O Benfica deu um passo de gigante rumo à conquista do campeonato. Estádio a abarrotar, um ambiente fantático, e duas equipas dignas uma da outra, embora o Benfica seja melhor do que os minhotos, como evidencia a tabela classificativa: mais pontos, mais vitórias, mais golos marcados e melhor defesa.
A estratégia de Domingos foi evidente, tentar defender em bloco (um dos pontos fortes do Braga), e quando tivesse a bola, sair em transições rápidas com Mossoró, Alan e Renteria como setas apontadas à baliza de Quim.
Por isso o Benfica nunca poderia entrar em descompensação defensiva, sob pena de ver perigar a sua baliza. Foi por isso, uma primeira parte muito táctica, mas sempre com a iniciativa de jogo a pender para os encarnados.
Antes do intervalo, surge o golo de Luisão, e Domingos viu a sua estratégia ir por água abaixo. A segunda parte foi assim um jogo mais dividido, mais aberto, com os bracarenses a colocar mais homens no ataque. A determinada altura cheguei a pensar que, ou o Benfica matava o jogo com um segundo golo, ou Braga poderia marcar. Mas felizmente a defesa encarnada mais uma vez não deu hipóteses, consentindo apenas um calafrio após um cabeceamento de Moisés.
O Benfica venceu assim por 1-0, com um golo de Luisão, que continua a marcar nos momentos decisivos, como aconteceu naquele Benfica-Sporting do último título de campeão. O ataque tem sido demolidor, mas a defesa do Benfica está também a atingir níveis exibicionais muito elevados, sendo a menos batida na Europa, com menos seis golos do que o Barcelona. Penso que não exagero se referir que desde os tempos do Ricardo e Mozer que os encarnados não tínham um sector defensivo tão eficaz.
O Benfica sai do ciclo infernal (Marselha-FCP-Braga), com três vitórias, e está finalmente embalado rumo ao título.
Venha de lá o Liverpool.
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