quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Hoje sou eu a transcrever MST

Sobre o que realmente aconteceu no túnel da Luz, estamos todos à espera de conhecer as já tão célebres imagens da longa metragem produzida pela Benfica- TV. Todos, não: meio mundo já as conhece. Eu já as ouvi relatadas por vários benfiquistas e ainda anteontem, aqui na BOLA, podia ler-se um pormenorizado relato dos pretensos acontecimentos no túnel, baseado, ou nas imagens, ou na versão que delas foi contada ao jornalista. «A BOLA sabe...», escrevia-se aqui. A BOLA sabe? E como sabe — viu as imagens, que é suposto terem sido entregues pelo Benfica ao CD da Liga e a mais ninguém? E, se viu, quem lhas mostrou — o Benfica ou o CD? E, se não as viu, como sabe — se não por relato de uma das partes, assumido como verdade indesmentível?


Pena que A BOLA não saiba outras coisas, a começar pelo que significa divulgar peças de acusação, antes mesmo de haver acusação, e de as divulgar em tais termos, que a defesa — (que nem sequer teve ainda acesso a nada, nem sabe qual é a acusação em concreto) — já tem a condenação escrita nas páginas dos jornais. E é pena que a BOLA não saiba também responder a outras questões essenciais: os seguranças têm o direito de estar ali? É habitual nos outros campos, estarem no túnel à saída dos jogos, misturados com os jogadores? Os seguranças do Benfica ficaram então no túnel, caladinhos e quietos, e foram inesperadamente agredidos por uma troupe de jogadores portistas que, já depois de fechados na sua cabina, resolveram sair cá para fora para os agredir? E A BOLA não sabe que, para além das cenas de pugilato do túnel, o essencial desta história é perceber o que faziam ali os seguranças do Benfica e qual foi o seu papel nos acontecimentos?




É engraçado que MST não ficou tão indignado com a localização dos Stewards no túnel de Braga, quando estes agrediram (atenção, não foram agredidos) os jogadores do Benfica. Há uma queixa do Benfica na PSP, que inclusive terá identificado no momento um dos seguranças. Afinal eu na altura também tinha razões mais que suficientes, para estar indignado.

Como é engraçado o facto de MST, não ter ficado preocupado quando a SIC nas mesmíssimas condições que o jornal A Bola, divulgou as imagens do túnel de Braga, onde por acaso não se vê nada. Recordo que Cardozo foi expulso em condições muito estranhas, ficando de fora dois jogos, num jogo onde o Benfica perdeu, e foi prejudicado pela arbitragem.

A mim não me atiram areia para os olhos. Será Ricardo Costa a perseguir o FCP, ou o FCP a perseguir Ricardo Costa?



5 comentários:

  1. Então sempre lês o MST?
    Relativamente a isto digo o que já disse num comentário anterior.

    A mim não me preocupa o que se passou no túnel. Preocupa-me é o timing com que os castigos vão acontecer - lá para final de Janeiro. Queres apostar?

    Recordo que o Cardozo foi castigado quase de imediato. Porquê? Porque o SLB tinha um jogo com o FCP a curto prazo. O Porquê desta demora, se o caso é practicamente o mesmo - confusões no túnel onde o único denominador comum é o Benfica.

    Concordo contigo na primeira parte do teu fecho: "a mim não me atiram areia para os olhos". Quanto à segunda, discordo, pois esse Ricardo é um sacana!

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  2. O Cardozo foi expulso, por suposta agressão a um jogador do braga. Não se abriu nenhum processo disciplinar.

    São quadros jurídicos completamente diferentes. Não mistures as coisas.

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  3. Que eu saiba, em ambas as situações (para não dizer nas duas:)), as expulsões foram feitas pelo árbitro. Nas duas situações, as expulsões constam no relatório do árbitro.

    Mas que grande diferença... Já pareces um advogado.

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  4. Nunca disse que não lia. Aliás para ter a opinião que tenho dele, sou obrigado a ler.

    Acho-o um taliban fundamentalista com o cachecol do FCP.

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  5. Ó fama, não tem nada a ver uma coisa com a outra. O Cardozo foi expulso durante o jogo. É uma situação igual à do Di Maria em Olhão.

    Informa-te.

    Aliás, o FCP está completamente entalado nesse tipo de argumentação, pq foi ele próprio a propor este quadro jurídico, de suspensão de jogadores até serem julgados.

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