quarta-feira, 17 de março de 2010

Grande Noite de Mourinho



4 comentários:

  1. Um espanto!

    O ego de Mourinho e a Muralha da China são as duas únicas coisas existentes à superfície da Terra que podem ser vistas da Lua.

    Ontem em Londres, Mourinho quebrou o mito: por uma vez na história Édipo (o Chelsea)não matou o pai.

    Fantástico.

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  2. Uma grande vitória táctica, de facto.

    Permitam-me que note um ou outro pormenor:
    É este o mesmo homem, o mesmo (grande) treinador, que entre 2002 e 2004 liderou a equipa do FCP, e a conduziu a um processo de vitória nunca antes visto;
    Foram essas sim as grandes conquistas do seu 'curriculum', porque alcançadas num clube de parcas condições financeiras, quando comparado com os colossos (ao nível financeiro) europeus;
    Era então mal visto e mal amado;
    Desde então é o 'melhor treinador do mundo';
    Todo o país futebolístico se une (e bem) em sua defesa e apoio, quando a equipa que serve joga; É o grande português em representação da nação;
    Estranho (ou não), é que nos escape que a equipa que serve, defrontou uma equipa onde actuam 5 internacionais de Portugal.

    Tenho por JM, uma estima, um respeito e uma gratidão, proporcionais à glória a que nos guindou, e à entrega com que honrou a sua inesquecível passagem pelo FCP.

    Sinto-me igualmente, reconhecido, pelo excelente trabalho que tem vindo a desenvolver além fronteiras.

    Não embarco porém nesta espécie de nacionalismo 'bacoco', que tão facilmente transporta os portugueses ao delírio.

    Desde que saíu do FCP há cerca de 6 anos, JM alcançou vitórias assinaláveis:
    - conduziu o 'Chelsea' à recuperação do título inglês, e à obtenção de outros troféus também em Inglaterra; nada conquistou na Europa mau grado o orçamento milionário de que sempre dispôs; curiosamente, a única final europeia recente do 'Chelsea', ocorre num momento em que JM já lá não se encontrava.
    - conduziu o 'Inter' à conquista de mais um campeonato, depois dos três conquistados anteriormente por 'Mancini' e, nada conquistou (até ver!) a nível europeu, mau grado, uma vez mais, o orçamento milionário de que dispôs.

    Ora, se a avaliação do 'melhor treinador do mundo' se basear no futebol jogado, ou muito me engano ou (pelo menos!!!) 'Guardiola' está bem além; se por outro lado, a avaliação se fizer pelos troféus (nacionais e internacionais) conquistados, ocorre-me pensar de novo (pelo menos!!!) em 'Guardiola' ou em 'Fergusson'.

    Mas estes não são portugueses! Logo...

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  3. Já agora, um obrigado especial ao 'Luís MArques', pela escolha da segunda foto.

    Sevilha, 2003.

    Excelentes memórias...

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  4. As tácticas interessam-me pouco. Não sou grande fã do Inter e do Chelsea também torço apenas pelos portugueses que lá jogam. Portanto, o jogo em si não me dizia muito. Mas Mourinho no seu regresso a Stamford Bridge brilhou no terreno onde eu mais gosto dele: nos ‘mind games’. Essa a razão do meu elogio.

    Antes do jogo, os jornalistas ingleses, rendidos ao seu regresso, puxaram-lhe pela língua e Mourinho não se fez rogado. Lamentou ter ido embora do Chelsea,da seguinte forma: "Continuei a ganhar grandes coisas. O Chelsea, umas coisitas."

    Soberba num português é tão raro... Soberba e resultados (isto é, juntar o feito ao dito) muito mais raro ainda.

    Isso é que eu admiro, sobretudo, em Mourinho. Pela forma como consegue contrabalançar lá fora a nossa irrelevância, acho que Mourinho bem merecia ser oficialmente distinguido. Para começar, proponho que seja desde já declarado sócio honorário da Associação Portuguesa da Reconstrução do Carácter Nacional (APRCN).

    O quê, não existe esse Associação? Se não existe, criem-na.

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