ter levado o Paulo, o Tiago e o
    Ricardo. Continuo a falar com ele regularmente.

    ATT - E quando regressar a Portugal ?

    Costinha - Todas as pessoas sabem que sou sportinguista desde pequeno.
    Quando regressei a portugal disse que gostava de jogar no FC Porto, onde
    queriam ganhar sempre tudo e os valores da familia eram defendidos.
    Recusei uma proposta do benfica, podia ter ido para o Sporting, mas
    escolhi o Fc Porto. Num degundo regresso, não sei o que acontecerá.

    ATT - Aconselhou Miguel ao Dínamo ?

    Costinha - Aconselhei. Como jogador e como homem. O Miguel não quis vir e
    acho que fez bem. É novo e tem outros clubes interessados para onde ir.

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  4. Ainda não tinha lido esta entrevista.

    O balneário do Porto o ano passado, devia ser um barril de pólvora. Estava instalado um clima de terror psicológico.

    Fiquei estupefacto com a influência e poder dos Super Dragões, no dia-a-dia do clube.

    A quem é que interessa essa poder, e porque o alimentam?

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