quinta-feira, 23 de julho de 2009

Toques de Cabeça

O MUNDO QUE ACABOU TRÊS VEZES
Por JMMA

Ao que parece, o fim do mundo é na próxima segunda-feira. A proposta que deveria adaptar os estatutos da Federação Portuguesa de Futebol ao Regime Jurídico das Federações Desportivas (RJFD) foi rejeitada pelas associações em assembleia-geral. E agora, com a FPF fora da lei, o Governo vai ter de actuar. Segundo ameaçava há dias a imprensa, ele é a perda do estatuto de Utilidade Pública desportiva, o não reconhecimento das selecções nacionais, a inibição de organizar todo o tipo de competições, enfim, o cabo dos trabalhos. E é já na segunda-feira. Se bem me lembro, o futebol esteve à beira do apocalipse pelo menos três vezes nos últimos meses. O que importa, se isso voltar a acontecer para a semana? Mais uma, menos uma, vai tudo dar ao mesmo.

Regressemos então a Março último. Por toda a parte correu o alarme de que os resultados financeiros dos três 'grandes' eram calamitosos. FC Porto, Benfica e Sporting estavam a viver cronicamente acima das suas possibilidades, isto é, gastam mais do que arrecadam. Neste campeonato das contas, todos perdiam. Juntos, os três grandes apresentaram prejuízos totais de 13 milhões de euros. É a falência técnica. "É o dia do juízo final", disparam sem contemplações os especialistas na matéria.

Semanas depois, era a derrocada da arbitragem que na final da Taça da Liga atingia limites nunca vistos. O juízo final anunciava-se sob a forma de parvidade, com a Direcção do Sporting a abandonar com estardalhaço a direcção da Liga e as claques leoninas a elevarem à categoria de herói, Pedro Silva, o atleta que rejeitou a medalha de finalista perante a total complacência da Comissão disciplinar. E o futebol naufragava pela segunda vez.

Chegou Junho! E num só e único lance, um candidato à presidência do Benfica veio provar que a loucura clubística não tem limites, apresentando-se aos sócios em pleno voo a partir do ‘Eagle 1’. Não bastava a crise do clube, ou a artimanha com a data das eleições; faltava alguém capaz de gastar uma fortuna para se anunciar do ar. Teria mais sentido fazê-lo no submarino Barracuda, ou num navio afundado como o Bolama, simbolizava melhor a situação do clube. De todo o modo, pela terceira vez em poucos meses projectava-se sobre o futebol português a sombra dum destino inelutável. Um futebol sem escrúpulos, primeiro, sem tino depois e por fim quase sem Benfica, tomado de assalto por um pára-quedista com menos anos de sócio que o Porto de campeonatos sucessivos. Desgraça!

Surge agora a grande bomba: a FPF apanhada em pecado original nas teias do RJFD. Olhamos em frente e o que é que a imprensa nos mostra? Mais uma vez a derrocada, o cataclismo, o pesadelo.

Acreditam? Eu não! Afinal de contas, imaginámos por três vezes que o futebol ia ao fundo e o Madail cá continua. O que gostávamos mesmo de saber é se isso é uma boa notícia.

5 comentários:

  1. Para os do costume, a continuidade de Madaíl é magnífica. E, assim, garante-se uma marioneta num organismo de decisão.

    A mim, só a foto do post dá-me náuseas. Quanto mais o resto...

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  2. Offtopic:

    Não sei se alguém já deu por isso, mas a novela Keirrison começou ontem nos jornais. Em princípio, como dizem os pasquins, é para emprestar 1 ano ao Benfica.

    Eu, qual bruxo Alexandrino, já imagino o final da história...

    E vocês?

    PS: Desculpem o offtopic mas, como já bolsei várias vezes com a foto do topic, era para ver se melhorava.

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  3. :)

    Já tinha pensado nisso, sim senhor!

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  4. substituam o Madaíl pelo ex-empresário "compenteadodegerentedebordel" que esse sim pugna pela dignidade da modalidade.

    os jantares no no Sapo com árbitros, no ano em que foram levados no andor em procissão, foram mera ilusão de óptica!!!

    ou melhor, coloquem "a vara vestida de vermelho" a apedrejar os adversários sempre que jogarem fora que os 3 pontos por jogo são garantidos...

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  5. Ora aí está uma boa ideia.

    Mas para isso, era preciso que todos os jogos fossem realizados em "campos" com sobreiros cheios de pedras.

    E como não passa pela cabeça de um careca (apenas ao Sporting), organizar um jogo com uma paisagem com esta, será muito difícil aplicar esse procedimento.

    Mas a ideia era boa!

    FALTA DE ORGANIZAÇÃO. SIMPLES

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