quarta-feira, 24 de março de 2010

Vozes de Burro...


Oh, e não é que o Ricardo Costa, o Supra-sumo foi desautorizado?


E agora, quem pagará a estupidez da decisão e a interpretação da lei que o senhor fez à sua maneira? Quem pagará o facto do Hulk (já não falo do Sapunaru, pois já não está cá) ter estado 18 jogos na bancada e ter perdido, provavelmente, a hipótese de estar presente no Mundial? Quem pagará ao Porto o facto de ter perdido duas opções do seu plantel, ainda por cima numa época com tantas lesões?


O primeiro a pagar foi o Hermínio. Acho muito bem - mostra que tem dois dedos de testa. Espero que o gajo que fez a borrada também tome o mesmo caminho. É o mínimo, depois de tal palhaçada!


Já estou a ver todas as virgens ofendidas virem a terreno dizer que esta decisão (3 jogos contra 4 meses - incrível) é comprada, é o efeito Pinto da Costa e o diabo a quatro. É engraçado que todas as decisões anti-Porto são justas, transparentes, anti-regime e coisa e tal, e quando as decisões são favoráveis ao Bi-Tetra-Campeão, são decisões duvidosas.


Pois bem, duvidosa foi a decisão (como agora ficou provada) do Pavão. Duvidosa foi a forma como todo o processo foi conduzido. Duvidoso foi o timing da decisão de hoje. E duvidoso foi a forma como o Ricardo Costa lá foi metido - "porque eu estou a fazer isto por outro lado". Esta frase diz-vos alguma coisa?


Em suma, não vou ao ponto de dizer que a palhaçada foi totalmente decisiva no afastamento do Porto ao título deste ano, mas que este campeonato ficará marcado por uma decisão e por um roubo que ficará na história, lá isso vai!


12 comentários:

  1. Caro Vitor, ouvi hoje num fórum de opinião a um comentador experimentado, que o CJ não reviu o castigo aplicado ao 'Vandinho', porque a manutenção da pena beneficia claramente o FCP na luta pelo 2º lugar!

    É neste plano que o assunto é hoje tratado, o do benefício que as decisões assumidas trazem ao FCP.
    Ainda há quem se disponha a tanto.
    Razão tinha o 'Luís Marques' quando dizia em 21/02/2009 (em comentário ao seu artigo "O Palhaço Pavão Costa"), que
    "A perspectiva varia em função da nossa cor."

    Como irónica se faz por vezes a própria ironia...


    Sempre coloquei enfase, não na discussão do enquadramento jurídico do ilícito (mau grado aqui e ali me sentisse tentado a incorrer sobre a matéria - defeito de formação), mas a montante, na origem do problema.

    E é aí que ainda hoje me situo.
    A atitude dos dois jogadores não é digna, como também o não é a vergonhosa conspiração que a gerou.
    Se a primeira implica obrigatória penalização(longa, curta, com prejuízo financeiro, desportivo... não interessa, desde que seja efectiva), a segunda passa absolutamente incólume, e assim ficará para a história.
    É uma espécie de 'dejecto' (utilizando as palvras sábias de um comentador habitual), que sempre ocorrerá à memória de quem, com dignidade e seriedade, se dispuser a recordar o ocorrido.

    Não espere, caro Vitor, que as virgens moralistas, puras e inocentes, aqui nos acompanhem na ofensa. Entregaram-se já a outros vôos, mais sérios, com mais nível e mais classe...

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  2. E quem pagará 30 anos de campeonatos inquinados por aconselhamentos familiares, cafézinhos com leite ou frutinhas para dormir??

    Moralismos à parte, a revolta toca a todos, caro Vítor...

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  3. «É engraçado que todas as decisões anti-Porto são justas, transparentes, anti-regime e coisa e tal, e quando as decisões são favoráveis ao Bi-Tetra-Campeão, são decisões duvidosas.»

    Parece-me ver aqui um sintoma de que o Vitor sofre do mal que critica. Quem lhe garante que a decisão do CJ é que está certa?

    Eu (leigo e nhurro em matérias de direito) neste momento só tenho uma certeza: uma delas, ou ambas estão erradas.

    Parece-me, todavia, de notar oseguinte. Mais uma vez (tal como nas escutas) estamos perante confusas interpretações de direito e não divergências em matéria de facto.

    Outro ponto.

    O Conselho de Disciplina ou o Conselho de Justiça, ou ambos, são incompetentes e/ou parciais. Quem se queixa, foi quem os lá meteu e é quem os pode tirar de lá - os clubes!

    Ah, são os regulamentos que estão tortos...
    A mesmo coisa digo eu: quem se queixa foi quem os aprovou assim e é quem os pode alterar - os clubes!

    Portanto, amigos portistas bem intencionados, acho que somos ambos vítimas do império da mediocridade e falta de ética que globalmente comanda o futebol.

    Só quando, mais de nós, começarmos a ver as coisas assim é que haverá esperança das coisas melhorarem.Não é, certamente, a preencher os lugares chaves com peões da cor, como por exemplo está já em marcha para a presidência da Liga, que a credibilização se conquista.

    Quando ao mais, não me venham cá com loas.

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  4. Perdoem-me o exercício que passo a expor, de comentar comentários, que não pretende de modo algum ofender os raciocínios e as opiniões de quem os produziu. Digamos que me senti tentado a dar-lhes um pouco mais de brilho, azul... da cor do céu (quando não chove).

    "E quem pagará 30 anos de campeonatos inquinados por aconselhamentos familiares, cafézinhos com leite ou frutinhas para dormir??"

    Dos quais 8 foram ganhos pelo SLB, 3 pelo SCP e 1 pelo BFC.

    "Moralismos à parte (...)", convido à leitura do texto para o qual aponta o link abaixo.

    http://antonioboronha.blogspot.com/2010/03/estorias-da-bola-quarenta-e-um.html


    "Mais uma vez (tal como nas escutas) estamos perante confusas interpretações de direito e não divergências em matéria de facto."

    O mesmo raciocínio, em se falando de escutas, se aplica por certo àquelas que não foram valoradas pelo julgador, mais grado deixassem transparecer - como as demais - ilícito. Mas como diria o outro, 'isso agora não interessa nada!'.

    "Quem se queixa, foi quem os lá meteu e é quem os pode tirar de lá - os clubes!"

    "Não é, certamente, a preencher os lugares chaves com peões da cor, como por exemplo está já em marcha para a presidência da Liga, que a credibilização se conquista."

    Querem ver que desta vez não vão ser os CLUBES a eleger a direcção da Liga?
    E como sempre, o problema está na cor, que invariavelmente padece de falta de seriedade, nível e classe...
    Lá está! Inevitavelmente acabamos por nos confrontar com a dita mediocridade, que não cuidando aponta à cegueira e corrói o pensamento, e a ética...

    "Quando ao mais, não me venham cá com loas."

    Pudera. Eu compreendo... sem surpresa!

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  5. Relativamente «àquelas (escutas) que não foram valoradas pelo julgador», se querem saber, a minha opinião é a seguinte: se eram assim tão importantes, deviam ter sido valoradas. Evidentemente!

    Se «desta vez não vão ser os CLUBES a eleger a direcção da Liga?» É evidente que vão ser os clubes. Terão de ser sempre os clubes. Desejaria é que o fizessem com outros critérios, já que estes (os da escolha de peões da cor) podem servir conjunturalmente a algum (ou alguns clubes) mas, definitivamente, não servem ao futebol.

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  6. Tanto que tinha para dizer relativamente a este tema, mas não será hoje. Estou com manifesta falta de tempo.

    Apenas relembrar uma ironia do destino. Já repararam que se FCP no início desta época não tivesse proposto a estatuto de SUSPENSÃO IMEDIATA, toda esta situação que agora o FCP se diz vítima não tinha sucedido.

    Alguém deverá estar a morrer de arrependimento, e a morder a lingua. Caso evidente em que o feitiço se virou contra o feiticeiro.

    Voltarei à carga a seu tempo.

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  7. Já que há tanta suspeição sob Ricardo Costa, deixo aqui outra suspeição.

    Não foi o presidente deste CJ da FPF, que recentemente, na célebre reunião cuja decisão iria ter carácter decisivo junto da UEFA na possibilidade de exclusão do FCP da Champions, apercebendo-se que a decisão do Conselho não seria favorável ao FCP por um voto, abandonou a sala, terminando por aí a reunião, alegando que determinado Juíz Conselheiro não poderia votar por estar ligado ao SLB, quando ele próprio era um histórico sócio portista?

    Há quanto tempo o CJ da FPF não toma uma decisão não favorável ao FCP?

    Fiquei espantando quando Guilherme Aguiar, logo após a entrega do recurso portista, vir dizer que tinha a CERTEZA de que o CJ daria provimento ao mesmo recurso.

    Ela lá saberia porquê.

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  8. «Não foi o presidente deste CJ da FPF, que (...)»
    Não, Luís Marques!
    A pessoa a que alude - Gonçalves Pereira - não é já ( e não é de há pouco tempo) Presidente do CJ. Quem Preside à Direcção do CJ é o Dr. Joaquim José de Sousa Dinis, cujo CV lhe deixo em seguida:

    Juiz conselheiro jubilado, nasceu em Marrazes, Leiria e é Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Foi delegado do Ministério Público nas comarcas de Ponta do Sol, Portimão e Torres Vedras. Em 1973, foi juiz de direito nas comarcas de Praia da Vitória, Angra do Heroísmo, Lagos e presidente dos círculos judiciais de Leiria e Coimbra. Em 1990, foi juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa (TRL) e, em 1998, juiz conselheiro do Supremo Tribunal de Justiça (STJ). É presidente da Associação Cultural da Relação de Coimbra, vice-presidente da Associação Portuguesa de Escritores Juristas e do Círculo Cultural do STJ e ainda, membro do conselho consultivo dos Hospitais da Universidade de Coimbra e membro correspondente das Academias Petropolitanas de Letras e de Letras Jurídicas (Petrópolis). Jubilado desde 2001, reside em Coimbra.

    Esqueceram-se, por certo de acrescentar que é portista desde o ventre da mãe, o que, convenhamos, a ser verdade não deixaria de se constituir como mérito.

    Já quanto ao tempo desde o qual o CJ não decide em desfavor do FCP, confesso que não faço habitualmente esse tipo de contabilidade, como não faço igualmente aquela em que resulta decisão favorável, e que, ainda assim, peca por tardia, por o castigo aplicado pelo CD da Liga estar já consumado, ou quase.
    Reverei todavia a minha opinião, se o meu caro me apresentar casos concretos (que não apenas convicções), de decisões tomadas 'favoravelmente' ao FCP, e que configurem aquilo que, com a cautela que se impõe, está a pretender insinuar.

    Por fim, não fique tão 'espantado' com a convicção do Dr. J. Guilherme Aguiar.
    Também eu tinha a mesma certeza, sei porquê, e estou certo de que você - não o querendo reconhecer - também sabe.

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  9. Este comentário foi removido pelo autor.

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  10. Caro JCR,

    Que mania de contrariar o óbvio!

    Então não é óbvio que quem decidiu é Portista, mora na Ribeira, trabalha no tribunal do Dragão (no Porto portanto), a senhora sua mãe foi mulher das limpezas do Dolce Vita, igualmente no Porto e que nunca foi a Lisboa?

    Que mania de se dizer que quem decidiu, afinal, é um juiz de Leiria (terra conhecida por ter Portistas como se não houvesse amanhã), foi do Ministério Público de terras igualmente Portistas como Ponta do Sol, Portimão, e Torres Vedras (principalmente esta).

    Depois, dizer ainda que foi juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa (TRL)… Tenha paciência. Esqueceu-se de dizer que foi juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa, mas da ala Portista!

    Rigor acima de tudo, por favor.

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  11. Vitor e JCR, não foram vocês que aqui neste espaço desde o início levantaram suspeitas sobre Ricardo Costa?

    Há suspeições de 1ª e de 2ª? Ou há suspeições que nos convém mais?

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  12. Caro Luís Marques, a minha memória não vai sendo já a que era.
    Tenha por favor a amabilidade de me recordar, quando e onde levantei suspeitas sobre RC.
    Tanto quanto a minha memória (apesar de tudo ainda curta, aqui no 'FootBicancas') alcança, manifestei, isso sim, a minha discordância com a decisão assumida, com o argumentário jurídico então formulado e com o estilo.
    Aliás, como terá presente, centrei sempre a minha atenção relativamente a este episódio, em pormenores que à maioria parecem querer escapar, ou pelo menos, parecem não interessar.
    Eu não levanto suspeitas sobre quem quer que seja, a não ser que me sejam dadas a observar razões concretas (nunca apenas convicções) que consubstanciem a minha opinião.
    Admito todavia, que você possa ter interpretado erradamente as minhas opiniões, ou assuma sobre o assunto posição contrária.
    E quanto a isso, acredite, tenho pena mas não posso fazer nada. Respeito, apenas.

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